Poética ameríndia é viés de palestra no Congresso Internacional de Literatura e Ecocrítica

 
Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom

Um dos propósitos do IV Congresso Internacional de Literatura e Ecocrítica (Cile), no âmbito da educação sustentável, é a troca de experiências para conscientização, no sentido de minimizar a destruição ambiental. Seguindo esse conteúdo, a palestra “Literatura e Escola – as poéticas ameríndias em condição insular”, proferida pelo professor da Faculdade de Letras (Flet), Gabriel Albuquerque, teve apresentação nesta terça-feira, 5, no auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (Fes), Setor Norte do Campus Universitário.

No início de sua apresentação, Albuquerque comenta que, originalmente, o tema surgiu a partir de uma conversa entre professores da Rede Pública de Ensino que participavam do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2018), no qual não se conseguia inserir nos currículos escolares do Ensino Médio textos produzidos por alunos indígenas e temas relacionados à Amazônia Brasileira, ao Meio Ambiente, à natureza e as relações entre homem, espaço e ambiente.

De acordo com o docente, o que se convencionou chamar de poéticas ameríndias é toda coletânea de contos, narrativas, benzeduras e orações produzidas pelos povos indígenas nas suas línguas originais. "Os estudos realizados tentam entender quais foram às motivações para tal manifestação textual. Com aproximação aos pesquisadores da Antropologia e na tentativa de compreender esses textos que apresentavam elementos que são próprios da literatura, tanto da oral quanto da escrita, muitos desses textos já foram organizados em coleções, algumas delas remontam ao final do século XIX e início do XX. É o caso do livro `Poranduba Amazonense´ , recentemente reeditado", informou o professor.

Para o professor Gabriel, há um grande questionamento quanto ao uso dessa literatura em nossa atualidade. Ele comenta quanto ao uso dessas narrativas e poemas no contexto das escolas públicas e de como serão lidas na dita civilização branca, ou seja, nas escolas de não índios. "Por outro lado, como isso pode nos aproximar e pensar o mundo, a natureza, o trabalho, a sobrevivência, de forma mais humana e mais feliz", explicou.

Dentre os itens abordados na palestra, o docente pontuou a preservação e a sobrevivência do mito para todas as culturas indígenas, o qual analisou sob dois pontos de vista. O primeiro momento é a convenção da sociedade brasileira do século XIX na construção de um herói, em que foi muito bem abordado nos romances escritos por escritores não indígenas. E no segundo momento, o protagonismo de autores indígenas.

Ele exemplifica o escritor Daniel Mundurucu e outros pensadores da cultura indígena, assim como coleções organizadas que narram o envolvimento de mulheres, como é o caso das mulheres do Xingu, histórias de Amaro, da cultura Baniwa, dentre outras. “Existe um mar de possibilidades de interpretação, e penso que o lugar que nós escolhemos no Congresso, é de divulgar as possibilidades de preservação e de comunicação dos mitos", finalizou o docente.      

 

   

Estudantes de Licenciatura em Ciências desvendam crime em simulação

 
Por Carlos William
Equipe Ascom

Em atividade acadêmica realizada na tarde do dia 30 de maio pelo professor Renato Abreu Lima, para ilustrar os conteúdos abordados na disciplina de Histologia/Embriologia, estudantes do segundo período de Licenciatura em Ciências: Biologia e Química desvendaram um crime fictício por meio de uma simulação com bases nos tecidos histológicos representados, como vestígios de sangue, bulbo capilar, impressões digitais, pele e ossos.

A aula prática ocorreu no Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal do Amazonas (IEAA/Ufam), localizado no Campus do Pólo Vale do Rio Madeira, em Humaitá. Para concluir o objetivo, a turma foi dividida em grupos que coletaram o material biológico disponível, registraram por meio de fotografias os principais vestígios encontrados e, após o término de dez minutos, todos se reuniram e elaboraram um laudo técnico pericial, tendo por base as observações anotadas na cena do crime. O uso de equipamentos de proteção individual foi obrigatório, pela segurança e para aproximar a simulação da realidade.

