Colóquio com Massimo Canevacci chama para novos paradigmas na pesquisa

Coordenadora do PPGCOM, Wilson Reis e o palestranteCoordenadora do PPGCOM, Wilson Reis e o palestrante

O curso de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade Federal do Amazonas realizou, na última segunda-feira, 16, o Colóquio Internacional sobre Comunicação e Cidade, com a presença do pesquisador e antropólogo Massimo Canevacci.
 
O objetivo do encontro, que reuniu alunos dos cursos de graduação e pós-graduação, bem como professores do Departamento de Comunicação Social, foi discutir questões relacionadas à Etnografia e a tensões entre as culturas digitais, fetichismos visuais, identidades flutuantes e auto-representações. 
 
Para Canevacci, o pesquisador precisa aprender a ser indisciplinado, fazer a pesquisa empírica é abandonar-se à espontaneidade, descobrir o que não tinha imaginado. É criar novos paradigmas a partir de estratégias de campo que cada pesquisador adota. Para ele, a beleza da Etnografia se descobre em campo.
 
“Fazer uso de diversos elementos narrativos, como o cinema, a música e até mesmo a Arquitetura podem ajudar nesse processo complexo de assimilar e entender a realidade”, garantiu ele. 
 
Para o pós-doutorando do PPGCOM, professor Wilson Nogueira, Canavacci demonstrou toda sua experiência intelectual e sua capacidade de expor essa vivência ao público. 

O antropólogo e pesquisador Massimo CanevacciO antropólogo e pesquisador Massimo Canevacci

“Ele nos desafia a fazer Ciência de uma forma bastante paradigmática, do ponto de vista que ele trabalha essa ideia de indisciplina, ou seja, afirmando que é preciso criar novos meios de entender o ambiente. E, este, é um desafio do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, elaborando uma atividade científica transdisciplinar e interdisciplinar”, considerou Nogueira.
 
A coordenadora do PPGCOM, professora Mirna Feitoza, corroborou com a ideia. 
 
“Integramos um curso de pós-raduação que busca fazer as grandes ligações e as relações com aquilo que está separado. A gente tem o conhecimento e a Ciência, que se dão de uma forma clássica, divididas em disciplinas. Penso que esse encontro, que se deu por meio do curso e do colóquio, foi concebido como parte desse envolvimento, como forma de refazermos o nosso fazer científico. Aqui, pudemos viver uma ação transformadora”, garantiu.
 
Sobre o antropólogo e pesquisador 
 
Considerado um dos maiores pensadores da atualidade por romper com métodos clássicos da história intelectual e rediscutir o fetichismo elaborado por Karl Marx, Canevacci Massimo Canevacci é professor de Antropologia Cultural e de Arte e Cultura Digital da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de Roma (La Sapienza). A partir de 1984, ele passou a lecionar e fazer pesquisas também no Brasil. Por trabalhos realizados em São Paulo, recebeu, em 1995, do governo brasileiro, a ‘Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul’.
 
Como professor visitante, atuou em diversas universidades europeias, norte-americanas, em Tóquio (Japão), em Nanquim (China) e no Brasil, em Florianópolis (UFSC), Rio de Janeiro (UERJ) e São Paulo (USP). Atualmente, Canevacci é professor visitante da Universidade de São Paulo (IEA-USP).

Instituto Natureza e Cultura de Benjamin Constant divulga revista científica ANINC

Os Editores do Anuário do Instituto de Natureza e Cultura – ANINC (http://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/ANINC/about) convidam a comunidade acadêmica, colegas e potenciais autores, a submeterem seus trabalhos nas seções de Artigos, Resenhas ou Notas Técnicas, conforme as diretrizes para autores disponíveis em:http://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/ANINC/about/submissions#authorGuidelines.

O ANINC adota a política de avaliação cega e revisão por pares. As submissões são espontâneas a todas as seções. Qualquer autor pode acessar o sistema na página de periódicos da UFAM, cadastrar-se e realizar a submissão online. Não há limites de trabalhos por autor, mas todos os trabalhos submetidos deverão estar de acordo com as normas da revista e só serão publicados após o parecer conclusivo dos pares e decisão editorial.

Foco e Escopo

O Anuário do Instituto de Natureza e Cultura - ANINC é uma revista científica, de caráter multidisciplinar, que objetiva divulgar a produção acadêmica realizada na Amazônia. Com a publicação, por meio eletrônico, busca-se dar visibilidade às investigações científicas efetivadas no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. A ideia desse projeto pauta-se no pressuposto da necessidade de divulgar as pesquisas e resultados de projetos acadêmicos, para que circulem e possibilitem a produção de mais conhecimento. A revista será publicada anualmente e se configurará como um valioso instrumento de incentivo à divulgação de textos sob a forma de artigos, notas técnicas e resenhas, a partir de núcleos temáticos das Ciências Sociais, Exatas, Humanas, Agrárias, Biológicas e outros, firmando-se como um espaço para a troca de saberes.

