Progesp certifica servidores para melhor atendimento institucional

Trinta e dois servidores participam do Curso de "Atendimento ao Público com foco no Cidadão"Trinta e dois servidores participam do Curso de "Atendimento ao Público com foco no Cidadão"Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom

O curso de “Atendimento ao Público com foco no Cidadão” promovido pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), certificou nesta sexta-feira, 29, exatos 32 servidores, entre professores e técnico-administrativos. O curso foi realizado na Sala de Treinamento do Prédio da Reitoria, localizado no setor Norte do Campus Universitário.

Ministrado pela psicóloga do Centro de Atenção Integral ao Servidor (Cais), Adenilda Arruda, o curso objetivou desenvolver aspectos essenciais no processo de atendimento ao público, visando a melhorar a qualidade do serviço. A palestrante explicou que existem organizações que visam o lucro financeiro, no entanto, a Universidade, como órgão público, visa ao aspecto social. “Então, quanto melhor o atendimento no serviço público, mais eficiente será a prestação do trabalho demandado”,  disse a psicóloga.     

Com uma carga horária de 20h, o curso possibilitou aos servidores capacitados uma visão de como realizar umA psicóloga Adenilda Arruda ministra curso de capacitação A psicóloga Adenilda Arruda ministra curso de capacitação  bom  atendimento. A psicóloga comparou a prestação de serviços ao cidadão como "a porta de entrada" dos públicos interno e externo, pois, cria-se um ambiente de  contato e interação.

“Durante a realização do curso, foram pautados vários temas inerentes às relações interpessoais, como relacionamento de atendimento interno e externo, telefônico, apresentação pessoal, trabalho em equipe, dentre outros que estão correlacionados ao atendimento ao público”, disse Arruda.

A psicóloga enfatizou sobre a importância de se discutir essa temática que, segundo ela, é primordial manter uma relação mútua entre os colegas de trabalho. “Quando há harmonia numa equipe de trabalho, é mais fácil realizar o atendimento ao público com melhor qualidade”, comentou a psicóloga.

Durante as aulas foi ressaltada a necessidade de constante atualização do servidor público e que somente por meio dos estudos e do aprimoramento será mais fácil realizar a prestação de serviços, não somente a comunidade interna (docente, discente e técnico-administrativo), mas a externa à Universidade. 

Fernanda Moreira, coordenação ProgespFernanda Moreira, coordenação ProgespA coordenadora do curso, Fernanda Moreira, dá importância a realização do curso, em razão dos servidores da Ufam está diretamente realizando essa prestação de serviços. “Os servidores quando necessitam dos serviços da Progesp gostam de ser bem tratados. E, nós, como servidores precisamos realizar um serviço de excelência”, disse a coordenadora.Enfermeira Maria Jose AranhaEnfermeira Maria Jose Aranha

A servidora Maria José Aranha, enfermeira do CAIS, surpreendeu-se quanto ao nível de informações. Aranha obtém uma visão diferenciada daquilo que foi vivenciado na Universidade nos últimos tempos.

"Aspectos relacionados como trabalho em equipe, entrosamento, de pensar no outro, de se colocar no lugar do outro, é uma coisa que, no dia a dia, nós acabamos nos esquecemos", disse a enfermeira.

“Daqui para diante, será totalmente diferente, porque não irei mais olhar o colega de trabalho como alguém crítico de minhas ações, pois aprendemos que o crescimento pessoal deve ser em função de nossa Instituição,” finalizou Aranha.  

    

 

 

    

Progesp promove Ciclo de Palestra com inscrições até 12 de julho

Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom

A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) realiza, no período de 17 a 20 de julho de 2018, o Ciclo de Palestras para o Desenvolvimento do Servidor Público. O servidor interessado deve realizar inscrição através do link: https://bit.ly/2yTi1uI  até 12 de julho, às 17h. O evento ocorrerá na Sala de Treinamento da Progesp, térreo do Centro Administrativo, no Setor Norte do Campus Universitário.  

 O Ciclo de Palestras, organizado pela Coordenação de Treinamento e Desenvolvimento (CTD), conta com o apoio da Psicologia Organizacional do Trabalho (POT), do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP/Progesp), que objetiva  proporcionar aos servidores o desenvolvimento de competências, como conhecimento, habilidades e atitudes que somadas ao conhecimento técnico essencial da área,  contribuirá positivamente com o alcance dos objetivos da instituição.

De acordo com a coordenação, a carga horária corresponde a 20h com certificação, em que poderá ser utilizada para a progressão por capacitação. Para este semestre, serão ofertadas oito temáticas, quais sejam: Saúde Mental no Trabalho, Ética no Serviço Público, Gerenciamento de Conflitos, Vida Saudável e Espiritualidade, Educação Financeira, Oficina de Fotografia com smartphones, Relações Interpessoais e Comunicação Assertiva.

Após o preenchimento do formulário eletrônico enviado, o servidor deverá acessar seu e-mail, imprimir o documento recebido, assinar e coletar a assinatura da chefia imediata e encaminhar o processo físico, via protocolo à CTD/Progesp para efetivar a inscrição.

São oferecidas 30 vagas direcionadas aos servidores técnico-administrativos e docentes efetivos da Ufam, e 10 vagas para servidores de instituições parceiras.

Mais informações pelo telefone: 3305-1487.

