Alunos do IEAA apresentam trabalhos na XV Escola Matogrossense de Física

 
Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam

Uma equipe composta por cinco alunos do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), unidade da Ufam no município de Humaitá, apresentaram trabalhos durante a XV Escola Matogrossense de Física, evento ocorrido em Cuiabá, de 23 a 26 de outubro, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Equipe

A equipe é composta pelos alunos da Licenciatura em Ciências - Matemática e Física Moriel Moura Tenório, Rogério Gonçalves, Genilson Campos Castro, Emivan da Costa Maia e Guilherme Ramos da Silva de Moraes. Entre os trabalhos apresentados pelos estudantes durante o evento estão: “Física Moderna e contemporânea na Educação Básica – uma revisão de Literatura nos encontros de pesquisa em Educação em Ciências e “Temas da Física priorizados pela Base Nacional Comum curricular para o Ensino Médio”.

Experiência acadêmica

O aluno Rogério Gonçalves destaca a ineditismo da experiência acadêmica para ele. “Foi a primeira vez que fui ao evento. Foi algo novo. Além das palestras e minicursos que vimos, pude conhecer e trocar informações com vários discentes de outras universidades e que são bem afastadas da nossa. Fiquei feliz em perceber que apesar de estarmos em uma universidade numa cidade de interior e ser de uma certa forma ‘isolada’ da capital, alunos de outras universidades, até mesmo de capitais, não pareceram estar em um nível superior de conhecimento do nosso, mas em um nível equivalente. Eu apresentei um trabalho sobre uma legislação educacional nova e os pesquisadores ficaram interessados no assunto e trocamos contatos. O evento ajudou também a conhecer pesquisas de pessoas de outras regiões”.

Sobre a Escola Matogrossense de Física

A Escola Matogrossense de Física tem edições ininterruptas desde 2003 e já é um evento consolidado tanto em Mato Grosso quanto em toda região Centro-Oeste. Desde a primeira edição, o evento mantém a mesma estrutura das edições anteriores com minicursos distribuídos nas áreas Física Experimental, Ambiental, Física Teórica e Ensino de Física, além de palestras proferidas por pesquisadores com renome nacional e internacional

 

 

 

 

 

 

Projeto Pé-de-pincha da Ufam participa de publicação na Revista Nature Sustainability

A publicação foi escrita por professores da Ufam e demais universidades e ressalta o empenho de comunidades na preservação e conservação de quelônios na Amazônia

Por Paulo Andrade - Projeto Pé-de-pincha
      Ismael dos Santos - Equipe Ascom

O trabalho de proteção de tartarugas e tracajás realizado pelas comunidades ribeirinhas, e incentivado e apoiado pelo Projeto de extensão da Ufam Pé-de-pincha, recebeu nesta semana o reconhecimento internacional ao participar de artigo publicado na importante revista científica Nature Sustainability, periódico mensal e exclusivamente on-line que publica as melhores pesquisas sobre sustentabilidade.

No artigo, os efeitos da conservação de recursos naturais de base comunitária na recuperação e aumento dos ninhos e filhotes de quelônios, nas praias monitoradas por comunidades da reserva extrativista do Médio Juruá e Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, realizado há mais de 40 anos (Acesse o artigo em inglês).

A Ufam começou a acompanhar essas atividades a partir de 2001, inicialmente com a cooperação institucional do Ibama, e a partir de 2007, com apoio do ICMBio e do Departamento de Mudanças Climáticas e Unidades de Conservação (Demuc) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

“As ações de proteção de ninhos e filhotes de tartarugas, tracajás e iaçás, realizadas pelas comunidades ribeirinhas da Amazônia, são responsáveis pela proteção de mais de 80% das áreas de reprodução destes animais e já ajudaram a devolver a natureza mais de 5 milhões de filhotes em 118 comunidades do Amazonas e Oeste do Pará, nos últimos 20 anos” afirma o coordenador do Projeto Pé-de-pincha, professor Paulo Andrade, da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), e um dos autores do artigo, escrito em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas e das universidades inglesas de East Anglia e Anglia Ruskin.

Ainda para o docente “o Governo Federal, por meio do Projeto Quelônios da Amazônia do Ibama, já realizava a proteção das praias de desova das tartarugas desde 1979. Mas foi a partir dos anos 1990 que ações mais efetivas de conservação e monitoramento de base comunitária começaram a atuar na gestão compartilhada dos recursos naturais, por meio de iniciativas como os Acordos de Pesca e o programa de agentes ambientais voluntários, criados pelo Ibama, e que tiveram muita relevância na proteção ambiental na Amazônia”.

O Projeto Pé-de-pincha da Ufam é uma dessas iniciativas, e surgiu em 1999 justamente de uma parceria institucional com o Ibama e comunidades. No Médio Juruá, as ações de proteção recebem, além da participação das comunidades, o apoio dos órgãos ambientais como Sema e ICMBio, bem como o importante papel de organização e mobilização feito pelas associações locais, como a dos Moradores da RDS Uacari (Amaru), dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), dos Moradores Extrativistas da Comunidade de São Raimundo (Amecsara) e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).