Desse modo, o Anuário Acadêmico do Instituto de Natureza e Cultura apresenta um escopo interdisciplinar, tendo como público-alvo educadores, servidores, profissionais e discentes da Universidade Federal do Amazonas/Instituto de Natureza e Cultura – UFAM/INC, mas também professores, pesquisadores e profissionais que atuem ou não como parceiros em ensino, pesquisa e extensão, vinculados ao INC ou que desenvolvam pesquisas na Amazônia.

Qualquer dúvida entre em contato O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo." target="_blank">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo." target="_blank">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

“O Panóptico Verde: A Invenção Ambiental da Amazônia” é lançado por cientista social da Ufam

O sociólogo Renan Freitas e o autor, em manhã de autógrafosO sociólogo Renan Freitas e o autor, em manhã de autógrafos

Resultado de sua dissertação de mestrado, tendo como objeto de pesquisa o Parque Nacional do Jaú, entre os municípios amazonenses de Novo Airão e Barcelos, o professor Luiz Fernando Santos, do Departamento de Ciências Sociais, lançou neste sábado, 14, o livro “O Panóptico Verde: A Invenção Ambiental da Amazônia”. 

 
O evento, promovido na Livraria Valer no Centro de Manaus, reuniu, além de estudantes de pós-graduação do curso de Ciências Sociais, o pró-reitor adjunto de Ensino de Graduação, professor Nelson Noronha, a coordenadora do PPGSCA, professora Marilene Corrêa da Silva Freitas, o professor e sociólogo Renan Freitas Pinto, o professor do curso de Comunicação Social Antônio José Vale da Costa, entre outros. 
 
De acordo com o autor do livro, a abordagem sobre o meio ambiente e a Sociologia se tornaram publicação devido a sua inquietação e análise de leituras de Michel Foucault, do processo de criação da unidade de proteção da natureza na Amazônia e o impacto delas sobre as populações locais. 
 
"O livro é um pensamento fundamental para refletir os processos de desenvolvimento e sustentabilidade na Amazônia, é um ponto de vista crítico e que não pode deixar de ser apreciado. É necessário que entendamos que a sustentabilidade não pode ser uma diretriz inflexível, não pode ser um mecanismo ou dispositivo de segurança contra as populações tradicionais que habitam os parques e as áreas de conservação", afirmou ele. 
 
Além de citar a importância da obra do cientista social, o pró-reitor adjunto da Proeg, professor Nelson Noronha, ratificou a trajetória do professor Luiz Fernando como pesquisador. 
 
"Ele é um profissional que representa muito bem o quadro de docentes da Universidade, um dos mais engajados acadêmica e politicamente. Além disso, ele alia em seu discurso, que é bastante responsável, a relevância de desenvolver políticas de conservação na Amazônia, levando em conta a voz da vida, seja ela a dos ribeirinhos ou populações tradicionais, de modo a garantir o bem-estar delas e não somente a segurança do estado", considerou.      
 
Para o professor e sociólogo Renan Freitas Pinto, “O Panóptico Verde: A Invenção Ambiental da Amazônia” seria a publicação mais importante sobre o meio ambiente, uma vez que tem sua elaboração pautada pela "densidade e segurança teóricas". Foi Renan Freitas Pinto quem escreveu a apresentação do livro lançado.  
 

Capa da obra, da área de Ciências SociaisCapa da obra, da área de Ciências Sociais

"Dificilmente encontraremos em outros obras a mesma capacidade de resolução teórica, até porque, muitas dessas publicações são escritas por autores que não estão interessados nessa problemática do meio ambiente. O professor Fernando, sim, além de estar envolvido, literalmente, com o tema, indo a campo e produzindo conhecimento desta forma", defendeu Freitas, ressaltando a rica utilização de instrumentais teóricos e métodos de pesquisa do autor em sua obra. 
 
Elaboração do livro 
 
A escrita inicial da obra aconteceu a partir de 2011, mas de acordo com Luiz Fernando Santos, a construção da publicação data de dez anos atrás.  
 
"Fiquei relutando em publicar, mas ao passo que observava os alunos de pós-graduação utilizando-o para produzir seus projetos, eu me senti motivado a levar a produção adiante. Para isso contem com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeam) e a própria Livraria Valer", contou. 
 
Texto: Carla Santos 
 
Assessoria de Imprensa da UFAM
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