Comissão apresenta programa de prevenção e combate ao assédio moral na Ufam

Comissão estabeleceu plano de trabalho, com orientação e capacitaçãoComissão estabeleceu plano de trabalho, com orientação e capacitaçãoPor Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam

A Ufam deu início às ações de prevenção e combate ao assédio moral dentro da Instituição. O lançamento oficial do programa que pretende abordar os casos no âmbito da Universidade foi realizado na manhã de sexta-feira, 3, na sala de reuniões da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp).

Fruto da parceria entre Ufam, Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU), o Programa de Prevenção e Combate ao Assédio Moral (PPRECAM) foi elaborado e será desenvolvido pela comissão institucional responsável pelo tema. Segundo o presidente da Comissão Executiva do Acordo de Cooperação Técnica para a Criação de Mecanismos de Atenção, Prevenção e Combate ao Assédio Moral (Cecam), Ronaldo Bastos, a equipe tem 12 meses, a contar de maio, para realizar suas ações.

Para os primeiros seis meses estão previstas atividades como reunião com os setores para orientação e capacitação e também com os órgãos parceiros, além de promover o entendimento entre todos os órgãos internos (Perícia, Comissão de Ética no Serviço Público e Comissão Permanente de Procedimentos Administrativos Disciplinares). “A ideia é que possamos trabalhar juntos e colaborar em favor do cidadão que está sofrendo ou do que está agredindo, às vezes, sem saber”, disse. “Nos seis meses seguintes inicia a maior interação com a comunidade acadêmica. Já teremos feito a distribuição das cartilhas e do manual de procedimento. Então, iniciaremos as palestras para falar mesmo com a comunidade”, detalhou o presidente.

Ainda segundo o responsável pela Cecam, serão instalados, ainda no primeiro semestre de trabalho, os núcleos de atenção psicossocial e de assistência jurídico-administrativa para acompanhar os casos registrados. “Inicialmente, indicamos procurar a Ouvidoria da Universidade. Ela será o primeiro setor para tratar, para acolher o servidor”, instrui Ronaldo Bastos sobre o primeiro passo a ser dado por alguém que esteja sendo assediado.

Ronaldo Bastos é o presidente da CecamRonaldo Bastos é o presidente da Cecam“Por isso, teremos um trabalho com a Ouvidoria, porque atualmente ela recebe uma reclamação e encaminha para a unidade onde aconteceu o problema. Mas aquela unidade já está com o problema. Eles já estão precisando de ajuda externa. Não adianta mandar para unidade, para quem está sendo acusado de ser um agressor. Essa pessoa tem outra versão e muitas vezes não é a mesma de quem está sofrendo. A gente precisa ouvir de outra forma esse servidor”, declarou o presidente da Comissão.

Para a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Vanusa Firmo, o programa irá colaborar para o melhor entendimento das questões de adoecimento e assédio moral, o que permitirá à Pró-Reitoria desenvolver ações de enfretamento ao problema. “A Progesp está, via DSQV [Departamento de Saúde e Qualidade de Vida], na presidência dessa comissão. O nosso papel é o de trazer a instituição para pensar, reconhecer e se sensibilizar mesmo diante de casos como o de assédio moral. Já começamos ciclos de palestras para outros tipos de violência dentro da Instituição e a nossa ideia é chegar ao maior quantitativo possível de servidores e gestores para que isto esteja bem claro na Universidade. A nossa intenção de combater e prevenir”, expôs a pró-reitora.

Dano e Assédio Moral

Segundo Ronaldo Bastos, o que configura o assédio moral é a frequência com que se dá a agressão sempre direcionada a uma só pessoa no setor de trabalho, diferente do dano moral, pois este é caracterizado pela ocorrência esporádica e sem foco no mesmo indivíduo.

“A gente tem várias pessoas que têm pensamento diferente, que têm formas diferentes de ver o mundo e uma vida fora da Universidade também, que pode ser mais conturbada, e estar trazendo isso para o local de trabalho”, explicou Ronaldo, ao comentar que o contexto pessoal tanto do agressor como do agredido precisa ser levado em conta em ambos os casos. “Gravações, atas de reuniões, conversas telefônicas são alguns dos vários elementos que a pessoa pode ir juntando para consubstanciar um caso de assédio moral”, exemplificou.

“Por isso os dois núcleos. Primeiro, nós vamos avaliar a condição de saúde psicológica da pessoa e depois começar a verificar se a pessoa está realmente vivenciando um caso de assédio. A assistência jurídico-administrativa será para verificar se há elementos de materialização. De qualquer forma, quando se trata de responsabilização, isso já não cabe à nossa comissão. Ou seja, a situação será encaminhada à CPPAD ou à Comissão de Ética, que são outras comissões com atribuições específicas”, esclarece.

Para dirimir as dúvidas, a Cecam disponibiliza o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Pós-graduação em Sociologia abre inscrições para a modalidade Aluno Especial e de outros PPGs

 

O Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Ufam abre inscrições nos dias 09 e 10 de agosto, na modalidade Aluno Especial, para cursarem as disciplinas (ementas em anexo):

Tópicos em Especiais II (Política e Sociedade em Hannah Arendt), com o professor Gilson Gil;

Identidade e Culturas Regionais, com as professoras Marílina Bessa e Roberta Garcia.

Tópicos em Especiais III (Estado, Políticas Públicas e Governança), com o professor Tiago Jacaúna.

