ICSEZ/Ufam gradua 79 profissionais em Parintins
O Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ), do município de Parintins, formou na última quarta-feira, 22 de agosto, 79 profissionais das áreas de Administração, Artes Visuais, Comunicação Social - Jornalismo, Educação Física, Pedagogia, Serviço Social e Zootecnia. A cerimônia aconteceu no auditório do Colégio Batista de Parintins, localizado na Rua Coronel José Augusto, centro da cidade.
A colação foi presidida pelo vice-reitor da universidade, professor Jacob Moysés Cohen, acompanhado do diretor do ICSEZ, professor José Luiz Pereira. Também fizeram parte da mesa de honra a paraninfa do curso de administração, professora Silvane Mascarenhas, o paraninfo do curso de Comunicação Social-Jornalismo, Professor Adelson da Costa Fernando, a paraninfa do curso de Educação Física, professora Sueyla Ferreira da Silva, a paraninfa do curso de Serviço Social, professora Sandra Helena da Silva e a paraninfa do curso de zootecnia, professora Soraya Farias de Andrade Freitas.
Após o recebimento das outorgas, Marta Karoline Castro, escolhida para representar os sete cursos como oradora, discursou sobre a conclusão da graduação. “Estamos aqui hoje para festejar o término de um importante ciclo que iniciamos há alguns anos. No entanto, quando manusearmos os nossos registros fotográficos, sentiremos muita saudade de tudo isso. Enxergaremos as pessoas que sempre estiveram ao nosso lado, e com certeza, com o coração bem apertado, vamos sorrir e lembrar que conseguimos ir tão longe porque estávamos próximos de pessoas grandiosas. O nosso agradecimento vai àqueles que nos apoiaram em todos os momentos: família, amigos e professores, que tanto se empenharam para fazer de nós os profissionais que seremos a partir de hoje. Foi dada a largada para uma nova jornada. E tudo isso é fruto do nosso esforço. Nós conseguimos”, disse a bacharela do curso de Administração.
Igor Braga de Souza, recém-formado em jornalismo, falou sobre a importância de ter uma Instituição de Ensino Superior em municípios como Parintins, assim como suas expectativas para o futuro. “É uma honra termos essa oportunidade de nos formar perto de nossas casas, junto de quem gostamos, e de termos concluído um curso de formação superior, que é uma oportunidade que infelizmente pouquíssimas pessoas têm. É uma trajetória longa, que tem seus altos e baixos, como a maioria das situações da vida. Mas é engrandecedor terminá-la. Nós entramos novos, crus de idéias, e fomos realmente transformados durante a graduação, pois passamos a olhar o mundo de uma maneira diferente. Passamos a perceber o quanto é complexa a sociedade em que vivemos, os conhecimentos e todos os problemas que nos cercam”. Mencionou, ainda, suas expectativas para o futuro. “Eu tenho expectativa me destacar no mercado de trabalho e ser reconhecido como um profissional que está preparado para atuar, poder contribuir e dar retorno para a sociedade, que investiu na gente”, declarou o formando.
Escolhida para representar os paraninfos dos cursos, a professora Sandra Helena da Silva, leu meansagens de cada um deles às respectivas turmas antes a se dirigir aos egressos. “Quero neste momento afirmar que os desafios para chegar aqui hoje foram diversos, mas todos superados com a certeza de que a vitória era o único resultado possível e esperado. A confiança de vossos pais e familiares os acompanharam durante toda trajetória acadêmica, trajetória essa que segue a dialética da vida, em um contínuo processo de transformar e gerar novas formas”. Falou ainda sobre os desafios que os novos profissionais vão encontrar em sua trajetória. “Tenho a certeza de que todo conhecimento aprendido durante a formação acadêmica oportunizará a vocês melhores condições para compreender as contradições postas pela realidade, e criar estratégias para seguir com vossas carreiras. A todos vocês, formados pelo Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia em 2018, peço que façam o certo, vivam o amor e sejam felizes”, concluiu a professora. .
