Música, manifestações étnicas e interdisciplinaridade são abordados em Encontro da Faartes

Presidente da Abet, Suzel Reily, ministra palestra de abertura do Encontro.Presidente da Abet, Suzel Reily, ministra palestra de abertura do Encontro.Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom

A Faculdade de Artes promove até sexta-feira, 24, o III Encontro Regional Norte de Etnomusicologia, debatendo o tema 'Redes e Colaborações da Amazônia'. A palestra de abertura foi conduzida pela doutora em Antropologia Social, professora Suzel Ana Reily. O evento foi realizado no auditório Rio Solimões, do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais.

A etnomusicologia é o ramo da música que estuda as manifestações musicais de sociedades e raças específicas. Promovido pela Ufam em parceria com a Associação Brasileira de Etnomusicologia (Abet), o evento da Faartes terá também minicursos apresentando a musicalidade da Amazônia, como música indígena e percussões amazônicas. 

Na abertura do III Encontro Regional Norte de Etnomusicologia, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, parabenizou a Faculdade pela iniciativa e assegurou o seu apoio, como gestor maior da Universidade, às faculdades recém-criadas, sendo a Faartes uma delas, com pouco mais de um ano de existência, após processo de reestruturação do Instituto de Ciências Humanas e Letras, ocorrido em reunião do Conselho Universitário em 23 de fevereiro de 2017. “Todas às vezes que há uma demanda da Faartes para apoiarmos eventos e outras tratativas, nós dedicamos todo o apoio necessário para que aconteça e, é claro, fortaleça a nossa Faculdade de Artes seja na graduação e depois também na pós-graduação. Aqui, na Amazônia, nós temos pessoas comprometidas com a nossa causa, com a arte local e mundial”, discursou o gestor.

De acordo com a coordenadora do encontro, professora Rosemara Staub, o evento tem o objetivo de consolidar a pesquisa em etnomusicologia na região. As duas edições anteriores ocorreram no Pará, sendo esta a primeira vez em que é realizado no Amazonas. “Como tentamos sempre trabalhar a ideia de rede de colaboração, trouxemos para Manaus. A ideia é que a etnomusicologia seja discutida nesse encontro numa perspectiva de colaboração e de rede, mas também de maneira interdisciplinar. Então, veremos como está a pesquisa na área aqui na Amazônia, que tipo de interdisciplinaridade é possível e outros campos que possamos agregar”, informa a professora.

Palestra de Abertura – 'Redes e Colaborações da Amazônia'

Em sua primeira visita ao Amazonas, a professora Suzel Ana Reily abordou a temática 'Redes e Colaborações da Amazônia' partindo do trabalho de Howard Becker, no qual apresenta a ideia de mundos artísticos, ressaltando a ligação da música ao contexto social.

Evento segue até sexta, 24, com programação variada.Evento segue até sexta, 24, com programação variada.Reily, que também é presidente da Abet, citou o caso da cidade de Campanha, em Minas Gerais, para ilustrar a presença da música para aquela sociedade, em especial, o significado que ela tem durante a Semana Santa, quando são realizadas várias manifestações artísticas em relação à temática religiosa. “A Semana Santa Campanhense pode ser compreendida como um grande drama coletivo, com uma série de celebrações, cheias de rituais, cuja intensificação ao longo da semana vai promovendo uma experiência barroca através do impacto sensorial que provoca”, declarou.

Programação

Além dos minicursos já citados, a programação do III Encontro Regional Norte de Etnomusicologia inclui a apresentação de comunicações orais e pôsteres durante a tarde e o minicurso sobre música e gênero.

À noite, estão previstas a realização de mesas temáticas discutindo os temas: 'Mestres e Academia', 'Interdisciplinaridade na Etnomusicologia' e a 'Etnomusicologia na Amazônia'. Por fim, as atividades encerram nas três noites com apresentações musicais e rodas de conversa.

