Ufam sediará evento do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras

Evento será realizado de 28 a 31 de outubro de 2019

Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam

O XI Seminário Internacional e a XII Assembleia do Grupo Coimbra de Universidade Brasileiras (GCUB) já têm local definido para acontecer. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) será a anfitriã dos eventos internacionais, que devem receber cerca de 400 pessoas de mais de 35 países entre 28 e 31 de outubro de 2019.

Na manhã desta terça-feira, 27, a diretora executiva do GCUB, professora Rossana Valéria Silva, realizou a primeira visita técnica à Universidade Federal do Amazonas. Ela foi recebida pelo reitor em exercício e vice-reitor da Ufam, professor Jacob Cohen; pela assessora de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Ufam, professora Leda Brasil e pelo chefe de gabinete, professor Almir Liberato.

Amazônia – patrimônio mundial

Durante o encontro, foi discutido que o tema do Seminário Internacional deve enfocar a Amazônia como patrimônio mundial e a necessidade de formar uma comissão com servidores da Ufam para a preparação do evento. Ela fez uma avaliação da primeira visita técnica. “As reuniões realizadas tanto ontem quanto hoje aqui na Ufam foram bastante proveitosas. A diretoria do Grupo Coimbra e os reitores que formam nossa Associação estão muito felizes com essa oportunidade de ter nossos principais eventos realizados na região amazônica, uma região que tem importância para o mundo inteiro. As próximas visitas serão fundamentais para que tenhamos um evento bastante exitoso”, avaliou a diretora executiva.

O reitor em exercício, professor Jacob Cohen, destacou que é a primeira vez que o evento será realizado na Região Norte. “É a primeira vez que esse evento será realizado na Região Norte do Brasil e a Ufam está bastante honrada em ser a anfitriã dele. Vamos trabalhar para que seja um evento com muitas oportunidades de parcerias com universidades internacionais”.

Reuniões

A Assessora de Relações Internacionais anunciou que em janeiro será realizada a segunda reunião com a diretora executiva do GCUB. “Essa foi a primeira de três rvisitas técnicas que a diretora executiva do GCUB faz à Ufam. Em janeiro, devemos nos reunir novamente, pois não é um evento internacional de natureza simples e a Ufam quer preparar um espaço bastante propício para a troca de ideias e parcerias de pesquisas”, destacou a professora Leda Brasil.

Sobre o GCUB

O Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) é uma associação civil, de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter acadêmico, científico e cultural, composta por 83 instituições brasileiras de Educação Superior, fundada em 29 de outubro de 2008, em Brasília, DF.

A missão do GCUB é promover relações acadêmicas, científicas e culturais entre as instituições associadas e parceiros internacionais, por meio de programas, projetos e ações de cooperação internacional, bilaterais e multilaterais.

As atividades do GCUB são desenvolvidas em parceria com Organizações Internacionais, Universidades, Redes Universitárias, Conselhos de Reitores e Órgãos Governamentais de mais de cem países, localizados nos cinco continentes. Fonte: site do GCUB

 

Biblioteca Humana compartilha experiências sobre o momento do parto

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom Ufam

Segunda-feira, 26 de novembro de 2018, foi dia de visitar a biblioteca. Mas não numa sala silenciosa e atravessada por estantes. Bem ao contrário, uma biblioteca ao ar livre, pulsante, cujo essencial são a empatia e o diálogo estabelecidos entre leitor e “livro”. Ao todo, dez mulheres assumiram o papel de livros vivos e compartilharam suas experiências sobre o momento do parto, pelo que foi possível identificar situações de violência obstétrica. Esta, que é a primeira Biblioteca Humana da região Norte, foi montada no Hall 2 da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (FCA/Ufam), setor Sul do Campus Sede.

O trabalho foi liderado pela professora Jaila Borges, que, além de organizadora, compôs o “acervo” da biblioteca com o título ‘Parto sem mitos’. Na forma de livro dialogado, a docente do curso de Ciências Farmacêuticas da Ufam relatou sua experiência positiva de parto natural após os 35 anos. “Eu engravidei com 36, e isso já soa estranho para muitas pessoas. Parir de forma natural, então, com 37 anos? Nossa! Impossível! Mas não tem nada que impeça”, contou. “Quando a mulher engravida, parece que sua gestação vira algo público, e todo mundo palpita. Aí vêm aquelas perguntas: ‘O que é?É um ser humano que está ali, não uma coisa... Ou ‘Que dia vai nascer?’ Ora, no dia que o bebê quiser”, complementou a professora.

