Reitora outorga grau de alunos do curso sequencial de formação específica em Administração
Outorga de grau aconteceu no auditório Eulálio Chaves
Mesa-redonda aborda bases para política de ações afirmativas da UFAM
Refletir sobre as ações afirmativas no âmbito institucional foi o objetivo da mesa-redonda composta por pró-reitores de Ensino de Graduação, Pesquisa e Pós-graduação, Gestão de Pessoas e Extensão da UFAM. Além dos gestores, o professor Lino João de Oliveira Neves apresentou o curso de Licenciatura Indígena ministrado na região do Alto Rio Negro como exemplo de educação inclusiva. O evento ocorreu na manhã desta quarta-feira, 06, no auditório Rio Amazonas.
O pró-reitor de ensino de graduação, professor Nelson Noronha, discorreu da acerca da Lei nº 12.711, de agosto de 2012, a chamada Lei de Cotas. Além de relatar as mudanças na área administrativa que a Lei trouxe para a Universidade, o professor afirmou que é necessário não somente o cumprimento do instrumento legal, como também o questionamento sobre se ele responde ao que a sociedade requer. O pró-reitor exemplificou dizendo que a Lei beneficia estudantes de escolas públicas, mas não trata daqueles que cursaram o ensino médio como bolsistas da rede particular de ensino.
O professor do curso de Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), professor Lino João de Oliveira Neves, relatou a criação e o diferencial metodológico do curso, desenvolvido a partir das demandas educacionais dos povos indígenas do Alto Rio Negro. De acordo com o professor, a Licenciatura é um exemplo de como as diferenças sociais devem ser levadas em conta na formação acadêmica. “A diversidade deve ser tratada de forma diferenciada”, disse.
Na mesa-redonda também foram discutidas as formas de seleção nos cursos de graduação e nos programas de pós-graduação das universidades. Um dos pontos expostos foi que a política de ações afirmativas da UFAM deve ser aplicada a todos os públicos desfavorecidos socialmente e não somente aos grupos com forte representatividade política. “É preciso que ela atenda a todas as minorias e não somente a algumas, pois as desigualdades continuariam”, declarou a representante da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, professora Márcia Irene Pereira Andrade. Segundo o professor Gilson Monteiro, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, o processo avaliativo precisa ser considerado por ser um dos principais obstáculos para a permanência e sucesso de estudantes.
O pró-reitor de extensão, professor Frederico Arruda, destacou que a área de extensão está diretamente relacionada às ações afirmativas por permitir que a sociedade se aproprie do saber acadêmico e com isso, busque melhorias. De acordo com o professor, as universidades precisam participar mais ativamente na construção de uma sociedade mais inclusiva, questionando a realidade que a cerca e apresentando propostas para mudanças.
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