Workshop da Pesca tem apresentações de pesquisas
Apresentação de pesquisa
Com a proposta de divulgar a produção acadêmica dos estudantes do curso de Engenharia de Pesca da Ufam, o Centro Acadêmico de Pesca promoveu, nesta manhã, 26, a abertura do Workshop Acadêmico de Engenharia de Pesca. O evento ocorre no auditório Samaúma, na FCA, e contou com a participação de professores e estudantes que assistiram a apresentação dos trabalhos de pesquisas dos alunos sobre a Ictiofauna amazônica.
O evento é promovido pelo Centro Acadêmico do curso e nasceu da necessidade de apresentar ao público o que está sendo pesquisado pelos estudantes. Oito trabalhos foram apresentados nesta manhã e, à tarde, serão mais dez apresentações. Também ocorrem palestras com diversas temáticas da área como: bioecologia de peixes, tecnologia do pescado, nutrição na aquicultura, entre outros. O workshop é voltado para o público em geral e, principalmente, estimular os novos alunos da graduação para a pesquisa.
“A ideia era criar um espaço para que os alunos mostrassem suas pesquisas. O aluno faz a pesquisa, mas o resultado não chega amplamente ao conhecimento da comunidade. O Workshop foi pensado para mostrar o que estamos pesquisando e qual o impacto socioeconômico para a região. Além de estimular os novos estudantes para pesquisar. Existem vários estudantes inseridos em pesquisas científicas no curso de Engenharia de Pesca, mas não existe nenhuma forma de divulgação do trabalho. O evento foi criado com essa proposta e hoje estamos aqui com os alunos apresentando suas pesquisas”, explicou o presidente do Centro Acadêmico de Engenharia de Pesca, Luigi Magalhães.
A professora do Curso de Engenharia de Pesca, Flávia Souza, explicou o processo de criação do Workshop. “O Centro Acadêmico se reuniu com os professora Flávia Souzaestudantes para discutir a proposta de promover uma atividade em que os alunos pudessem apresentar seus trabalhos de pesquisas. A maioria decidiu por expor suas pesquisas de iniciação científica (PIBIC).
Presidente do CAEP, Luigi Magalhães.Alguns alunos já finalizaram as pesquisas e outros ainda estão em andamento. Nós desconhecemos o que os nossos alunos estão produzindo. Sabemos a área dos orientadores, mas não sabemos em que projetos estão engajados. A ideia é interessante porque nos dá a noção de qual área estamos contribuindo para formação do aluno. O espaço dá a oportunidade ao aluno de mostrar seu trabalho para a comunidade da Engenharia de Pesca. A divulgação dessas pesquisas é importante para ampliar as informações sobre a Amazônia”, disse a professora Flávia Souza.
O estudante do primeiro período do curso de Engenharia de Pesca, Lucas Lima da Rocha, destacou as informações sobre o processamento do peixe na alimentação. “Achei interessante às informações sobre o processamento do peixe na alimentação na pesquisa apresentada. São conhecimentos interessantes sobre os peixes amazônicos”, disse o estudante.
Estudantes africanos em evento da Proext no ICHL
II Encontro do Programa nossa África
Com o propósito de divulgar a cultura africana na comunidade acadêmica, a Pró-Reitoria de Extensão (Proext) realizou a abertura do II Encontro do Programa Nossa África: “África, um continente a conhecer”, nesta segunda-feira, no auditório Rio Solimões, no ICHL. Participaram da mesa de abertura o Pró-Reitor de Extensão, Frederico Arruda, a representante da secretária municipal de educação, Euzeni Araújo Trajano, do vice-diretor do ICHL, Nelcioney José de Souza Araújo, do diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação do Impacto das Ações de Extensão Universitária (DEAA), Hideraldo Costa, e do estudante camaronês do curso de Ciências da Computação da Ufam, Osvald Ekwoge.
Os estudantes africanos estarão apresentando, durante os dois dias do evento (hoje e amanhã), palestras sobre diversos temas. Terão a oportunidade de desvendar detalhes sobre sua cultura para a comunidade acadêmica e debater os aspectos socioeconômicos do continente. Hoje pela manhã a programação contou com conferência, palestra, mesa-redonda e mostra cultural com caracterização de trajes típicos. Pela tarde ocorrem diversas atividades como, dança, degustação de alimentos da culinária africana, peça teatral, entre outras.
