Em outorga de grau, Faculdade de Medicina forma 50 novos profissionais
A solenidade marca a formatura de 50 novos profissionais da área médica, 90⁰ turma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (FM/Ufam) do segundo semestre de 2018. O evento contou com a participação do vice-reitor da Ufam, professor Jacob Cohen, que presidiu a sessão solene de outorga de grau ocorrida nesta quinta-feira, 6, no auditório Eulálio Chaves, localizado no Setor Sul do Campus Universitário.
Além da presença do vice-reitor da Ufam, professor Jacob Cohen, acompanhado pela diretora da FM, professora Ione Rodrigues Brum, também integravam a mesa de honra, a professora Camila Maria Telles, o paraninfo do curso, professor Renato Oliveira Martins, a patronesse do curso, professora Luciana Fujimoto e o homenageado com o nome da turma, o professor José Jorge Guimarães.
Na ocasião, o vice-reitor, professor Jacob Cohen, cumprimentou a todos presentes e disse estar feliz por presidir a sessão solene de outorga de grau por concessão proferida pelo reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, considerando ser médico e professor da FM. “É com muito jubilo que presido essa sessão em que é entregue a sociedade 50 novos médicos que, com toda certeza fará a diferença no mercado de trabalho”, relatou Jacob Cohen que assegurou que a experiência no contexto da área médica é importante, considerando que cada procedimento realizado, é debruçado com outras experiências, convalidando uma a outra.
Ele cita o Programa de Residência Médica como processo de acumulo dessas experiências em que estão embasadas nos procedimentos realizados. O professor comparou a profissão médica como a de um sacerdócio e, a partir daí, questiona: o que é ser médico? Primeiramente, segundo ele, é uma profissão que não tem inicio, mas nunca tem fim, e recordou que durante os anos de 1980, os procedimentos realizados daquela época não são uma verdade diagnóstica em nossa atualidade. O professor Jacob Cohen acredita que isso é um dado que deve ser levado pelo profissional, tendo como base a reciclagem.
Na segunda colocação, Jacob Cohen disse que a profissão lida com a vida humana e como tal não se pode errar. Para ele, o erro em muitos casos, tem como conseqüência a morte do paciente. “De um lado é ruim, mas por outro, temos a ação de divindade. Nós temos em nossas mãos a vida humana”, completou.
“A medicina é uma ciência, mas ao mesmo tempo, uma arte. O ser humano deve exercê-la com dedicação, respeito ao próximo, principalmente com amor... Os médicos são responsáveis pela sociedade em que vive e, portanto, eles devem ter no coração, a bondade e na consciência, a sabedoria que suscitam experiências de nossa alma”, declarou o vice-reitor que desejou aos novos profissionais muito sucesso, agradecendo a todos
Em seu pronunciamento, diretora da FM, professora Ione Brum, cumprimentou o vice-reitor, professor Jacob Cohen, integrantes da mesa de abertura, autoridades, professores, familiares, amigos dentre outros presentes na outorga de grau que compartilharam o momento que marcará as vidas dos novos profissionais da saúde. Em seguida, a diretora falou que há três situações na vida que não voltam, não retrocedem: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida. Ela explicou aos médicos recém-formados que a experiência positiva ou negativa tem sua validade e assegura que a humildade simplicidade e ética como fatores preponderantes na vida profissional. Ela acredita que cumpriu a missão na formação profissional e acredita que durante esse processo foi dedicado com muito esforço até a formatura.
Com isso, a docente disse estar gratificada pelo amadurecimento que concedeu dando suporte ao exercício profissional. Ela disse que conhecimento, experiência, vigilância e sinceridade são ritos necessários a um bom médico que agregado a uma especialidade nunca deve esquecer da noção do médico que cura e o das almas, que exemplifica Jesus Cristo como referencial concreto, o médico dos médicos. A diretora assegurou que a exposição natural na profissão promove o sucesso associada à dedicação ao estudo, ao trabalho, além do ambiente favorável na prática profissional.