Aplicável em testes de paternidade e investigações criminais, a Ciência Forense, agora compreendida de forma mais abrangente pelos graduandos, é uma vertente estudada por pesquisadores no mundo inteiro e possui princípios postos em prática tanto pelo campo judicial quanto por  mercados que usam material genético para atender demandas.

A prática ampliou a compreensão do conteúdoA prática ampliou a compreensão do conteúdoConforme afirma o professor Renato Lima, a proposta surgiu a partir do pressuposto de que o embasamento teórico deve estar sempre acompanhado da prática, para que os resultados da aprendizagem sejam satisfatórios. “A realização de aulas práticas é necessária para integrar a teoria com experimentos e levar o aluno a refletir sobre os fenômenos que fazem parte de seu cotidiano, o que representa uma alternativa importante para a melhoria no processo de formação universitária”, observou o professor.

A otimização do desempenho acadêmico foi percebida pelos participantes, que puderam abstrair o conteúdo de forma prática e interpretar evidências criminais a partir de suas próprias constatações. A estudante Camila Mendes avaliou a experiência como produtiva e facilitadora. “A aula contribuiu para facilitar o entendimento de como seria um local de crime e, portanto, seu objetivo foi atingido. Não poderíamos ter essa aula de outra maneira e a oportunidade facilitou o aprendizado, mostrando como devemos nos comportar em situações semelhantes. Agora, temos condições de ajudar até em uma cena real, preservando o local até a chegada dos responsáveis”, relatou.

CAPES lança editais para fortalecimento dos PPGs da Região Norte e Maranhão

Brasília - CCS/CAPES

A partir desta segunda-feira, 4, as instituições com Programas de Pós-graduação (PPGs) recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) da Região Norte do Brasil e do estado do Maranhão têm a oportunidade de se inscrever nos editais do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia (PROCAD/Amazônia) e do Professor Visitante Nacional Sênior na Amazônia (PVNS – Amazônia).

O PROCAD/Amazônia e o PVNS – Amazônia receberão até o dia 16 de julho de 2017 a inscrição de projetos conjuntos de ensino e pesquisa que aprimorem a formação pós-graduada visando à melhoria da qualidade dos PPGs e a diminuição das assimetrias regionais, propiciando também a realização de estudos ou pesquisas de alto nível a professores-pesquisadores de consagrado mérito científico e reconhecida experiência acadêmica, respectivamente.

PROCAD-Amazônia
edital será ofertado a todos os PPG das Instituições de Ensino Superior da Região Norte e do Maranhão com o objetivo de estimular a interação científico-acadêmica e a criação de novas linhas de pesquisa nos PPGs participantes da cooperação, além de promover a mobilidade de docentes e discentes de graduação e pós-graduação com as equipes de pesquisa envolvidas no projeto, entre outros benefícios.

Os projetos deverão se caracterizar pela implantação de redes de cooperação acadêmica no país para o fortalecimento de PPGs em áreas e/ou linhas de pesquisas novas ou em andamento, pertencentes às Instituições dos estados citados. Cada projeto deverá contar necessariamente com 3 (três) equipes que devem pertencer a PPGs de diferentes Instituições, considerando que o PPG proponente (nota 3) deverá ter sido obrigatoriamente submetido à Avaliação Quadrienal 2013/2016.
Os projetos terão vigência de 5 anos, sendo que os repasses serão realizados para contemplar 4 anos de execução.

PVNS - Amazônia
edital do programa, tem, entre outros, o objetivo de apoiar a execução dos estudos e pesquisas pelo Professor Visitante Nacional Sênior, além de propiciar a ampliação e a qualificação da produção do conhecimento científico.

O Programa prevê, nesta chamada, a concessão de até 36 bolsas de Professor Visitante Nacional Sênior-Amazônia no valor de R$ 8.905,42 (oito mil, novecentos e cinco reais e quarenta e dois centavos) mensais, sendo um total de até 4 bolsas por projeto institucional.

Acesse os editais:

PROCAD-Amazônia
PVNS - Amazônia

(Brasília - CCS/CAPES)

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