O professor José Luiz Pereira, diretor do ICSEZ, pronunciou-se sobre a importância que as universidades têm para o desenvolvimento dos municípios do interior do Estado. “Não esqueçam a Universidade Federal do Amazonas e da importância que ela tem para a região e para a sociedade. Eu tenho certeza que a partir de hoje a vida dos senhores vai mudar para melhor. Hoje não é o fim, é apenas o começo. Concluir um curso de graduação é um privilégio na nossa sociedade brasileira, onde menos de vinte por cento tem a oportunidade de entrar em uma Universidade Pública. Não percam o foco e acreditem em vocês, que são o futuro deste país”, declarou, antes de parabenizar a todos pela conquista.
O Vice-reitor da Ufam, professor Jacob Moysés Cohen, aproveitou seu momento de fala para aconselhar os formandos ali presentes. “Vocês se formaram em sua cidade, na melhor universidade da Região Norte. Tiveram sorte, mas essa sorte deve ser recheada de responsabilidade. Não façam concessões gratuitas quando se tratarem da sua profissão. Não saiam daquilo que os pais de vocês ensinaram e daquilo que os professores de vocês disseram sobre ética, moral, disciplina e honestidade. Se vocês seguirem suas carreiras com esses preceitos importantes, serão felizes na profissão que escolheram pro resto de suas vidas”, declarou ao encerrar a cerimônia de outorga.
Confira a lista completa de formandos do ICSEZ:
Administração
Ana Paula Cavalcante da Costa
André Matheus de Souza Ribeiro
Déborah Pontes Silveira
Emilly Farias Andrade
José Haroldo Farias de Lima
Lunara Silva Paes
Marceli de Souza Mota
Marta Karoline Castro Lopes
Pedro Guerreiro de Andrade Filho
Sabrina de Souza Siqueira
William Lima Bandeira
Artes Visuais
Edson Messias Ribeiro
Silvano Matos da Silva
Comunicação Social-Jornalismo
Catarina Carvalho Carneiro
Gabriel Ferreira Fragata
Geane Gonçalves Rolim
Gilson Almeida Piedade
Igor Braga de Souza
Juliana Pereira da Costa
Educação Física
Adriano Medeiros da Costa
Adson dos Santos Pantaleão
Aila Alfaia Souza
Aldair Carvalho de Araújo
Ananias Da Silva Guimarães Neto
Anderson Matos Almeida
Andrei Alessandro Coelho Aranha
Anne Gabrielle Pires Dutra
Arivânia Costa Batalha
Aryele Dutra Pimentel
Beatriz Gama da Cruz
Drielle Deandrea Souza da Silva
Elma Lima Viana
Elziane Belém dos Reis
Emily Paes Mourão
Endreo Coelho Medeiros
Erick de Lima Lopes
Felipe Matos de Alfaia
Gelson Almeida Piedade Júnior
Ingrid Brilhante da Silva
Jackeline Trindade Teixeira
Jeferson Azevedo Fuziel
Jucivan Guerreiro Fonseca
Lucinéia Mendonça Pereira
Maisa Nunes dos Santos
Marcos Muller da Silva Lima
Marleondes Mendonça Alves
Mayron Gabriel Ribeiro Pinheiro
Pablo Lourenço da Silva E Silva
Raiane Siqueira Fonseca
Rosana da Silva Reis
Sandro Marcelo Braga
Tiago de Lima Fonseca
Wellesson Patrick Noronha de Carvalho
Pedagogia
Endel de Azevedo Leal
Marlesson Lima Nascimento
Natália Conceição Costa Moutinho
Serviço Social
Aline Gomes Marinho
Alinne Guerreiro Gonçalves
Alline da Silva Prestes
Daniel Santos de Souza
Emile Maia de Souza
Iamyle Batista de Souza
Julyana da Silva Nascimento
Kaila Vieira Carvalho
Karina Santos da Silva
Kyssia dos Santos Lopes
Loiana Pereira Fonseca
Marlon Jefferson de Souza Pires
Omara Nunes Mamed
Ranessa Lira Teixeira
Samuel Anselmo Filho
Simony Souza Picanço
Suelen Colares Barbosa
William Ferreira Brandão
Zootecnia
Alexandre Machado Garcia
Francinei Sousa de Andrade
João Marcos Miranda dos Santos
Luiz Alves Barroso Filho
Rita Brito Vieira
Termo de Notificação
Fórum Permanente aborda 'Desenvolvimento e Povos Indígenas'
Nesta edição, o professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (DA/Ufam), Lino Neves, proferiu nesta quinta-feira, 23, às 15h, a palestra ‘Desenvolvimento e os Povos Indígenas’. A sessão ocorreu na sala de reuniões da Câmara de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão (CEI/Proext), localizada na Administração Superior, Setor Norte do Campus Universitário.