“Não se deixem seduzir nunca!”, disse a diretora que citou o filósofo Shoupenhauer quando diz: “os eruditos são aqueles que leram coisas nos livros, mas pensadores, os gênios, os fachos de luz e promotores da espécie humana são aqueles que leram diretamente no livro do mundo”. E continua: “saibam que nós, mestres e servidores da Faculdade de Medicina desejam um mundo de plena sabedoria, sucesso e felicidade”.
Confira a lista de formandos:
Aline Agatha Lima De Oliveira
Andressa Pereira Assis
Athos Alvares Dutra
Bianca Claros De Oliveira
Brunno Cidade De Lima
Carlos Roberto Mota Moura
Cassiano Alencar De Vasconcellos Dias Jimenez
Clícia Rode Bispo De Oliveira
Daniel Moraes Da Silva
Daniella Albuquerque Cervinho Martins
Erika Christina Souza Da Silva
Fabiana Ribeiro Dos Santos
Felipe Varotto Wanderley
Flavia Guerreiro De Lima
Flavio Luis Dantas Portela
Gabriel Kenhinde Sobreira Fernandes De Macedo
Gabriel Vinicius Loureiro Fernandes
Gabriela Baroni De Camargo
Gabriela Santiago Eufrasio
Giselle Mendes Pinheiro
Gustavo Demasi Quadros De Macedo
Haniel Benigno Monteiro Lamego De Oliveira
Igor Lucas Menezes Aguiar
Ingrid Ribeiro Da Silva Sousa
Irma Csasznik
Isabelle Melo Da Camara
Joao Pedro Da Silva Barros
John Elton Nascimento Oliveira
Jose Eduardo Pereira Martins Da Silva
Juile Yoshie Sarkis Hanada
Laura Brandao Barros
Leticia Scarllet De Oliveira Queiroz
Lucas Costa Zaranza
Lucas De Souza Monteiro
Lucas Medina Areosa
Luiza Pimenta Suman
Marcela Damiana Varela Eller
Matheus Coimbra Barroso
Monique Ignez De Sousa Calvo
Renata Monteiro Facanha
Roberto Fernandes Soares Neto
Samuel Lacerda Do Nascimento
Tayane Bastos Sarmento
Thais Andrea Dos Anjos Martins
Thayana Machado Costa
Valeria Karine De Azevedo Ferreira
Victor Chaves Caldas
Vinicius Silva Carinhena
Vitoria Herrera Sadala Mascato
Vladimir Kuvshinchikov
Alfabetização e letramento de crianças indígenas é tema de dissertação defendida no PPGE
Pesquisa foi defendida pela pesquisadora Rosenilda Luciano no auditório Rio Jatapu da Faculdade de Educação (Faced)
Na manhã desta sexta-feira, 7, a pesquisadora Rosenilda Rodrigues de Freitas Luciano defendeu a dissertação “Ação Saberes na Escola: alfabetização e letramento com conhecimentos indígenas”, que também está traduzida em Nheengatu como “Indio Ukua Sawa Escola Upê: Yumbué Sawa Assuí Yumpinima Sawa Ainda Uruwa Irumu”.
A pesquisa, desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas (PPGE Ufam), foi orientada pela professora Hellen Cristina Picanço Simas e analisou como os saberes indígenas são abordados nos planos das práticas pedagógicas no âmbito do projeto “Ação Saberes Indígenas na Escola - ASIE”, coordenado pela Universidade Federal do Amazonas. “A pesquisa documental foi inovadora na abordagem da etnografia institucional, no sentido de verificar como a instituição está preparada para lidar com a proposta que traz os conhecimentos indígenas para a escola num processo inverso da escolarização do processo colonizador, que trouxe o conhecimento não indígena como único e superior” , declarou.
Conclusões
A autora afirma que as expectativas não são animadoras, mas que as potencialidades do projeto podem ser aperfeiçoadas. “Os saberes indígenas seguem enfrentando fortes correntezas. A conclusão de meu trabalho aponta que o Programa Ação Saberes Indígenas na Escola está prestes a ser paralisado e abandonado pelo governo que se inicia em 2019, apesar de ser uma experiência inovadora que valoriza tanto os conhecimentos científicos não indígenas quanto a sabedoria indígena”, declarou a autora da dissertação.
