Gestores da Protec participam de workshop sobre Inovação Tecnológica

Pesquisadores, estudantes e gestores compuseram a plateiaPesquisadores, estudantes e gestores compuseram a plateia

Com o intuito de ratificar a importância sobre a proteção do patrimônio genético e do conhecimento tradicional, gestores da Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica (Protec) da Universidade Federal do Amazonas participaram do I Workshop de Inovação Tecnológica da Fiocruz Amazônia, que teve como tema as "Ferramentas para gestão de projetos". O evento teve como objetivo estabelecer um elo entre a comunidade acadêmica e a científica com a sociedade em geral, divulgando os resultados dos projetos desenvolvidos nos laboratórios da Universidade. 
 
Pela Protec, representaram a Universidade, a Diretora do Departamento de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, Socorro Lima Verde e o diretor do Departamento de Gestão do Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais (DCT), professor Raimundo Felipe da Cruz Filho. 
 
Para uma plateia composta por pesquisadores, alunos e gestores, o primeiro conteúdo a ser exposto foi "Convenção sobre Diversidade Biológica", feito pelo diretor do Departamento de Gestão do Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional (DCT), professor Raimundo Felipe da Cruz Filho. 
 
Ele afirmou que as regulações têm, como objetivos, assegurar a conservação da biodiversidade, a utilização sustentável de seus componentes, a soberania nacional sobre os recursos genéticos e a proteção dos conhecimentos tradicionais associados. 
 

Diretor do Departamento de Gestão do Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais, professor Raimundo Felipe da Cruz FilhoDiretor do Departamento de Gestão do Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais, professor Raimundo Felipe da Cruz Filho

"A legislação vigente busca, além desses pontos, a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do uso dos recursos genéticos. Em algumas oportunidades, a comunidade científica acompanhou situações em que pesquisadores vinham coletar materiais da nossa floresta, produziam produtos e depois o patentavam e contra isso, a lei estabelece um controle e busca identificar a finalidade das pesquisas ", informou.   
 
Em sua apresentação, o diretor do DCT revelou que das 150 drogas mais indicadas nos Estados Unidos, 57% contêm ao menos um componente derivado, direta ou indiretamente, de recursos genéticos, sem que nenhum retorno significativo tenha sido observado aos países provedores destes recursos, mas que se algo promissor é descoberto, o mercado mundial da indústria química e farmacêutica de derivados da biodiversidade movimenta cerca de US$ 300 bilhões por ano. 
 
"O objeto da Medida Provisória 2.186-16 de 2001 é nortear sobre o acesso e a remessa de componentes do patrimônio genético; orientar sobre o acesso e proteção ao conhecimento tradicional associado e garantir a repartição justa e equitativa dos benefícios", explicou. 
Nesse sentido, o pesquisador, segundo o representante da Federal do Amazonas, tem papel fundamental no processo de garantia de direitos e respeito às prerrogativas vigentes, tanto que precisa seguir alguns critérios quando da necessidade de solicitação de uso de um material coletado em ambiente natural. Alguns deles são: definir o projeto na linha de pesquisa do orientador; acesso ao site do CNPq na Plataforma Carlos Chagas; envio do pedido de Acesso ao Representante Legal (Reitor); montagem e encaminhamento de um processo a Protec; análise pelo DCT/Protec; envio do pedido de acesso pelo Representante Legal; autorização de acesso pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 

Diretora do Departamento de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, Socorro Lima Verde, à esquerda Diretora do Departamento de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, Socorro Lima Verde, à esquerda

Cabe salientar que o CNPq é um dos órgãos a quem compete autorizar a utilização de patrimônio genético, além dele, há, ainda, o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ICMBio (SISBio) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 
 
Em sua arguição, a Diretora do Departamento de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, Socorro Lima Verde, abordou o tema "Propriedade Intelectual e Patentes", fazendo um exposição abrangente das políticas de Inovação Tecnológica pelo mundo, considerando que no Brasil, foi na década de 90 que se identificou uma dependência tecnológica e de políticas de incentivo à inovação. 
 
"Nos países desenvolvidos, a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico se dá principalmente nas empresas privadas e institutos de pesquisa, enquanto que no Brasil, a maior parte da pesquisa é desenvolvida na Universidade", explicou. "E o papel da Universidade é ainda mais amplo, porque cabe a ela, a formação de cientistas, profissionais, empreendedores, e cidadãos, além da geração do conhecimento básico e de vanguarda, que possam ser aplicados e modernização. 

