II Anpuh recebe conferencista Francisco Foot Hardman, da Unicamp

Com o tema Ofício do historiador na Amazônia: fontes documentais e desafios de pesquisa, o Departamento de História realizou, nesta semana, o II Encontro Estadual da Seção Amazonas da Associação Nacional de História. A abertura aconteceu no auditório rio Solimões, no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) , setor Norte, com a conferência "O sequestro da Amazônia", proferida pelo professor Francisco Foot Hardman, da Unicamp. 
 
Segundo o coordenador do curso de Pós-Graduação em História e coordenador da organização do Encontro, professor James Roberto, a escolha de Foot Hardman como palestrante tem a ver com sua relação direta como pesquisador e professor, o qual escreveu, entre alguns artigos de temática regional, o livro "Trem Fantasma: a modernidade na selva". 
 
Ao passo que atuou incisivamente como colaborador no processo de criação do arquivo Edgard Leuenroth, tido como o mais importante centro brasileiro de documentação sobra história social, Foot Hardman também fundamentou expressivos e respeitos grupos de pesquisa, referências no País e no exterior. 
 
"Ele trabalhou na organização de documentos muito importantes para a história operária, depois, aqui no Amazonas, atuou na criação do Museu Amazônico e de seu acervo, além de ter feito uma rica pesquisa sobre a estrada Madeira-Mamoré, que implicou com a permanência dele aqui, no Estado, por alguns anos", explicou.
 
Durante sua palestra, o conferencista se posicionou, entre outros assuntos, sobre a importância de se investir em laboratórios como forma de os alunos de graduação aprenderem mais sobre o próprio ofício, bem como da repatriação de documentos históricos, que se encontram sob a tutela de bibliotecas estrangeiras. 
 
"Existe uma falta de sensibilidade de grupos de pesquisadores e professores que põem os estudantes de graduação à margem do conhecimento. Eu, particularmente, costumo me surpreender bastante com o que absorvo deles e seria interessante, tal qual produtivo, se houvesse um olhar mais atento a eles nesse nível de formação", considerou. 
 
O conferencista finalizou sua apresentação, alegando que o País precisa se posicionar sobre a permanência de obras históricas em poder de bibliotecas de outros países.  
 
"Não é uma questão de ser bairrista ou nacionalista, já que é uma grave questão a de enfrentarmos dificuldades no que tange ao acesso às fontes de pesquisa e à relação que mantemos com a memória. Cheguei a ver anotações de Euclides da Cunha, na Universidade de Standford e me indignei, porque é um ensaísta brasileiro, falando sobre o Brasil. Afinal, por que não estavam aqui, ou na Biblioteca Nacional ou que fosse na Biblioteca de São José do Rio Pardo, onde são preservados muitos desses documentos e produção de Euclides da Cunha?", observou. Para ele, muito gestores acreditam não ser necessário acervar materiais, não ter uma grande infraestrutura. 
 
"Pelo contrário, como um aluno de graduação vai apreender se não adminstrar sua matéria-prima, seu material primário de trabalho", disse. 

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