Contratações de professor substituto: Progesp divulga calendário

Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom Ufam

O Departamento de Desenvolvimento de Pessoas da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal do Amazonas (DDP/Progesp/Ufam) divulga calendário para novas contratações de professor substituto para o semestre 2019/2. O candidato interessado deve acessar o site https://bit.ly/2WrR1Nw

De acordo com o DDP, os prazos podem ser alterados em razão da data de divulgação do resultado final dos pedidos de contratação. Após a publicação do edital, caso não haja inscritos, a Unidade poderá solicitar reabertura com baixa de titulação cinco dias após o término do prazo da divulgação da Homologação Final das Inscrições.

Após a publicação do edital, caso não haja candidato aprovado no certame, a Unidade poderá solicitar abertura de um novo certame em até 30 dias após o término das inscrições.

Professoras da Ufam apresentam trabalhos de pesquisas nos Estados Unidos

 
Por Ana Célia Ossame
Especial para Ascom Ufam
 

As professoras doutoras Ivânia Vieira e Edith Corrêa, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) apresentaram em Boston (EUA), trabalhos no evento denominado Latin American Studies Association (LASA 2019), encerrado no último dia 27, sobre o tema: "Nuestra América: Justice and Inclusion", cuja tradução é "Emprego, inclusão social e justiça: a perspectiva da América Latina".
 
O congresso reuniu mais de 5.000 estudiosos do latino-americanismo com o objetivo de "promover uma visão hemisférica de justiça e inclusão, em uma era na que a política mundial se desenvolve, com frequência, a partir de muros e fronteiras asseguradas, em lugar do fomento da justiça social e a democracia", segundo os organizadores.
 
O tema da professora Ivânia Vieira foi "Lugar de Mulher: a participação da indígena nos movimentos feminista e indígena" e o da professora Edith Corrêa "A Política de Formação de Professores de Língua Inglesa e o Desafio da Prática Cotidiana na Escola Pública na Cidade de Manaus".
 
Na pesquisa, Edith, que é coordenadora do Projeto Centro de Estudos de Língua (CEL) da Ufam, discute a prática pedagógica e a base construtora de professores na Ufam e a atuação desses egressos na rede pública estadual e municipal de ensino. O trabalho foi baseado na sua tese de doutorado da pesquisadora. Sobre a participação no Lasa, Edith diz que o evento permite diálogo com diferentes percepções e intercâmbios, assim como conhecer outros estudos e perceber as ramificações que o trabalho abriga.
 
No painel “Outros saberes e métodos alternativos”, Ivânia, que é professora do curso de Comunicação Social da Ufam, fez um recorte da sua pesquisa de doutorado, que tratou com mulheres indígenas e sua trajetória de luta. No trabalho, entrevistou 22 mulheres com trajetórias de lutas em diferentes segmentos nos municípios de Autazes, Benjamin Constant, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e Manaus.
 
Para ela, uma das necessidades centrais é o reconhecimento, na academia, da presença da mulher indígena na luta dos povos (desde a ocupação portuguesa) e a luta das mulheres na Amazônia, que não é narrada na mídia. O papel da mulher indígena é central em diversas frentes de resistência na Amazônia, na luta pelo direito à terra, à água, na defesa da floresta, nas culturas dos seus povos e no respeito às cosmologias, afirma a pesquisadora.
 
Sobre a participação no Lasa 2019, Ivânia afirma que compartilhar os estudos com outros públicos é um exercício de insubordinação diante das ações de desqualificação da Universidade pública, dos professores, pesquisadores e estudantes. “Não se faz pesquisa sem recurso financeiro e, hoje, a pesquisa está sendo desmantelada no Brasil, numa atitude perversa e criminosa. Não aceitamos essa atitude", finaliza.
 
O congresso reuniu mais de 5.000 estudiosos do latino-americanismo com o objetivo de "promover uma visão hemisférica de justiça e inclusão (Fotos: Ivânia Vieira)O congresso reuniu mais de 5.000 estudiosos do latino-americanismo com o objetivo de "promover uma visão hemisférica de justiça e inclusão (Fotos: Ivânia Vieira)
 
 

Parfor completa 10 anos de atuação na formação de profissionais da Educação Básica

Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom Ufam 

No formato de mesa redonda, especialistas discutiram a atuação do Programa no Fórum Nacional de Coordenadores Institucionais do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação (Forparfor Norte) que incluiu na programação o I Seminário do Parfor da Região Norte. O evento ocorreu na última sexta-feira, 24, no Centro de Formação Profissional Pe. José de Anchieta (Cepan), localizado na Avenida Perimental D, 1984, Japiim II. 