Pesquisadores e discentes ao final do eventoPesquisadores e discentes ao final do evento

Em relação a patentes (que são os títulos de propriedade temporária outorgado pelo Estado e que confere o direito de impedir, terceiros, sem consentimento, de produzir, usar, colocar a venda, vender ou importar), os Estados Unidos, China, Reino Unido, Coréia do Sul e Brasil surgem como os países que mais fazem solicitações de registros de patentes, sendo que, aqui, o maior número de pedidos é feito por indivíduos e não por universidades ou empresas. 
 
"Na Ufam, trabalhamos a Gestão da inovação, de forma a instituir um planejamento estratégico. Sendo assim, implantamos o Programa de Apoio à Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Amazonas (Paiti), com a disposição de 100 bolsas para graduandos. Com o Ministério da Cultura (MinC), buscaremos estruturar o Observatório Estadual de Economia Criativa do Estado do Amazonas (Obec-AM) e implantar, também, o Programa Pró-Inovação com o apoio da Fapeam", revelou. 
 
A interação Universidade-Empresa, ainda segundo a gestora da Ufam, segue um modelo linear, partindo da pesquisa básica, à pesquisa aplicada, desenvolvimento experimental até surgir como um novo produto no mercado, da Universidade produzindo conhecimento científico e tecnológico e a empresa, desenvolvendo as novas tecnologias. 

Aluno do PPGI apresenta tese sobre aprendizagem organizacional

O Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI) teve a sua 14ª defesa pública de tese de doutorado apresentada, com o trabalho “Facilitando a aprendizagem organizacional em melhorias de processo de software”. A tese, de autoria do doutorando Davi Viana dos Santos, orientada pela profa. Dra. Tayana Conte e co-orientada pelo prof. Dr. Cleidson de Souza, foi defendida na Sala de Seminários do Instituto de Computação (IComp), Setor Norte do Campus Universitário, nesta segunda-feira (02).

O trabalho de pesquisa de Viana consistiu em apresentar alternativas que facilitem a aprendizagem organizacional (AO)Davi Viana dos Santos, doutorando do PPGIDavi Viana dos Santos, doutorando do PPGI visando à melhoria de processos de softwares (MPS). Segundo ele, as organizações que produzem softwares realizam melhorias constantes nos seus processos de software, partindo da premissa que a qualidade do produto pode ser levada devido ao aumento da qualidade do processo de desenvolvimento. “Precisamos entender que a melhoria de processos não deve ser visto como um esforço único, mas sim como algo de constante aprendizagem por toda a organização”, salientou o doutorando.

Ainda segundo o doutorando, o trabalho durante a pesquisa foi árduo. “Foram quatro investigações de prática em organizações envolvidas com MPS. Também busquei evidências experimentais da ocorrência da AO e também da gerência do conhecimento (GC). O resultado ao qual eu cheguei foi a definição de um framework, o KL-SPI, que contém componentes para auxiliar no diagnóstico e estimular a AO e a GC em organizações que buscam melhorar os seus processos”, ressaltou.

A banca examinadora do trabalho, além da presidente, profa. Dra. Tayana Conte, foi composta pelos profs. Drs. Alberto Nogueira e Elaine Harada, do PPGI-UFAM. Também fizeram parte da banca as profas. Dra. Monalessa Perini, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e Dra. Ana Regina Cavalcante, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Todos os professores fizeram vários elogios ao trabalho.

“Davi fez um excelente trabalho. Destaquei um ou outro ponto que creio que precisam ser melhorados, mas isso não tira em nada o mérito de quatro anos de pesquisa e participações em congressos. Com certeza, é um trabalho que vale muito à pena colocar em prática. Também recomendei a ele que nunca mais faça trabalhos com 400 páginas e nem passe isso aos alunos dele!”, afirmou a professora Monalessa, em tom de brincadeira.

Ariovaldo Umbelino Oliveira palestra em aula inaugural no PPGG

O geógrafo e professor sênior da Universidade de São Paulo (USP),  Ariovaldo Umbelino Oliveira palestra aula inaugural `A questão Agrária no Brasil e a Geografia´, no III Seminário do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG)  que objetiva expor e discutir sobre os projetos de pesquisa dos alunos da turma 8 (2014) e recepção da turma 9 (2015). A apresentação faz parte da programação que acontece até sexta-feira (6) no auditório Rio Solimões do ICHL. Na ocasião, a Assessoria de Comunicação da Ufam (Ascom) esteve conversando como o geógrafo que contextualizou aspectos relacionados às questões agrárias na Amazônia. Veja a entrevista:

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