A caminho da tese
A orientadora do trabalho, professora Hellen Cristina Picanço Simas, destacou o quanto a orientanda cresceu academicamente ao longo do trabalho. “O trabalho não poderia ser aquém da história de vida dela, marcada pela luta a favor das causas indígenas. Como orientadora, fico bastante feliz de ter acompanhado o crescimento dela ao longo da pesquisa, tanto que já conseguimos vislumbrar continuações. Considero o trabalho apto para caminhar para uma tese”, declarou a orientadora.
Relevante contribuição intelectual
A coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas ( PPGE/ Ufam), professora Fabiane Maia Garcia, elogia a produção intelectual da pesquisadora. “A Rosenilda tem uma vida dedicada à causa escolar indígena e elaborou uma dissertação que apresenta como fundamentos teóricos os próprios autores e intelectuais indígenas, além de inovar com a presença de um título e resumo na língua Nheengatu. Trata-se de mais uma importante colaboração intelectual do PPGE na área de temática indígena, tanto que conta com a presença de diversas lideranças indígenas prestigiando a defesa do trabalho“, declarou a coordenadora.
Banca de avaliação
Integrante da banca de avaliação, a professora Raynice Geraldine da Silva ( PPGL/ Ufam) elogiou a produção intelectual e também fez sugestões. “Vê-se que foi um trabalho de fôlego. Parabenizo o trabalho realizado. Gostei da forma como foi escrito, as suas análises foram muito ricas, embora eu tenha sentido falta de você mencionar em seu trabalho, por exemplo, a política linguística da Ufam, que inclui o tratamento não só das línguas estrangeiras como das línguas indígenas. A política foi institucionalizada em 2018. Isso deve ser incluído no seu trabalho”, sugeriu a avaliadora.
O professor Francisco Edviges Albuquerque, da Universidade Federal do Tocantins, enviou por escrito seu parecer. “O trabalho, tem uma leitura fácil e agradável, mas percebi que algumas referências citadas ao longo do trabalho não estão na bibliografia. Isso precisa ser corrigido para fortalecer a cientificidade do trabalho, mas essas questões ficam pequenas diante da grande contribuição intelectual que você oferece”, concluiu o avaliador.
Educação a distância da Ufam tem nota 4 na avaliação do Inep/Mec
A comissão analisou o funcionamento dos cursos na modalidade e observaram itens como qualificação dos professores, processo pedagógico, instalações físicas dos polos presenciais, infraestrutura tecnológica e equipe de suporte aos alunos. Instituições com médias inferiores a três são consideradas insatisfatórias e, nesses casos, ficam impedidas de abrir novos cursos e ampliar a oferta de vagas para os que já existirem.
De acordo com o diretor do CED, professor Evandro de Morais Ramos, o processo avaliativo para recredenciamento da Ufam contou com o empenho de toda a Instituição. “A nota obtida pela Universidade foi 4,34 e isso, percentualmente, quer dizer um rendimento de 86%. O sucesso no processo é resultado de um esforço em conjunto entre o Reitor Sylvio Mário Puga Ferreira, todos os pró-reitores e a equipe do CED, com destaque para o professor João Victor Rodrigues”, enfatiza.
O diretor lembra, ainda, que a nota coloca a Ufam equiparada a instituições como Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A Ufam investe na modalidade a distância desde 2007 e o atual desempenho nos iguala a outras instituições de ponta do país. Isso se deve a qualificação dos profissionais ligados ao CED, incluindo os professores e a equipe tecnológica” finaliza.
CED
É responsável pela oferta de cursos de nível superior na modalidade a distância cujo escopo é fazer da EaD a modalidade central/estratégica para o desenvolvimento de ações de ensino, de pesquisa e de extensão. Está credenciado pela Súmula de Parecer do Conselho Nacional de Educação (DOU-26/11/2010), amparado pela Resolução n.º 010/2004/CONSUNI, que aprova as ações de EaD no âmbito da Ufam, e pelo Regimento aprovado pela Resolução 010/2007/CONSAD.