 

Mulheres pescadoras: significados, relações e memórias apresentados em tese do PPGCASA

Logo na entrada do CCA, foi possível conhecer o tema da teseLogo na entrada do CCA, foi possível conhecer o tema da tesePor Cristiane Souza
Equipe Ascom/Ufam

Intitulada ‘Mulheres Pescadoras: os significados do trabalho de pesca do camarão na Comunidade da Salvação - Alenquer/PA’, a tese elaborada por Christiane Pereira Rodrigues, sob a orientação da professora Elenise Scherer, tratou sobre as relações, as memórias e os sentidos de mulheres paraenses que trabalham com a pesca de camarão. A defesa ocorreu nesta quinta-feira, 28, no auditório do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), localizado no setor Sul do Campus Sede da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Ao iniciar sua fala, a doutoranda desde logo agradeceu a todos os que se empenharam junto com ela na realização da pesquisa, desde a orientadora do trabalho e a equipe do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA) até as famílias que a receberam em suas casas, em seu cotidiano de trabalho, para mostrar como realizam a pesca do crustáceo no Assentamento da Comunidade da Salvação, na cidade paraense de Alenquer.

“A primeira reunião com as mulheres daquela Comunidade, realizada no dia 27 de dezembro de 2015, foi quando apresentamos o projeto, os objetivos e as estratégias de atuação. Ficamos com receio de elas não nos aceitarem, mas houve uma aceitação e pudemos desenvolver o trabalho”, recordou a doutoranda. Nos anos seguintes, foram realizadas coletas de dados, entrevistas semiestruturadas, e registros de imagens, tanto em vídeo como fotos, além de anotações de caderno de campo. “Realizamos as conversas nos lugares onde as mulheres se sentiam mais à vontade para se expressar”, ressaltou Christiane.

Dona Maria Souza da Silva e a filha, Joyse de Souza Pinto, vieram da Comunidade da Salvação para assistir à defesa da tese. “Aqui é o fim de uma jornada. Pra mim, é um prazer estar aqui vendo esse resultado, porque acabamos criando uma amizade com a professora”, reconheceu a pescadora, ao garantir que, quando retornar ao solo paraense irá contar da satisfação de ter prestigiado o momento: “Elas também participaram disso; e nós somos felizes com o trabalho que fazemos”.

Pescadora no Pará, dona Maria da Silva assistiu à defesaPescadora no Pará, dona Maria da Silva assistiu à defesaA banca avaliadora foi presidida pela orientadora, professora Elenise Scherer, tendo como membro externo a professora Luciana Gonçalves de Carvalho, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), e como demais membros os professores Neliton Marques da Silva, Maria Olívia de Albuquerque Ribeiro Simão, Izaura Rodrigues Nascimento e Maria Angélica de Almeida Corrêa. A avaliadora externa, em suas considerações, elogiou a interdisciplinaridade que é característica do PPPGCASA, falando da surpresa ao encontrar a instalação na entrada do CCA.

“Eu me surpreendi por encontrar, logo na entrada, tantos elementos que remetem ao tema da pesquisa, mostrados de uma forma tão poética. Você conseguiu humanizar a investigação, e ainda trazer os elementos formais que são necessários durante uma defesa científica”, ponderou a professora Luciana Carvalho. “Eu consigo ver a relevância do seu trabalho no contexto regional, e parabenizo pelo esforço de trazer pessoas da comunidade para ver este resultado”, completou.

Trabalho e gênero

Segundo apontou a pesquisadora, a força de trabalho das mulheres tem sido historicamente invisibilizada, isto é, seu trabalho é tratado como ajuda ou mera obrigação de gênero. Primeiro, foi caracterizado como “leve”, em oposição ao “trabalho pesado” dos homens; depois, ganhou a característica de “mero apoio” aos maridos, cuja atividade era encarada como principal.

No contexto da divisão sexual do trabalho, as Medidas Provisórias nº 664 e 665, ambas editadas em 2014, criaram a categoria do pescador exclusivo. “Desde 2009, quem participa do processo como um todo, também é considerado pescador. Já em 2015, houve um retrocesso, porque o trabalho passou a ser considerado mero apoio. Essa legislação ignora a diversidade dos ciclos da água e pede uma exclusividade incompatível com a característica da região. Além disso, deixa de caracterizar como pescador quem atua no beneficiamento e nos reparos dos apetrechos”, explicou a doutoranda, ao elucidar que a consequência dessa restrição é limitar o recebimento do seguro defeso nesses casos.

De outro ponto de vista, a autora mencionou a relação das mulheres com a própria natureza, como sustento e como fonte de medos em relação ao sobrenatural. “Elas falam da existência de seres da floresta, como Matinta Pereira e a Mãe da Mata, para a qual rezam antes de começar o trabalho de pesca e beneficiamento do crustáceo”, informou Christine, antes de enumerar todas as etapas de trabalho, desde a saída para a pesca até a venda do camarão em Alenquer.

Já em relação ao trabalho de pesca, a pesquisadora falou que são “múltiplos os seus significados, misturando sofrimento, medo e angústia, de um lado; com sensações prazerosas, quando mencionam a diversão, a alegria e as conversas mais livres”. Segundo ela, as mulheres pescadoras vivenciam tanto a alegria, o bem-estar e a satisfação quanto o sofrimento e a exaustão. “É uma pluralidade de sensações cuja significação está além da questão financeira”, frisou.

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