Proeg realiza curso para aprimorar o ensino na Ufam

Profa. Neusi Berbel estimula docentes da Ufam a adotarem as metodologias ativas no ensino.Profa. Neusi Berbel estimula docentes da Ufam a adotarem as metodologias ativas no ensino.Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam

Visando a melhoria da qualidade de ensino da Universidade, a Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) promove, de 8 a 10 de maio, o Curso de Capacitação para Docentes da Ufam em Metodologias Ativas na Educação Superior. Com o curso, ministrado pela professora Neusi Aparecida Berbel, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), os profissionais da Ufam irão atuar como agentes multiplicadores do ensino com foco no estudante no âmbito das suas unidades acadêmicas.

O evento é uma das ações da Proeg dentro do Plano de Desenvolvimento Institucional da Ufam (PDI/Ufam) voltadas para a melhoria da formação dos professores. No primeiro dia do evento, durante a manhã, além da abertura oficial, foi realizada a palestra conduzida pela professora Neusi Berbel, no auditório Eulálio Chaves, localizado no setor Sul do campus.

Em seu pronunciamento, o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, destacou a necessidade de mudança nas práticas docentes no que se refere às metodologias de ensino como estratégia de melhoria dos indicadores da qualidade de ensino da Instituição.

“A gente parte da compreensão de que, com novas formas de ensino e aprendizagem, há um maior interesse do aluno em cumprir a sua parte, que é buscar essa aprendizagem e a partir daí se tornar um profissional qualificado para o mercado de trabalho. A gente acredita e aposta nessas metodologias que já vêm dando resultado em vários estados do Brasil e para isso trouxemos uma das maiores autoridades em Metodologias Ativas, que é a professora Neusi Berbel, com 25 anos de experiência”, declarou o pró-reitor. “Queremos fortalecer essas relações como forma de reduzir a retenção, a evasão e o jubilamento e tenhamos muito mais progresso com os estudantes concluindo o curso no período certo para que possamos melhorar um dos indicadores de qualidade que é a Taxa de Sucesso na Graduação”, explicou o gestor de graduação.

De acordo com o professor David Lopes Neto, a proposta é que os profissionais capacitados nesta primeira edição do curso compartilhem o aprendizado com os colegas de suas unidades acadêmicas e posteriormente atuem em outros projetos, conduzidos pela Proeg, também focados em metodologias ativas. “É um projeto de médio e longo prazo. Nesta primeira versão, vamos dar o panorama geral. Formaremos 50 multiplicadores para que possamos trabalhar depois em projetos menores de metodologias ativas, formando o corpo docente por grande área do conhecimento dos institutos e faculdades. Recebemos a indicação de dois professores de cada unidade acadêmica para que possamos depois, com esse grupo, desenvolver as outras etapas”, detalhou o professor.

Palestra de Abertura

Docentes participantes do curso atuarão como multiplicadores em suas unidades acadêmicas.Docentes participantes do curso atuarão como multiplicadores em suas unidades acadêmicas.

Em sua exposição, a professora Neusi Berbel abordou os conceitos de metodologias ativas contrastando ao ativismo pedagógico e ressaltando os ganhos na aprendizagem do estudante quando este tem a oportunidade de aprender por meio das metodologias ativas. Segundo a pesquisadora da UEL, as metodologias ativas são formas de trabalhar com os alunos de modo a levá-los a aprender como sendo os principais protagonistas do seu aprendizado. Conforme Berbel, as metodologias ativas “são aquelas que colocam os alunos para resolver problemas associados à realidade da vida e com isso eles aprendem o conteúdo e desenvolvem o seu potencial intelectual, social, ético, de uma maneira mais intensa do que quando ele aprende pelas aulas dos professores que fazem transmissão cultural”, define a professora.

Trabalhando com a metodologia da problematização - um segmento dentro das metodologias ativas - desde 1992, a palestrante estimulou os colegas do magistério superior a adotarem novas práticas em sala de aula. “Com a metodologia da problematização, a gente vai trabalhar para resolver situações problemáticas da realidade, mas vai fazer um retorno à parcela da realidade que possibilitou a percepção do problema ali existente, então, ao mesmo tempo em que eu aprendo com a realidade, eu contribuo para melhorar ou para solucionar em algum grau aquela situação problemática”, expôs Neusi Berbel.

No período da tarde ocorre o início do laboratório pedagógico sobre a metodologia da problematização que terá continuidade nos dois dias seguintes. “Os coordenadores de cursos e mais algumas pessoas estarão vivenciando o processo etapa por etapa, ação por ação de cada etapa, para aprender de um modo que depois eles possam fazer com seus pares. Será a própria metodologia da problematização aplicada com eles”, revelou a docente.

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