Nas praias protegidas pelas comunidades, onde estão milhares de ninhos de tracajás, tartarugas e iaçás, os monitores, ou agentes ambientais voluntários, protegem, também, gaivotas, corta-águas, bacuraus e outras aves que constroem ninhos nestes locais. O artigo ressalta que nas praias protegidas é possível encontrar muito mais mamíferos, répteis, aves, insetos, peixes, jacarés e até peixes-boi, do que em praias que não recebem proteção. Isso mostra a relevância dos serviços ambientais prestados por esses monitores ribeirinhos aos ecossistemas de praia e aquáticos dos rios da Amazônia (Acesse o vídeo).

O artigo da revista Nature Sustainability foi matéria de um portal de notícias (Leia mais).

Sobre o projeto

O Pé-de-pincha é um programa institucional de extensão da Ufam, com a coordenação de professores da FCA e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e que em 2018 capacitou 33 acadêmicos voluntários dos cursos de Zootecnia, Biologia, Engenharia Florestal, Agronomia, Engenharia de Pesca, Ciências Naturais, Letras e Química, para atuarem em mais de 96 comunidades de 15 municípios do Amazonas e Pará, protegendo esse ano, mais de 10.000 ninhos e 158.000 ovos de quelônios. Estiveram envolvidas diretamente nessas ações mais de 6.370 pessoas nas comunidades. Em janeiro de 2019, o Pé-de-pincha completará 20 anos (Saiba mais sobre o projeto).

Pesquisa sobre repositórios de dados em bibliotecas é apresentado em congresso internacional

Por Juscelino Simões
Equipe Ascom

O trabalho intitulado ‘Prospección de repositorios de datos de investigación: estrategia para articular su arquitectura informacional’, de autoria da professora da Ufam, Célia Regina Simonetti Barbalho, Jeane Macelino Gavez (UEA) e do bibliotecário Thiago Giordano de Souza Siqueira (Biblioteca Central da Ufam), selecionado entre os 13 melhores, foi apresentado no V Congreso de Bibliotecas Universitarias y Especializadas, na Facultad de Economía y Negocios de la Universidad de Chile, em Santiago, no Chile, nesta terça-feira, dia 13.

A apresentação coube ao bibliotecário Thiago Giordano de Souza Siqueira, que expôs os resultados parciais da pesquisa constituída com o objetivo de identificar as práticas de acesso aberto a dados de pesquisa de instituições amazonenses, visando dimensionar a arquitetura de informação de um repositório de dados a partir do entendimento do volume de dados manipulado e seu crescimento exponencial; da variedade de formatos e tipos de dados; da dependência de tipos específicos de hardware ou software para acessar e usar os dados e da degradação à qual a mídia de armazenamento físico está inevitavelmente sujeita.

Os 21 expositores provenientes da Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Estados Unidos, México e Uruguai, que participaram do Congresso, expuseram temáticas que analisam a gestão de dados de pesquisa e a inovação tecnológica nas bibliotecas, com a finalidade de proteger e dar acesso público aos dados possibilitando um diálogo capaz de traçar estratégias em nível latino-americano a partir dos casos apresentados.

Os participantes do Congresso discutiram a situação atual das bibliotecas universitárias, com apresentação de pesquisas especializadas e debateu o impacto da dimensão digital em sua gestão. Foi um espaço para troca de experiências e acesso a novas ferramentas tecnológicas, dirigido a bibliotecários e profissionais da informação.

 

Detalhes da pesquisa

Considerando os objetivos da pesquisa, o universo foi composto por 215.449 pesquisadores cadastrados na Plataforma Lattes, em outubro de 2017 e a amostra constituída por aqueles que atuam no estado do Amazonas, totalizando 5.397 sujeitos. O instrumento ainda se encontra em aberto na plataforma Lime Survey/Ufam para ser respondido. Contudo, para este estudo, foram analisados os 216 instrumentos respondidos no período entre 16 de junho e 9 de setembro de 2018.

Os 216 pesquisadores que responderam ao instrumento se identificaram como pesquisador (18,51%), professor pesquisador (55,09%), aluno de pós-graduação (16,66%). Deste total, a maioria pertence ao quadro da Universidade Federal do Amazonas, sendo este percentual condizente com a totalidade da distribuição da amostra foi composta por 44% de pesquisadores da Ufam, 14% do Ifam, 16% do INPA e 26% da UEA.

O estudo revelou ainda que os pesquisadores da área de Ciências Biológicas (49) e Humanas (44) demonstraram maior interesse pela temática considerando o volume de resposta efetivado. Os dados apontam ainda que a grande parte dos sujeitos não possui controle da quantidade de material que produz no período de um ano, sendo que 23% apontaram que produzem entre um e 50 GB e que o tipo de material produzido: textos (77%) e planilhas (51%). A motivação para compartilhar os dados está centrada, principalmente, em ter acesso aos produtos gerados a partir dos dados reutilizados ou em obter, pelo menos uma cópia do artigo publicado. Baixa familiaridade com a gestão de dados de pesquisa (14%), sendo necessário investir em capacitação dos pesquisadores.

Os dados levantados viabilizarão a prospecção de estratégias que qualifiquem o ecossistema comunicacional da ciência para o cumprimento dos objetivos da Ciência Aberta, os quais envolvem a transparência na metodologia experimental, observação e coleta de dados, a disponibilidade pública e reutilização de dados científicos, a acessibilidade pública e transparência da comunicação científica e o uso de ferramentas baseadas na web para facilitar a colaboração científica.

 

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