“É uma oportunidade pra mostrar nossa cultura. Muitos estudantes nos confundem com haitianos. Explicamos que somos de outro continente. O evento nos dá oportunidade para mostrar que temos semelhanças com os haitianos, mas somos diferentes, temos uma cultura característica, recheada de detalhes que só africanos possuem. Vir estudar na Ufam é uma experiência importante para minha formação. O contato com outra cultura me enriquece como pessoa. Estou aqui para trazer informações sobre o continente e também levar a cultura de vocês para lá. Tivemos dificuldades ao chegar por aqui em razão de acomodação e da língua, mas já estamos nos adaptando legal”, afirmou o estudante camaronês e presidente da Associação de Estudantes do Programa de Estudantes Convênio (AEPEC), Osvald Ekwoge.
O diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação da Proext, Hideraldo Lima da Costa, explicou que o evento atende a uma demanda legal de criação de mão de obra qualificada sobre a cultura africana. “O evento é uma demanda que a Ufam procura responder na aplicação dos conteúdos pedagógicos na formação de capital crítico e intelectual para atuar no ensino fundamental e médio. Duas leis, a 10.639 e a 11.645, tornam obrigatório o conhecimento dos conteúdos escolares sobre a história da África e da cultura afro-brasileira. Todos os cursos superiores são obrigados a inserirem em seus conteúdos curriculares a História da cultura africana. O evento é uma ação institucional com o objetivo de despertar o interesse da comunidade pelo tema”, disse Hideraldo Costa
“O evento representa o resultado de um esforço enorme da instituição na valorização da História e cultura africana. Temos um número expressivo de estudantes africanos na Ufam, e um século da presença africana no Brasil. Precisamos conhecer mais a África. Nós não podemos ficar tentando embranquecer o tempo todo este país. O Brasil é um país mestiço e precisa conhecer melhor a África” destacou o Pró-Reitor.
O evento ocorre nesta terça-feira, 26, com diversas atividades.
PPGS promove minicurso sobre sociologia do conflito e violência
O Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFAM (PPGS) promoveu, na tarde desta segunda-feira (25), a primeira aula do minicurso “Sociologia do Conflito e Violência”, que vai até o dia 27 de maio. O curso, que acontece na sala 17 do pavilhão Mário Ypiranga Monteiro, no Instituto de Ciências Humanas e Letras é ministrado pelo professor Dr. Luiz Fábio Silva Paiva, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC), e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da UFC.
Professor Dr. Luiz Fábio Silva Paiva, da UFCSegundo o professor Luiz Fábio, o objetivo do minicurso é aprofundar o debate sobre a temática da violência e dos conflitos sociais. O professor aponta que é uma discussão rica, uma vez que se está num cenário que hoje é permeado por situações de conflito e violência. “A Amazônia vivencia isso em praticamente todas as suas cidades e na própria dinâmica entre povos indígenas. Existe também uma outra situação, que é a do tráfico internacional de drogas. Há muito tempo, discutíamos a Amazônia como passagem para drogas e armas. Hoje, discutimos a Amazônia como um lugar onde ocorre diversos conflitos, e aí está a necessidade de falarmos sobre isso”, destaca o professor.
Na abertura, o professor, que já foi docente da UFAM, falou sobre o aumento do estudo da violência no Brasil. Citando Marx, Weber e Georg Simmel, o professor falou das origens da violência como forma de controle de poder. Para ele, é importante que os alunos se apropriem desse conteúdo e que ele possa reverberar em pesquisas. “Nós queremos que os alunos, a partir dos conhecimentos adquiridos aqui, possam aplica-los nas suas pesquisas, investigações e análises de campo”, ressaltou o professor.
Violência como objeto de estudo
Pessoas de diversas áreas, como Comunicação, Administração, Teologia e Serviço Social estiveram presentes ao curso, Pessoas de diversas áreas compareceram ao minicursoalém de estudantes e graduados em Ciências Sociais. Entre eles, a profissional Michele Borba, de 30 anos, já graduada na área pela UFAM, que abordou a violência contra a mulher no seu trabalho de conclusão de curso, cuja banca teve entre os seus componentes o próprio professor Luiz Fábio.
Michele, que já estagiou na Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), pretende ingressar no mestrado em Sociologia. “Tenho certeza que a bibliografia do curso vai me ajudar bastante, já que é uma área pela qual eu me interesso muito e quero abordar no mestrado”, afirma a profissional.