As disciplinas terão início na segunda semana de agosto. As inscrições são feitas na secretaria do PPGS, das 9 às 12h, na sala 9, do Bloco Mário Ypiranga, no Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais, Setor Norte do Campus. Documentos necessários: Carteira de Identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF) – cópias autenticadas ou acompanhadas do original; Curriculum Lattes atualizado; diploma de graduação e histórico – cópias autenticadas ou acompanhadas do original; formulário de inscrição (em anexo).

Alunos Especiais

De acordo com o Regimento Interno do PPGS, Alunos Especiais são os alunos que se matriculam em disciplinas isoladas do curso, condicionados à existência de vagas, à aprovação do professor responsável pela disciplina e ao atendimento dos requisitos estabelecidos no regimento, com direito a aproveitamento dos créditos cursados.

Informações: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Exposição do Acervo de Artes Visuais do CAUA ocorre nesta quarta-feira, às 19h

O Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (CAUA) promove a exposição ‘Acervo CAUA Ufam: lugar de guarda, preservação, restauro, pesquisa e exposição’, a partir desta quarta-feira, dia 8, às 19h, na Galeria do Largo, na Rua Costa Azevedo, 290, no Centro.

A exposição fica em cartaz de oito de agosto a cinco de outubro de 2018, com 40 trabalhos de 24 artistas e tem como objetivo dar visibilidade a um projeto de construção de um Acervo de Artes Visuais, do Centro de Artes da Ufam.

A reunião de obras do Centro de Artes da Ufam se estabelece numa atitude de norma histórica da produção de um período em que a fluidez de resultados com os artistas cresce e de perceber a necessidade da existência ou ampliação de uma reserva técnica/acervo numa instituição pública.

Em um curto período de descuido e indiferenças, atitudes algumas vezes equivocadas, mesmo com um acervo recente, equivalem a perdas irrecuperáveis. Esse princípio corresponde a todos os espaços que se destinam ao exercício técnico e elaborativo nos diálogos e interpretações que devem ser realizadas neste e a partir do acervo de artes visuais ou outro patrimônio, como lugar que se aproxime da sociedade no saber que “os artistas vivem num tempo à frente da critica”, Paulo Brusky.

Nesta exposição existe o compromisso de equivalências na produção cultural e artística como pertencente a uma parte da historia das artes visuais no Amazonas. Este papel de promover os trabalhos acessíveis coloca em evidência práticas que possam contribuir para a guarda, a conservação, a restauração, a pesquisa e a exposição de todo um processo de permanência e memória.

Referencial para pesquisa da arte contemporânea

O Centro de Artes da Ufam, por meio de seu acervo de artes visuais, possui importante papel na salvaguarda da memória das artes visuais do Amazonas. Com mais de duzentas obras, produzidas entre a década de 1960 até os dias atuais, a coleção é fruto das doações de artistas, que passaram ou não por exposições na Galeria do Centro de Artes.

A organização mais efetiva da coleção começou a partir de 2005, durante gestão curatorial do artista Cristovão Coutinho, quando as obras, que estavam dispersas por todo o prédio, passaram a se concentrar em um espaço de reserva técnica. De 2003 a 2012, período em que o curador esteve à frente da Galeria, o número de obras do Caua aumentou consideravelmente, destacando-se trabalhos de novas gerações de artistas locais independentes. Além da coleção citada, construída ao longo dos anos, em 2017, mais de cem obras da Coleção Thiago de Mello, com nomes de artistas nacionais e sul-americanos, passaram a fazer parte do acervo.

Um dos principais objetivos da atual direção do CAUA é tornar o acervo um referencial para a pesquisa da arte contemporânea. Para isso, a Reserva Técnica, em espaço bem mais amplo, vem passando por um processo de organização e as obras vêm sendo higienizadas, acondicionadas, estudadas, documentadas e registradas o apoio técnico da museóloga e professora da Ufam Regina Vasconcellos e da estudante do curso de Artes Visuais, Amanda Santos.

Para esta exposição são trazidos artistas de diferentes gerações com suas expressões em desenho, pintura, gravura, fotografia, arte digital, objeto, instalação e vídeo.

A diversidade de linguagens e temáticas do acervo aponta referenciais estilísticos na produção artística contemporânea, a partir de diálogos com a natureza, o cotidiano e o imaginário, os artistas propõem reflexões filosóficas, antropológicas e socioculturais com suas obras.

Neste contexto expositivo, destacam-se a instalação de Roberto Evangelista (2007) e as obras mais antigas do acervo, uma pintura de Hahnemann Bacelar (1965) e um desenho de Óscar Ramos (1969). Vale citar também a obra de Moacir Andrade (1998) e de Bernadete Andrade (1997), artistas que deixaram importante legado na história da arte do Amazonas, entre outros nomes.

“A exposição tem como objetivo, não só mostrar parte da Coleção do Caua, mas, sobretudo, ressaltar o valor do acervo para pesquisa no campo das artes visuais locais. Para isso, apresenta as obras no seu estado de conservação atual. Neste sentido, vale ressaltar que a salvaguarda das obras é uma atividade constante que nem sempre foi possível ter no CAUA e que, qualquer intervenção de restauro deve ser realizada por pessoas capacitadas. Mas, na certeza de proporcionar à coleção o tratamento adequado ao seu valor artístico cultural é que estamos abertos a parcerias para que juntos possamos melhor cumprir nossa missão de contribuir para a preservação cultural ao incentivar a pesquisa das artes visuais amazonense”, ressaltou a diretora do CAUA e curadora da exposição, Priscila Pinto Maisel.

 

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