Método Sustentável de ensinar Língua Portuguesa

Professora Fernanda MoraisProfessora Fernanda Morais

A programação do segundo dia do I Encontro de Professores de Línguas e Literaturas (I Enproll), realizado no setor Sul do campus, contou com a atividade chamada “Blocos de Sala de Aula”. Essa atividade ocorreu nas salas de aula da Faculdade de Ciências Agrárias, com a participação de vários especialistas que ministraram cursos para um público formado por professores de Línguas Portuguesa e Estrangeiras.

A professora Fernanda Morais ministrou o curso “Português Sustentável: uma tecnologia para inclusão social”, na sala 9, no segundo bloco da FCA. A docente criou um método de ensino da Língua Portuguesa para estudantes do ensino fundamental e médio utilizando o corpo humano. O método busca aprimorar o ensino da Língua Materna aos estudantes e ajudá-los a dominar uma ferramenta de acesso à cidadania plena. A mistura de conhecimento e o uso de linguagem mais acessível incentiva o aluno a estudar a disciplina de forma mais agradável.

O método da professora apresenta três técnicas que fogem da forma tradicional de ensinar. Na primeira técnica, chamada “O corpo morfológico”, as classes gramaticais são relacionadas às partes do corpo humano, tornando a compreensão dos alunos mais simplificada. O coração representa a interjeição, a classe que expressa sentimentos súbitos. Já a cabeça representa o cérebro da oração: o verbo. O pescoço é o advérbio, faz a cabeça girar, dando as circunstâncias da ação verbal. Na segunda técnica, “A oração na palma da mão”, a mão representa a oração com o seu sujeito e o seu predicado, com as demais funções sintáticas representadas pelos dedos. Na terceira, “A cena fotografada”, desmitifica a predicação verbal ao convidar o aluno a “fotografar” a oração que esteja sendo analisada.

A professora trabalha com Língua Portuguesa há mais de 30 anos e durante muito tempo atuou na rede pública de ensino. A ideia de criar o método surgiu quando percebeu a necessidade de ajudar os alunos da escola pública a ter acesso ao conhecimento da Língua Materna. “Há anos trabalho ensinando Língua Portuguesa para alunos da rede pública de ensino. Durante esses anos percebi que a maioria, por motivos econômicos, não tinham acesso ao ensino de qualidade da Língua Materna. A ideia da criação do método foi em razão da necessidade, dessa parcelada da sociedade, ter acesso ao ensino da Língua”, destacou a professora.

Professora Raimunda Silva Professora Raimunda Silva

A professora da Escola Estadual Antônio Lucena Bitencourt, Raimunda Silva, disse que o método é inovador, uma boa ideia que ajuda o aluno a não esquecer o que aprende usando o corpo humano. “Achei uma ideia ótima de ensinar português. O aluno não esquece porque sempre vai relacionar o assunto com os membros do corpo. É um método inovador e que vai nos ajudar em sala de aula a explicar o conteúdo”, ressaltou Raimunda Silva.     

AgroUfam 2015 reserva histórias de famílias que apostaram na agroecologia

“Hoje tem Feira!’’. Essa frase é comum de se ouvir pelos corredores da UFAM, principalmente nos dias em que acontece a AgroUfam: Feira da Produção Familiar, que neste mês acontece nos dias 05 e 06 de março.

Criada em 2013 pelo Núcleo de Socioeconomia da UFAM (Nusec), sob a coordenação da professora Therezinha Fraxe, a Feira realiza a comercialização de produtos oriundos de comunidades rurais que adotaram princípios agroecológicos, graças aos cursos oferecidos pelo Núcleo, em detrimento da agricultura tradicional, que ao longo do tempo veio a utilizar agrotóxicos.

A Feira acontece uma vez ao mês, sempre na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), setor sul do Campus Universitário, no horário de 08h às 18h, e estimula a divulgação de produtos potencialmente capazes de instigar o empreendedorismo do produtor rural, e os produtos regionais. Segundo a Coordenadora, existem mais de 50 famílias aguardando um espaço na Feira. “Durante os dois anos, quadruplicou o número de participantes”, afirmou a Professora.

A AgroUfam não é uma feira convencional, e sim um espaço educativo que estimula o intercâmbio de conhecimentos, e integração de interesses entre agricultores e comunidade acadêmica, além de estabelecer uma relação direta produtor-consumidor. Ao final do Evento, o Nusec realiza uma reunião com todas as famílias. “São os produtores que gerem a Feira”, ressalta a Coordenadora.

Maria Soares: a agricultora que investiu na agroecologia

Dentre as dezenas de famílias que expõem seus produtos na AgroUfam, está a dona Maria Soares. Agricultora, pescadora, e professora aposentada, ela sai de sua comunidade chamada São Francisco, que fica aproximadamente 30 minutos de lancha do município de Careiro da Várzea, distante cerca de 25 quilômetros de Manaus, para comercializar artesanatos, produtos da olericultura e plantas medicinais na AgroUfam, além de outras feiras de Manaus.Maria Soares e Mário JorgeMaria Soares e Mário Jorge

Casada há 40 anos com Mario Jorge, cuja união gerou quatro filhos, sendo um falecido, Maria deixou de lado o uso de agrotóxicos em seus produtos, a partir dos cursos ministrados pelo Nusec, em sua comunidade, ao longo de mais de 10 anos. Na Feira ela vende quiabo, chicória, cebolinha, cúbio, goiaba, pimenta-doce, tudo orgânico.

Após os cursos, a produção dela aumentou. E isso só foi possível devido a sua dedicação. “É necessário apostar nos cursos para se obter os resultados. E eu pesquisava sobre os malefícios dos agrotóxicos para o ser humano. Outros colegas desistem pois acreditam que sem os agrotóxicos, os produtos não ficam bons”, relata Maria.

Um dos cursos que ela destaca é o de Cooperativismo. Neste, a comunitária teve noções de capital de giro, tabela de preços, além de ter aprendido a fazer trufas, doces e sorvetes. Com base nesses conhecimentos, Maria envolveu outras pessoas em sua comunidade, inclusive seu esposo, a se capacitarem.

Para a professora Therezinha Fraxe, “ninguém muda, e sim nos transformamos para adquirir o conhecimento diferenciado. Não é a Universidade que mudou a comunidade, e sim a comunidade que mudou a Universidade. Ela precisa ser uma via de mão dupla entre o conhecimento tradicional e o científico.”

CPD informa sobre instabilidade no acesso à internet

Prezados Usuários,

Informamos que desde às 08h00min, de hoje05/03/2015, o link de Internet está apresentando instabilidade. O problema apresentado já está sendo tratado pelo POP-AM, responsável por prover acesso à Internet a esta Universidade.

Segundo informações colhidas junto ao POP-AM, o link entre o Estado do Amazonas e Brasília está apresentando falhas e ainda não há uma previsão de quando o serviço estará 100% disponível.

 

Esperamos contar com a compreensão de todos.

 

Atenciosamente,

 


Centro de Processamento de Dados
Universidade Federal do Amazonas
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