Curso de Capacitação em Metodologias ativas de Aprendizagem qualificam professores da Ufam

Por Juscelino Simões
Equipe Ascom

A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da Ufam promoveu nesta semana (8 a 10) curso voltado para capacitação de professores da Instituição com objetivo de impactar a melhoria da prática docente e alcançar a qualidade do ensino conforme estabelecido na política do ensino superior. O curso está previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional da Ufam (PDI), como também é uma orientação do Ministério da Educação para que a Instituição ofereça formação continuada aos quadros docente.

Mais de 50 professores da Universidade Federal do Amazonas, de diversas áreas do ensino, participaram do ‘Curso de capacitação para docentes da Ufam em Metodologias Ativas na Educação Superior’, ministrado pela professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Neusi Aparecida Berbel. O Curso ocorreu na Escola de Enfermagem de Manaus da Ufam e, nesta manhã de sexta-feira, 10, aconteceu uma oficina sobre metodologia da problematização (Arco de Maguerez) com ênfase na avaliação da aprendizagem.  

A educação superior tem muitos desafios no processo de formação. Alguns deles é a reversão dos números da retenção e da evasão. A capacitação impacta na mudança de comportamento do docente em sala de aula e, consequentemente, a possibilidade de mudança nestes números do ensino. Por isso, as instituições de ensino superior precisam formar o seu corpo docente com a capacidade de avaliar criticamente o uso de técnicas e estratégias educacionais que viabilizem a aprendizagem ativa.

A diretora do Departamento de Apoio ao Ensino da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (DAE/Proeg), Raimunda Monteiro Sabóia, afirmou que a capacitação é obrigatória, prevista no PDI, e uma orientação do Ministério da Educação (MEC) no sentido de que as instituições ofereçam condições de formação continuada aos docentes para que possam a partir da formação repensar suas práticas no contexto da sala de aula. “A capacitação é obrigatória e uma orientação do MEC. A Ufam tem obrigação de oferecer às condições de formação continuada aos seus docentes com objetivo de repensar suas práticas, visando à melhoria do ensino no contexto da sala de aula e assim atender os indicadores do MEC”, afirmou a diretora do DAE, Raimunda Sabóia.

A professora Neusi Aparecida Berbel, ressaltou que as metodologias ativas colocam o aluno como principal protagonista da aprendizagem, enquanto que o professor tem outro papel neste contexto. “As metodologias ativas colocam o estudante como principal protagonista da aprendizagem. O professor ganha outro papel neste contexto. Há uma mudança no papel do professor. De informador e tomador de decisões ele passa a ser um mediador metodológico para que o aluno vá fazendo as atividades de aprendizagem. Isso não é novidade, mas é para quem nunca fez isso. É uma atualização. As metodologias ativas visam resolver tarefas necessárias ou resolver problemas, principalmente, tendo um vínculo grande do conteúdo com o que acontece na realidade. Isso é uma das características. Os professores estão vivenciando passo a passo a metodologia da problematização. Estou conduzindo a vivência das etapas da metodologia da problematização para que eles se sintam razoavelmente preparados para depois repassar aos seus pares”, ressaltou a professora Neusi berbel.

A professora do curso de Geografia da Ufam, Adorea Rebelo, destacou o trabalho da Proeg e afirmou que a principal meta do curso é a possibilidade de rediscutir uma forma de avaliação tradicional e trabalhar o processo de aprendizagem. “É importante a oferta do curso aos professores da Ufam. Quero parabenizar a Proeg pelo trabalho. A principal meta do curso é rediscutir uma forma de avaliação tradicional e trabalhar o processo de aprendizagem. Estamos debatendo novas propostas e novas concepções de métodos de avaliação dentro da Universidade. Os sujeitos não podem ser quantificados, precisam ser inclusos em uma metodologia de ensino e aprendizagem em que sejam os protagonistas.

“A proposta do curso é incluir o aluno como uma parte ativa no ensino e não só o professor ser o detentor do conhecimento, com aquela aula expositiva e o aluno só receber o conteúdo. A ideia é estudar como fazer uma avaliação no em cada curso. Aprendi vários conceitos diferentes de avaliação que não sabia e agora todos nós temos que sair daqui e adotar esses conceitos em sala de aula” disse o professor do Instituto de Computação da Ufam (Icomp), Rafael Giusti.          

 

 

Museu Amazônico abre exposição em homenagem a Rui Machado

Museu Amazônico expõe seleção de obras do artista Rui Machado.Museu Amazônico expõe seleção de obras do artista Rui Machado.

Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom UFAM

O Museu Amazônico da Ufam apresenta ao público, de 9 de maio a 19 de julho, a exposição “Rui Machado: uma trajetória de cores”, com itens da produção do artista amazonense. Na noite desta quarta-feira, 8, Machado recebeu convidados e o público em geral para a abertura oficial do evento, cuja visitação ocorre de segunda a sexta, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, com entrada gratuita.

Com a presença do reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, a exposição reúne parte do acervo pessoal de Rui Machado em seus 37 anos dedicados à arte. “A exposição marca a reabertura do Museu Amazônico após uma breve reforma que foi empreendida no prédio e, pelo número de pessoas presentes, já está claro o sucesso do evento, que enaltece o artista amazonense de expressão nacional e internacional, o que muito honra o nosso Museu, em ser o lócus da apresentação do seu acervo”, declarou o reitor.

Durante o pronunciamento, o reitor realizou a leitura da dedicatória composta por ele mesmo em homenagem ao artista contida no livro que apresenta a exposição. O gestor destacou aspectos próprios da obra de Rui Machado como os traços redondos e as cores fortes presentes em suas pinturas. Abordou também a versatilidade do artista que passeia entre as diferentes manifestações artísticas, pintura, poesia, música e escultura.

“Rui Machado é Amazonas, é Brasil. Rui Machado é um patrimônio de nossa terra que orgulha a cada um de nós, que em sua rica obra se vê retratado e acolhido. Que suas cores vibrem além. Que suas músicas encantem serpentes alhures. Que sua poesia adentre os recantos mais íntimos daqueles que dela possam se alimentar de vida”, registrou o gestor.

De acordo com o diretor do Museu Amazônico, Dysson Teles, a exposição foi elaborada com proposta do Museu ainda em 2018, mas somente pôde ser concretizada em 2019, em razão da agenda do artista. A ideia inicial era expor somente pinturas de Rui Machado, no entanto, surgiu a intenção de prestar uma homenagem ao artista amazonense exibindo itens que contem um pouco da sua história de amor à arte. Assim nasceu a exposição “Rui Machado: uma trajetória de cores”. “Eu estou propondo uma exposição que retrate a tua trajetória toda, a tua vida e preocupação com a cultura, o meio ambiente. Amazônida como tu és, que tal pensarmos nessa exposição?”, relembrou Dysson, quando do convite feito a Machado.

Da esq. para  a dir.: Dysson Teles, diretor do Museu Amazônico, Sylvio Puga, reitor da Ufam, e o artista Rui Machado.Da esq. para a dir.: Dysson Teles, diretor do Museu Amazônico, Sylvio Puga, reitor da Ufam, e o artista Rui Machado.“Fizemos uma seleção de todo o material dele, mais significativo, que contasse as etapas de produção dele, os prêmios recebidos. Enfim, amostras de toda a evolução dele, tanto no aspecto cultural quanto social. E eu fico muito feliz em ver que público e artista gostaram do trabalho feito”, declarou o diretor do museu. “Foi uma proposta de reconhecimento ao trabalho do Rui. Valia muito a pena prestar essa homenagem ao artista em vida pelo significado da sua obra para o Estado e o sucesso de público já mostra que foi uma decisão acertada”, concluiu.

Cercado de amigos e admiradores, Rui Machado não podia esconder a alegria com a iniciativa da Ufam, por meio do Museu Amazônico. Com a Casa lotada, o artista agradeceu a atenção e carinho dados a ele e seu trabalho. “Para mim, uma das maiores homenagens que eu recebo na minha vida é essa exposição aqui no Museu Amazônico. Eu estou muito feliz”, disse. “As cores dessa trajetória são as cores da minha vida, as cores de muito trabalho, da minha arte, do foco, da determinação, do amor e da grande satisfação de pintar a Amazônia”, contou.

Sobre o acervo posto em exibição pública, o artista reconheceu: “O lugar da arte é no meu coração. Todas essas peças têm um lugar especial na minha vida porque são do meu acervo pessoal e cada uma é de uma fase da minha vida, então, todas têm um significado muito importante para mim. Seria impossível classificar a melhor ou a que mais eu goste”, confessou.

Para aqueles que desejam ingressar no mundo das artes, como alguns dos jovens que presenciaram a abertura da exposição de Rui Machado, o artista aconselha: “É preciso trabalhar com amor, com dedicação, com foco e que acreditar que tudo é possível”, ressaltou.

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