Nota de pesar - professor Geraldo Pantaleão Sá Peixoto

A Universidade Federal do Amazonas comunica, com pesar, o falecimento do professor aposentado do Departamento de História, doutor Geraldo Pantaleão Sá Peixoto.

O velório ocorre na Funerária Canaã, na Rua Major Gabriel e o enterro está marcado para as 16h desta sexta-feira (25), no cemitério São João Batista.

O professor possuía graduação em Estudos Sociais pela Universidade Federal do Amazonas (1981), graduação em História pela Universidade Federal do Amazonas (1984) e Doutorado em História pela Universidade do Porto, em Portugal (2012).

O professor Geraldo Sá Peixoto exerceu as funções administrativas de Diretor do Museu Amazônico entre 1993 e 1996 e, por vários biênios, foi chefe do Departamento e coordenador do curso de História, além de ter presidido diversas reformas curriculares do curso de História da Universidade Federal do Amazonas.

Possuía experiências docentes em diferentes áreas do ensino da História e desenvolvia atividades de pesquisa com temas ligados à História da Amazônia, História Indígena, História da Imprensa e do Periodismo no Brasil, História e Historiografia Afro-brasileira. Ele também integrava o quadro de pesquisadores do Laboratório de História da Imprensa no Amazonas (DH-UFAM) e era investigador do CITCEM das Universidades do Minho e do Porto.

A Administração Superior presta suas condolências à família do professor e aos que conviveram com ele. 

 

Edua participa de encontro da Associação Brasileira de Editoras Universitárias

 

Em pauta, uma agenda comum às editoras públicas e privadasEm pauta, uma agenda comum às editoras públicas e privadas

A Universidade Federal do Amazonas, representada pela diretoria da Editora da Ufam (Edua), participou, no período  de 22 a 25 de maio, do I Seminário Brasileiro de Edição Universitária e da 31ª Reunião Anual da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, no Rio de Janeiro. Os encontros foram realizados na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, e prosseguem no Palácio Itaboraí, em Petrópolis (RJ). 
 
Aproximadamente 65 editoras universitárias, entre públicas e privadas, estavam presentes na oportunidade em que se discutiu uma agenda comum às publicações acadêmicas. Dentre as abordagens estavam o papel da publicação acadêmica, seus espaços de publicação e circulação, as estratégias para ampliar a circulação dos livros científicos e as definições das políticas de difusão do conhecimento, segundo informações do representante da Ufam, o diretor da Edua, professor Sérgio Freire.
 
“As discussões em fóruns como esses são fundamentais porque evidenciam os problemas comuns que temos nos processos de publicação acadêmica ao mesmo tempo em que mostram as especificidades de cada Editora no seu cenário particular e os desafios a serem superados”, disse o gestor. Gestores das editoras reuniram em Petrópolis (RJ)Gestores das editoras reuniram em Petrópolis (RJ)
 
Durante o evento, foi realizada a reunião regional Norte, com a participação das editoras do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. No encontro ficou estabelecida a realização de uma reunião de trabalho a ser realizada em Manaus, em agosto, para que as editoras do Norte possam compartilhar processos e ações.
 
“As informações e experiências desses encontros são fundamentais para que possamos aprimorar o processo de reestruturação por qual vem passando a Editora da UFAM, seguindo a diretriz da administração superior, cujo apoio tem sido fundamental para essa reestruturação de infraestrutura e de políticas editorais de nossa Editora”, concluiu o diretor.
 
Programação - O último dia da 31ª Reunião Anual da Abeu começou com uma roda de conversa: "Quais políticas, quais interlocuções?". O debate teve a participação de Paula Xavier, Coordenadora de Informação e Comunicação da Fiocruz; Ricardo Borges, assessor de comunicação da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), autora do Projeto de Lei do Senado nº 212/216, que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita; Rogério Lannes Rocha, editor-chefe e coordenador do Programa RADIS de Comunicação e Saúde; e com mediação de Fernanda Marques assessora de comunicação da Editora Fiocruz. A mesa debateu sobre políticas de disseminação dos conhecimentos.
 
 
 
 

Revolução Industrial 4.0, riscos e oportunidades para o Amazonas estão na pauta da Ufam

Conforme Francisco Cruz, o Brasil deixou de lado a melhor estratégia para o desenvolvimento – a formação de capital humano tecnológico

Público lotou a Sala de Reuniões da Câmara de Extensão da Proext, localizada no segundo piso do prédio da ReitoriaPúblico lotou a Sala de Reuniões da Câmara de Extensão da Proext, localizada no segundo piso do prédio da ReitoriaPor Cristiane Souza
Equipe Ascom/Ufam

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) avança na promoção do Fórum Permanente para o Desenvolvimento do Amazonas, tendo como tema do sétimo seminário “Os Impactos da Revolução 4.0 na Economia do Amazonas – Riscos e Oportunidades”. A sessão ocorreu na quinta-feira, 24, com a apresentação do economista, consultor e administrador Francisco Cruz.

