Museu Amazônico abre exposição em homenagem a Rui Machado
O Museu Amazônico da Ufam apresenta ao público, de 9 de maio a 19 de julho, a exposição “Rui Machado: uma trajetória de cores”, com itens da produção do artista amazonense. Na noite desta quarta-feira, 8, Machado recebeu convidados e o público em geral para a abertura oficial do evento, cuja visitação ocorre de segunda a sexta, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, com entrada gratuita.
Com a presença do reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, a exposição reúne parte do acervo pessoal de Rui Machado em seus 37 anos dedicados à arte. “A exposição marca a reabertura do Museu Amazônico após uma breve reforma que foi empreendida no prédio e, pelo número de pessoas presentes, já está claro o sucesso do evento, que enaltece o artista amazonense de expressão nacional e internacional, o que muito honra o nosso Museu, em ser o lócus da apresentação do seu acervo”, declarou o reitor.
Durante o pronunciamento, o reitor realizou a leitura da dedicatória composta por ele mesmo em homenagem ao artista contida no livro que apresenta a exposição. O gestor destacou aspectos próprios da obra de Rui Machado como os traços redondos e as cores fortes presentes em suas pinturas. Abordou também a versatilidade do artista que passeia entre as diferentes manifestações artísticas, pintura, poesia, música e escultura.
“Rui Machado é Amazonas, é Brasil. Rui Machado é um patrimônio de nossa terra que orgulha a cada um de nós, que em sua rica obra se vê retratado e acolhido. Que suas cores vibrem além. Que suas músicas encantem serpentes alhures. Que sua poesia adentre os recantos mais íntimos daqueles que dela possam se alimentar de vida”, registrou o gestor.
De acordo com o diretor do Museu Amazônico, Dysson Teles, a exposição foi elaborada com proposta do Museu ainda em 2018, mas somente pôde ser concretizada em 2019, em razão da agenda do artista. A ideia inicial era expor somente pinturas de Rui Machado, no entanto, surgiu a intenção de prestar uma homenagem ao artista amazonense exibindo itens que contem um pouco da sua história de amor à arte. Assim nasceu a exposição “Rui Machado: uma trajetória de cores”. “Eu estou propondo uma exposição que retrate a tua trajetória toda, a tua vida e preocupação com a cultura, o meio ambiente. Amazônida como tu és, que tal pensarmos nessa exposição?”, relembrou Dysson, quando do convite feito a Machado.
“Fizemos uma seleção de todo o material dele, mais significativo, que contasse as etapas de produção dele, os prêmios recebidos. Enfim, amostras de toda a evolução dele, tanto no aspecto cultural quanto social. E eu fico muito feliz em ver que público e artista gostaram do trabalho feito”, declarou o diretor do museu. “Foi uma proposta de reconhecimento ao trabalho do Rui. Valia muito a pena prestar essa homenagem ao artista em vida pelo significado da sua obra para o Estado e o sucesso de público já mostra que foi uma decisão acertada”, concluiu.
Cercado de amigos e admiradores, Rui Machado não podia esconder a alegria com a iniciativa da Ufam, por meio do Museu Amazônico. Com a Casa lotada, o artista agradeceu a atenção e carinho dados a ele e seu trabalho. “Para mim, uma das maiores homenagens que eu recebo na minha vida é essa exposição aqui no Museu Amazônico. Eu estou muito feliz”, disse. “As cores dessa trajetória são as cores da minha vida, as cores de muito trabalho, da minha arte, do foco, da determinação, do amor e da grande satisfação de pintar a Amazônia”, contou.
Sobre o acervo posto em exibição pública, o artista reconheceu: “O lugar da arte é no meu coração. Todas essas peças têm um lugar especial na minha vida porque são do meu acervo pessoal e cada uma é de uma fase da minha vida, então, todas têm um significado muito importante para mim. Seria impossível classificar a melhor ou a que mais eu goste”, confessou.
Para aqueles que desejam ingressar no mundo das artes, como alguns dos jovens que presenciaram a abertura da exposição de Rui Machado, o artista aconselha: “É preciso trabalhar com amor, com dedicação, com foco e que acreditar que tudo é possível”, ressaltou.