Mudanças em processos internos trouxeram melhorias para a pós-graduação da UFAMAbordando a importância do subconsciente na comunicação científica, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), William Ernest Magnusson, realizou a Aula Magna que deu início ao segundo período letivo da pós-graduação da UFAM.

Promovido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp), o evento teve em sua mesa de abertura a reitora da Universidade, professora Márcia Perales, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, professor Gilson Monteiro, o diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação da Pós-graduação, professor Afonso Duarte e a diretora do Departamento de Programas Institucionais da Propesp, professora Cássia Maria Nascimento.

Abrindo as atividades da pós-graduação da UFAM, a reitora destacou, em pronunciamento, as mudanças implementadas na área de pós-graduação da Universidade nos últimos anos. De acordo com a gestora, as alterações nos marcos regulatórios, como revisão e aprovação do novo regimento e nas resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e a adoção da política de cotas são exemplos dos avanços ocorridos. “Tudo isso foi feito com o objetivo de tornar os processos mais ágeis, mais transparentes e com o mínimo de flexibilidade para que pudéssemos avançar em relação à pós-graduação da UFAM”, disse.

Aula magna reúne estudantes e docentes da pós-graduação

A reitora citou ainda a participação representativa da Instituição em entidades como a comissão nacional responsável pela elaboração do Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG) e a Agenda Brasileira de Pesquisa para apresentar a busca por melhorias para as instituições de educação. “A UFAM tem, nesses assentos, a oportunidade de dialogar junto com mais de 15 instituições, desde agências de fomento até agentes empresariais e órgãos de governo em nome dos interesses das universidades federais e, em especial, das instituições da Amazônia”, explicou.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, professor Gilson Monteiro, salientou que a temática escolhida para a abertura das atividades dos Programas de Pós-graduação (PPGs) está diretamente ligada à proposta de estimular a comunidade acadêmica da UFAM a publicar sua produção científica, sendo, portanto, mais uma estratégia da ação “Vamos Publicar”. “Publicar é prestar contas do que a sociedade investe em nós”, expôs. “A ideia de nós fazermos uma aula inaugural a cada semestre é termos temas para discutir que nos coloquem não como mais uma universidade de ensino, mas também de pesquisa, extensão e inovação”, frisou.

A ação do subconsciente na Comunicação

Pesquisador destaca o papel do subconsciente nas ações humanasO pesquisador William Ernest Magnusson abordou na Aula Magna a atuação do subconsciente no processo de comunicação. Segundo o professor, o subconsciente responde por grande parte das ações humanas e, por isso, deve ser considerado também na maneira como as pessoas se comunicam. Um exemplo dado pelo pesquisador foi a importância do toque para estabelecer empatia nas relações humanas. Para o professor, assim como o toque desperta no outro a ação do subconsciente e garante maior sucesso na comunicação, o texto científico precisa “tocar” em quem tem acesso a ele de maneira a ativar o trabalho do subconsciente. O uso de recursos claros, diretos e simples são formas indicadas para tal, segundo Magnusson. “A nossa consciência é fraca. O Subconsciente é grande, inteligente, forte e rápido”, afirmou o preletor. “O consciente é só um mensageiro para o nosso inconsciente”, declarou.

Para o professor, não é fácil produzir publicação científica, pois, vários fatores influenciam para a falta de êxito dos pesquisadores, entre eles, problemas de relacionamentos, sociais e emocionais. “Como as pessoas não os reconhecem, tentam resolver com técnicas que são remédios que não estão funcionando”, revelou. “O que as pessoas precisam aprender é a trabalhar juntas, mas isso é uma mudança de cultura, o que é muito difícil”, avaliou.