Ao receber os participantes, o pró-reitor de Extensão, professor Ricardo Bessa, reiterou a proposta da atividade: “Este fórum surgiu com o objetivo de contribuir com o s gestores públicos do Estado discutindo e levantando problemas concretos que atormentam o nosso estado e o nosso povo, propondo soluções adequadas possíveis, para resolver esses problemas”.

Ainda segundo o anfitrião, “o papel da universidade, em qualquer País do mundo, e aqui não poderia ser diferente, é produzir conhecimentos acerca da sua realidade com o fim último de solucionar os problemas concretos da sociedade”.

O professor Ricardo Bessa frisou que é relevante a participação da classe política no evento. “Estamos recebendo hoje o primeiro dos pré-candidatos ao governo do Amazonas, jornalista Wilson Lima. Estamos chamando todos para participar desse debate, e o primeiro a demonstrar interesse foi ele”, disse o pró-reitor. O próprio Wilson Lima, ao falar sobre a participação, assegurou que isso poderá dar mais robustez ao seu programa de governo.

Orador sustentou que a educação é o primeiro grande investimento, e a Universidade é essencial nesse processoOrador sustentou que a educação é o primeiro grande investimento, e a Universidade é essencial nesse processoQue revolução é essa?

O orador iniciou fazendo uma retrospectiva das revoluções industriais já experimentadas. A primeira foi entre 1760 e 1840, com a invenção da máquina a vapor e das ferrovias. A segunda veio no fim do século XIX, marcada pela eletricidade e pela linha de montagem. Já durante a terceira, na década de 1960, a sociedade migrou da telefonia para as telecomunicações, as micro-ondas, o computador, os satélites, a fibra óptica e a microeletrônica.

Mais recentemente, como resultado da convergência entre essas tecnologias preexistentes, a comunicação sofre mudanças revolucionárias. “A Revolução Industrial 4.0 teve início na Alemanha, a partir da atuação de empresas, universidades e governo. Teve como mote a conectividade máxima (automação, controle e tecnologia de informação) utilizada para aprimorar processos e sistemas”, informou o Francisco Cruz.

Em seguida, citou exemplos de inovações tecnológicas já em curso em três diferentes dimensões (física, digital e biológica), como veículos autônomos, impressão 3D, Internet das Coisas (Internet of Things), Inteligência Artificial (AI), nanotecnologia, biotecnologia, armazenamento de energia, engenharia genética e biologia sintética. Nesse contexto, estão inseridas as chamadas “fábricas inteligentes”, com operações virtualizadas e monitoramento dos processos por sistemas remotos que trabalham full time.

No Brasil e no Amazonas

Uma das principais reflexões trazidas pelo orador foi quanto ao Brasil nesse cenário. “Hoje, o País é o 6º do mundo que mais subvenciona inovação, mas ainda estamos na ‘rabeira’, por exemplo, em quantidade de patentes registradas. A produtividade não cresce há duas décadas e o Brasil está parado na Revolução 2.0 [aquela marcada pela linha de montagem]. O nosso parque industrial está envelhecido, com máquinas de 17 anos, em média, enquanto nos países desenvolvidos elas têm cerca de sete anos. E apenas 2% das empresas estão preparadas para receber a Revolução Industrial 4.0”, sustentou o orador.

Numa proposta de regionalização, questionou se ainda estariam sendo efetivas as estratégias de atração de empresas para o Pólo Industrial de Manaus. Segundo ele, um dos principais entraves reside no baixo investimento em centros de excelência em inovação. “Estamos formando profissionais para um mundo que não existe mais”, disparou Francisco Cruz, para quem se deixou de adotar aquela que é a melhor estratégia para o desenvolvimento, qual seja a formação de capital humano tecnológico.

“É imprescindível a formação de doutores na região, criando autonomia tecnológica no Amazonas. Seria uma elite intelectual preparada para desenvolver e aplicar tecnologia em favor do nosso estado... Isso somado à busca de alternativas à Zona Franca de Manaus”, argumentou o expositor, para quem a busca de solução é inadiável.

As questões postas pelos participantes versaram, em especial, sobre a urgência de se investir em educação. O professor Luiz Vitalli, da Ufam, foi enfático em sua colocação: “Eu não vejo nenhuma transformação que não seja precedida pela Educação”.

Já a professora Fabiane Araújo, também da Ufam, adotou uma posição mais contundente, ao mencionar, por exemplo, que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não contempla a questão tecnológica. “Todos nós sabemos que a tecnologia não é a solução para todos os problemas; mais importante é a formação integral do ser humano”, sustentou a pedagoga, ao que o expositor respondeu: “Estamos num mundo tecnológico e não temos como dar marcha-ré, mas precisamos conhecer a tecnologia e nos aproveitar dela para crescer”.

Sobre o Fórum

Promovido pela Proext, o Fórum tem o objetivo de contribuir com a transformação da realidade social amazonense a partir da identificação dos problemas que mais afligem a população e entravam o desenvolvimento do Estado.

A agenda dos temas abordados será divulgada com 20 dias de antecedência de cada reunião no portal da Ufam. Ao final de cada sessão, será redigido um relatório com as propostas dos participantes do Fórum, além de ser emitido certificado de 3 horas aos participantes. A próxima sessão está prevista para ocorrer no dia 6 de junho.

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