Com o tema ‘Impactos e perspectivas’, o ForParfor Norte objetivou  promover a integração entre o Parfor e as Universidades/Institutos, Secretarias Municipais e Estaduais de Educação dos estados da região Norte e refletir e debater as políticas de formação inicial e continuada de professores(as) da rede pública de Educação Básica nos estados do Norte do país. Na programação, a mesa redonda intitulada “Os 10 anos do Parfor no Norte do Brasil,” contou com a participação das professoras Josenilda Maués e Ana Cássia Ferreira, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto Federal do Pará (IFP), respectivamente,  tendo como mediadora, professora Sheila Gordo da  UFPA.

Parfor reafirma suas ações

Dando início da mesa redonda, a professora Josenilda Maués parabenizou os coordenadores pela realização do seminário regional, mas, especialmente, a professora Heloísa Borges da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que esteve na organização do Forparfor. Para ela, o evento é um importante instrumento de educação em razão do momento vivenciado pelo país, quanto à política da educação. Há dez anos à frente do Parfor da UFPA, a professora Josenilda afirmou que há necessidade da reafirmação efetiva do Programa que permitiu  a   intervenção de uma política pública de responsabilidade do Estado pela formação de professores da Educação Básica. Isso possibilitou a aproximação dessa política de formação ao docente, permitindo assim,  a capilarização em mais de 500 municípios brasileiros.

“É um programa gigantesco. E o fato de ter dez anos teve a interseção do governo brasileiro, pois se mostrou como uma política eficaz, efetiva, e que de fato mostrou o encontro do desejo dos professores em exercício na Rede Pública da Educação Básica pela formação em nível superior”, completou a docente.

Ela lembrou aos participantes da mesa redonda que o país está passando por um momento crucial na Educação Brasileira em que forças conluem para o entendimento de que a mesma Educação não é uma atividade do serviço público, mas sua capacidade de operá-la está no setor privado. “Se temos um programa que assume a formação de professores no exercício da Educação Básica é de responsabilidade do Estado Brasileiro. Penso que precisamos investir, defender e continuar a formação de professores”, disse Josenilda Maués.   

Ela destaca alguns elementos que sinalizam a importância do Parfor durante esses 10 anos de existência. Um deles, disse a professora que o programa passou de emergencial para permanente, o qual integra a política nacional de formação de professores.  Outro elemento de importância foi o reencontro das universidades brasileiras e a realidade no Ensino Básico, pois, segundo ela, a saída do local de trabalho de especialistas na educação para o ambiente escolar foi considerado um aprendizado as universidades que pouco sabem sobre formação de professores que já atuam como profissionais no interior do pai.

Durante a apresentação da professora Ana Cássia Ferreira, do Instituto Federal do Pará (IFP) citou o Decreto n⁰ 6.755, de 2009, que instituiu a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica; que tem a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES no fomento a programas de formação inicial e continuada.  A partir daí a professora relata experiências e os desafios na implantação do Programa junto ao IFP. Por outro lado, experiências trazidas pelos professores em formação relatam sobre a necessidade de concluir o ensino superior, assim estavam associadas a historias diversas de luta e determinação, emocionando a coordenação que ficou sensível as flutuações sociais que interem no desenrolar das atividades do programa.    

Em seguida, a professora Ana Cássia demonstrou dados específicos do Estado do Pará que evoluiu demonstradas em quadro estatístico   considerando a realidade amazônica enfrenta pelos professores que, segundo ela, muitos deles são oriundos de zonas rurais, atuando em péssimas condições de trabalho que se surpreende pela força de vontade de cumprir mais uma etapa de suas vidas. Ela relatou que em  muitas casos a instituição assumia o papel social como na acomodação e alimentação de professores que sem condições financeiras não tinham um suporte para dá continuidade para sua formação.

A professora entendeu que só possível o sucesso do Programa a partir da interação entre educando e educadores junto as disciplinas que possibilitou a formação desses profissionais. Ela acredita que isso pode avançar a medida que houver a cumplicidade e o comprometimento  de todos os agentes pela melhoria do Programa.

    

  

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