Ao iniciar a palestra, o professor Lino Neves utilizou o termo denominado pelos povos indígenas da Bolívia de 'conversatório', que quer dizer 'abrir a boca', no sentido de começar uma discussão para determinados questões afins da sustentabilidade. Com isso, o docente estabeleceu conceitos de desenvolvimento excludentes de povos indígenas e tradicionais, cujo interesse é o poder econômico. Ele destacou que o termo 'sustentabilidade' vem sendo usado erroneamente nos dias atuais.
Sustentabilidade e autossustentabilidade
De acordo como o professor, entende-se como desenvolvimento sustentável as ações que não comprometem os recursos naturais, no entanto, isso tem sido utilizado de forma indiscriminada, sem nenhum rigor crítico. Ele acredita que o desenvolvimento é sempre crescente e esquecem que não há sustentabilidade quando não se percebe que os recursos são finitos, que vão se esgotar.
Neves disse que, em nossa atualidade, o termo sustentabilidade está tão mal utilizado, sendo adjetivo de uma Fórum Permanente reúne professores, pesquisadores e representantes de instituições diversas atividade produtiva. Exemplo disso é a implementação de projetos de mineração financiados pelo seguimento político que podem trazer várias consequências não somente no âmbito ambiental, mas social.
Para ele, associado à ideia de desenvolvimento sustentável está a de autossustentável. Nele, o professor explica que este modelo segue como auto reprodutivo, criando condições básicas de desenvolvimento. “É um processo que se retroalimentaria”, disse o professor.
Etnodesenvolvimento
Dentre os conceitos elencados, etnodesenvolvimento foi abordado pelo professor, que acredita na revisão das políticas governamentais junto às comunidades indígenas, quilombolas ou tradicionais. Para ele, desenvolvimento não é apenas uma questão econômica, produtiva e de qualidade de vida mas é a reunião de todos esses itens que permitem uma vida saudável.
Neves lembrou que o termo foi utilizado pela primeira na Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente, na Suécia, em 1972, quando o mundo tomou consciência da crise ambiental pelo uso inapropriado dos recursos naturais. "O crescimento econômico não deve estar desassociado do desenvolvimento social e da proteção ambiental", afirmou o docente.
Professor Lino Neves em apresentaçãoEcodesenvolvimento
O professor explicou ainda outro tipo de conceito que está associado ao etnodesenvolvimento, chamado de Ecodesenvolvimento. Este, por sua vez, está conectado a um mundo diverso, onde cada cultura tem sua especificidade. "Não se pode pensar que haverá um desenvolvimento são e harmonioso que possa trazer um benefício às pessoas, se não considerarmos às particularidades culturais", completa o palestrante.
O Fórum foi presidido pelo titular da Pró-Reitoria de Extensão(Proext), professor Ricardo Bessa, em que se fizeram presentes os professores aposentados Alcibiades Oliveira (FD) e Humberto Micheles (FES), os professores dos Departamentos de Ciências Sociais, Filosofia e Medicina, Almir Menezes, José Alcimar, Antonio de Pádua, respectivamente, a diretora de Departamento de Políticas Afirmativas (Proext), professora Cláudia Guerra, representante do Instituto Amazônico de Cidadania (IACI), Raí Souza, representante Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami (Secoya), discente do Colegiado Indígena do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), professora do Faculdade de Letras (Flet), Eneida Alice, dentre outros convidados.
Sobre o Fórum
De acordo com a coordenação, o Fórum para o Desenvolvimento do Amazonas surgiu como uma iniciativa da Proext da Ufam para dar subsídios teóricos de modo a contribuir para com a solução dos problemas mais graves que entravam o desenvolvimento econômico e social do Amazonas.
Outro objetivo do Fórum é auxiliar na formação acadêmica dos estudantes e pesquisadores por meio de levantamentos de problemas e hipóteses que possam instigar o desenvolvimento da pesquisa regional, estimulando a proliferação de uma consciência amazônica voltada para a solução de problemas regionais, a partir de suas condições reais objetivas e no contexto de uma política de desenvolvimento autossustentável.