Papel social e político do historiador é destaque na abertura do IV Encontro Estadual de História promovido pela Anpuh-AM

Evento acontece até o próximo dia 24 de agosto no Setor Norte do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho.

Reitor, professor Sylvio Puga, durante pronunciamento na abertura do IV Encontro Estadual de História promovido pela ANPUH - AMReitor, professor Sylvio Puga, durante pronunciamento na abertura do IV Encontro Estadual de História promovido pela ANPUH - AM

Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam

Voltado a reunir profissionais e estudantes de História para discutir as condições de trabalho do historiador no ensino e na pesquisa, os conteúdos da disciplina de História e as possibilidades de intervenção do historiador nas questões sociais contemporâneas, teve início, na manhã desta quarta-feira, 22, a quarta edição do Encontro Estadual de História promovido pela Associação Nacional de História-seção Amazonas (ANPUH-AM).
 
A solenidade de abertura foi presidida pelo reitor da Ufam, professor Sylvio Puga. Durante seu pronunciamento, ele destacou que, se tivesse oportunidade, História seria a segunda graduação. “Fiz meu doutorado em História do pensamento econômico, não foi um curso de História propriamente dito, mas foi o suficiente para eu me apaixonar pela área. Se eu fosse fazer uma segunda graduação, com certeza eu escolheria História”.

 

O diretor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), professor Raimundo Nonato Pereira da Silva, elogiou a iniciativa da ANPUH-AM de promover o evento. “Trago a máxima guarani ‘Vamos caminhar juntos para caminhar bem’. Acredito que caminhar juntos e caminhar bem reflete o que estamos fazendo nesse Encontro, no qual se pretende refletir sobre a prática docente e a intervenção do historiador nesses tempos estranhos pelos quais estamos passando. Quero dizer que fico muito feliz com mais essa realização da Anpuh, pois é partir de iniciativas como esta que elaboramos reflexões para construir um Brasil mais sólido”.

 

A presidente da ANPUH -AM, professora Keith Barbosa, durante a homenagem ao professor Geraldo Pantaleão Sá Peixoto PinheiroA presidente da ANPUH -AM, professora Keith Barbosa, durante a homenagem ao professor Geraldo Pantaleão Sá Peixoto PinheiroO chefe do Departamento de História, professor Auxiliomar Ugarte, destacou que o evento está na sequência do Dia Nacional do historiador, comemorado no último dia 19 de agosto. “O Dia Nacional do Historiador foi uma proposição do senador Cristovam Buarque, em homenagem  à data de nascimento de Joaquim Nabuco, um dos maiores intelectuais que este país já teve. Todos devem aproveitar ao máximo as oportunidades que este evento vai proporcionar com as exposições e debates”, ressaltou ele. 

 

A presidente da Anpuh-Amazonas e vice-diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, professora Keith Barbosa, saudou todos os participantes do encontro, ressaltando os pesquisadores que vieram de longe para prestigiar o evento. “Estou imensamente honrada e feliz com a presença de todos vocês neste evento. Quero saudar os representantes que compõem essa mesa de abertura, nossos colaboradores que aceitaram o convite e se envolveram ativamente na realização do nosso evento e dar as boas-vindas a todos os professores, pesquisadores e estudantes da área de História, em especial os alunos e professores da Universidade Federal de Roraima, da Universidade do Estado do Amazonas de Parintins, Coari e Tefé; do Ifam e da Universidade Federal do Pará, que muito se esforçaram para estar aqui. O IV Encontro Estadual de História é de vocês. Foi realizado com muito trabalho para que tivéssemos a oportunidade de, juntos, discutirmos e refletirmos sobre importantes temas da atualidade”, discursou a presidente da Anpuh, seção Amazonas.

