Por Juscelino Simões 

Estudantes de Farmácia promoveram nesta segunda-feira, 1º de julho, ‘Mostra de Cosmetologia’ da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A Mostra ocorreu no hall de entrada do auditório da FCF e reuniu a exposição de produtos desenvolvidos pelos estudantes do 5º período do curso, resultado das aulas práticas da disciplina de Cosmetologia, ministrada pela professora Ellen Regina da Costa Paes.

Os alunos do curso de Farmácia da Ufam promoveram nesta manhã de segunda, dia 1º, ‘Mostra de Cosmetologia’, com a exposição de produtos elaborados a partir de matérias-primas que são descartadas no dia a dia pela população. A mostra é resultado do trabalho realizado durante as aulas práticas da disciplina, com a manipulação de matérias-primas como cascas, caroços de frutas e legumes processados.         

As etapas do trabalho incluíram extração, liofilização e ao final, a formulação. Da casca e do caroço de pupunha, por exemplo, foram feitos um shampoo para cabelos lisos e um tônico capilar. Além da pupunha, há produtos que utilizam casca de batata, banana, alho, abacate, laranja, beterraba, berinjela, jerimum e maracujá. Além do trabalho específico de manipular substâncias, os alunos também desenvolveram argumentos gráficos nas embalagens, nas cores dos produtos e no aroma.

A professora responsável pela disciplina Cosmetologia, Ellen Regina da Costa Paes, ressaltou que a Mostra é resultado do trabalho dos alunos, realizados durante o período das aulas práticas da disciplina, que receberam um desafio de transformar resíduos em produtos cosméticos. “É o resultado do trabalho dos alunos realizado durante as aulas práticas da disciplina. Coloquei um desafio aos alunos de transformar resíduos, coisas que iam para lixo, casca de fruta, de legumes, em produtos cosméticos. Expliquei que podemos transformar resíduos em produtos para uso diário. São diversos produtos feitos destes materiais com o objetivo de despertar para o empreendedorismo e incentivar para a pesquisa. O trabalho agrega conhecimento aos estudantes. Os estudantes tiveram a orientação da técnica de laboratório de farmácia, Maria Dorotéia Couto, do monitor Felipe Tashiro e da estagiária-docência, Bárbara Janaína Paula da Silva” ressaltou a professora Ellen Regina.

O estudante Henrique Gomes Martins destacou que a utilização de frutos amazônicos para obtenção de produtos cosméticos é enriquecedora porque a Amazônia tem um potencial grande na produção de cosméticos e outras substâncias. “Produzimos a partir da casca e do caroço da Pupunha uma linha de produtos para banho. Fizemos o shampoo, condicionador, tônico capilar, sais de banho, sabonete simples e sabonete esfoliante. A Pupunha possui algumas substâncias que conferem uma atividade hidratante, antioxidante, na pele, no cabelo. A utilização de frutos amazônicos para obtenção de cosméticos é enriquecedora porque a Amazônia tem uma grandiosa biodiversidade e um enorme potencial na produção de cosméticos e outras substâncias. O trabalho foi importante na nossa formação porque aprendemos todo o processo de transformação”, disse Henrique Gomes.

“Fizemos um creme hidratante para os pés a partir do alho com propriedades antioxidante e antimicrobiana. Também produzimos uma cera para a fortificação das unhas com o extrato do alho. Combinamos substâncias para inibir o aroma do alho no produto que tanto incomoda. Aprendemos sobre inovação tecnológica ao desenvolver produtos a partir de resíduos que são descartados diariamente”, ressaltou o estudante Carlos Henrique Lamego Guimarães.     

Já pensou o que vai fazer depois da graduação? Essa é uma pergunta que o egresso do curso de Licenciatura em História, Oscar Menezes Rodrigues, respondeu com planejamento e ações. Recém-formado, o aluno decidiu que o seu próximo passo profissional incluirá uma experiência internacional.  Ele embarca para o mestrado em História e Patrimônio, na Universidade do Porto, dia 16 de setembro.

Oscar Menezes Rodrigues programou-se durante a graduação para seguir carreira acadêmica. Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) participou de dois projetos de iniciação cientifica que foram responsáveis por aproximá-lo da pesquisa. O primeiro deles, em 2017, fazia parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e tinha como tema intolerância religiosa nas escolas. Em seguida, em 2018, Oscar participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) com um projeto voltado para práticas de cura no Amazonas no século XIX.

Foi na Residência Pedagógica, em contato direto com a sala de aula e lecionando para turmas do ensino médio, que o interesse pelo tema patrimônio ganhou força. “Eu fiquei interessado, principalmente, sobre as questões patrimoniais quando fui para sala de aula durante a residência pedagógica. Busquei abordar com os alunos questões que envolvessem ensino de História e espaços de preservação patrimonial e como nós podemos potencializar o ensino de História a partir desses espaços e ao mesmo tempo valorizá-los”, relembra.

O processo seletivo para o mestrado incluiu envio de currículo, carta de motivação, carta de recomendação, pré-projeto e entrevistas. Segundo Oscar Rodrigues, a seleção foi complicada e exigiu força de vontade. “Sempre tive muita certeza do que queria. Espero desenvolver pesquisa na área do meu interesse e também ter vivências que me proporcionem um outro olhar. Creio que ir para outro lugar, outro país, é ter disposição de enxergar as diversas possibilidades do mundo. Quero olhar de perto como o patrimônio é tratado em países desenvolvidos. Penso que ao voltar para o Brasil, perceberei nossa relação com os espaços de preservação de outra forma”, finaliza.

O egresso está fazendo uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar nas despesas da viagem. Para contribuir basta clicar aqui