 

Professores de História da Ufam e da UEA com a palestrante Maria Regina Celestino de Almeida, da Universidade Federal FluminenseProfessores de História da Ufam e da UEA com a palestrante Maria Regina Celestino de Almeida, da Universidade Federal FluminenseHomenagem

Ela conduziu, ainda, uma homenagem ao professor Geraldo Pantaleão Pinheiro, que faleceu há pouco tempo. “No dia 25 de maio de 2018, o Amazonas perdeu uma de suas mais proeminentes e singulares figuras: o professor doutor Geraldo Pantaleão Sá Peixoto Pinheiro. Graduado em Estudos Sociais pela Ufam, foi um dos maiores entusiastas e articuladores da criação de um curso de História na Universidade Federal do Amazonas, no ano de 1980. Sua trajetória profissional se confunde com a do curso de História. Logo após se formar em História em 1984, passou a atuar como professor substituto e, logo após, como professor efetivo. O professor Geraldo sempre demonstrou enorme irreverência e alegria de viver, tendo um grande compromisso com a história do Amazonas e da Amazônia, além de ter exercido diversas funções administrativas na Universidade, como diretor do Museu Amazônico e chefe do Departamento de História”, ressaltou a professora Keith Barbosa. 

 

Conferência de abertura
 Os avanços acerca da construção da historiografia dos índios e dos negros e os desafios de aplicação da temática no ensino da história foram abordados durante a conferência de abertura pela professora Maria Regina Celestino de Almeida, da Universidade Federal Fluminense. Durante a apresentação, ela destacou que levar as reflexões do encontro na academia para a sala de aula do Ensino básico é o grande desafio dos presentes no Encontro. “Para além dos espaços próprios da circulação das ideias acadêmicas, os historiadores devem ocupar os espaços midiáticos, escrevendo artigos para jornais, concedendo entrevistas nas mídias televisivas e radiofônicas para, dessa forma, contribuir para a combate de ideias  preconceituosas cristalizadas em relação à camadas étnicas brasileiras”, declarou ela.

 

A professora Sarah Araújo é uma das participantes do evento.A professora Sarah Araújo é uma das participantes do evento.Palavra de participante
Para a professora Sarah Araujo, da SEDUC e da Uninorte, o evento é uma oportunidade de reencontro e união dos professores e discentes de História. “Diante das incertezas que temos sobre o ensino de história, as ameaças à democracia e a pauta das desigualdades que ainda marcam a história do nosso país, é mais que necessário, é essencial, estarmos juntos e debater sobre esses temas”, afirmou a docente.

 

A aluna do curso de História, Tamily Frota, destaca que o encontro traz a certeza da renovação dos nossos olhares para os desafios que perpassam o ofício do historiador. “No evento, são apontados caminhos possíveis de intervenção de prática docente, conforme a afirmação de princípios democráticos, de inclusão social e de respeito às diferenças culturais, os quais orientam nossas discussões”, declarou a estudante.


Programação
À tarde, o evento continua com simpósios temáticos nas salas 46,47, 55 56 e 57 da Faculdade de Estudos Sociais (FES) e com a mesa redonda 'História Cultural: possibilidades e reflexões', que contará com a participação dos professores Almir Diniz de Carvalho Júnior, Davi Avelino Leal e Sínval Carlos Mello Gonçalves. Confira a programação completa em: 
Programação completa 
 

Conselhos Superiores da Ufam divulgam calendário de reuniões para setembro/2018

A Secretaria dos Conselhos Superiores da Ufam informa novo calendário de reuniões ordinárias que ocorrerão no próximo mês de setembro de 2018. Segue abaixo as datas de realização para o Conselho de Superior de Administração (Consad), Conselho Universitário (Consuni) e Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe):     

1.    Reunião ordinária do CONSAD a ser realizada nos dias 10 e 11 de setembro 2018;

2.    Reunião ordinária do CONSUNI a ser realizada nos dias 12 e 13 de setembro de 2018;

3.    Reunião ordinária do CONSEPE  a ser realizada no dia 17 de setembro de 2018.  

Os horários das reuniões acontecerão das 8h30 às 12h30 e das 14h30 às 18h30, no Plenário Abraham Moysés Cohen, Bloco da Administração da Faculdade de Direito, Setor Norte do Campus Universitário. 

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