Assim como ela, outras mães se tornaram “livros abertos” para que os leitores pudessem conhecer o tema da violência obstétrica, uma manifestação da violência de gênero. Ela independe do tipo de parto (natural, normal ou cesariana) e independe também de classe social, de raça, de crença. “25% das mulheres brasileiras sofrem esse tipo de violência, sem ao menos ter consciência de que passaram por isso”, alertou a docente Jaila Borges, ao contar que a metodologia da Biblioteca Humana foi criada na Dinamarca, no ano 2000.

Segundo ela, durante um festival de música dinamarquês, a ONG “Stop the violence” organizou a primeira biblioteca viva para trazer ao debate a violência urbana. “Normalmente, são tratados estereótipos, temas esses que causam preconceitos e estigmas na sociedade. A maior ferramenta para quebrar o estigma é o diálogo, gerando empatia com alguém que passou por determinadas vivências”, argumentou a organizadora do evento.

Do encadeamento de ideias e disposição de discentes e docentes é que foi tomando forma o projeto da Biblioteca temática com “livros humanos”, que dão a oportunidade de esclarecer dúvidas, refletir e compreender. A experiência da leitura foi reformulada: trata-se da leitura do outro e da reavaliação do modo de pensar a respeito de questões sensíveis.

Como funciona?

Logo na entrada do Hall da FCA 2 foi montado um balcão. Ao lado, havia um catálogo com os livros, no qual foram apresentados os títulos e uma breve descrição da história a que o leitor teria acesso. Feita a reserva, o visitante seguiria para a área de leitura, onde, sentando-se com o livro escolhido, tinha início o diálogo e o esclarecimento de dúvidas.

Conforme explicou a professora Consuelena Leitão, a proposta era a de que os alunos interagissem e toda a comunidade apreciasse as experiências que são compartilhadas com os leitores. “O processo incluiu uma preparação e um acolhimento, tendo em vista que são contadas histórias de parto, com experiências muito pessoais, sejam boas ou ruins”, explicou ela, ao enfatizar que todos os discentes de graduação da Ufam podem cursar a disciplina ‘Gênero e cuidado com a saúde’, no âmbito da qual foi elaborado o evento.

Na verdade, a Biblioteca Humana é o trabalho final da disciplina, cujo conteúdo é amplo e muito importante para a formação dos profissionais em geral. Para a professora Jaila Borges, um dos aspectos mais importantes do evento é no sentido despertar a autonomia da mulher sobre o próprio parto, de que não se trata de um ato médico. “Isso é um processo que começa em casa e continua aqui na Universidade, onde estão sendo formados os profissionais que vão lidar com as pessoas e com as suas escolhas”, enfatizou a organizadora.

O começo

A preocupação com a violência obstétrica, no Amazonas, ganhou força quando foi criada a Comissão Estadual de Enfrentamento da Violência Obstétrica, pelo Ministério Público Federal (MPF), tendo a Ufam como uma das instituições participantes, ao lado da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e das secretarias estadual e municipal de Saúde, Susam e Semsa. “Uma das preocupações era que, para promover um parto mais humanizado, com respeito à mulher nessa hora tão importante, é preciso que os profissionais sejam formados com uma sensibilidade que os permita entender esse momento”, disse a professora Iolete Silva, diretora da Faculdade de Psicologia da Ufam (Fapsi).

“As universidades foram convidadas para esse grupo por conta da responsabilidade com a formação desses profissionais que atuam nesse contexto: médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos. Na Ufam, foi criada uma comissão interna, com representantes de vários cursos, com Direito, Medicina, Enfermagem, Serviço Social, Psicologia... E aí se planejou a oferta de uma disciplina capaz que contribuísse na formação dos graduandos”, continuou.

A Comissão de Enfrentamento da Violência Obstétrica da Ufam, então, sugeriu e criou a disciplina ‘Gênero e cuidado com a saúde’, que foi ofertada pela primeira vez neste período letivo 2018/2, a qualquer universitário da Instituição com disponibilidade de carga horária e interesse na temática. “Inicialmente, a proposta era voltada para a área da saúde, mas, depois, concluímos que qualquer área pode se beneficiar e contribuir. Por exemplo, o curso de Artes tem um potencial de contribuição muito grande”, ponderou a professora Iolete Silva.

Que violência é essa?

O conceito de violência obstétrica foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), exatamente por se tratar de um problema mundial. A Comissão Estadual, dentro da sua competência, criou mecanismos de assistência. De modo particular, a área de tecnologia da Ufam produziu um aplicativo, disponível para a Susam e para a Semsa, que é capaz de registrar as ocorrências de violência obstétrica. “Ainda não há um número real, porque muitas vítimas não sabem reconhecer uma violência”, esclareceu a diretora da Fapsi.

“Esse tipo de violência pode ocorrer em hospitais públicos e privados, em todas as classes sociais. Por exemplo, fazer a mulher esperar mais tempo que o necessário, impor um tipo de parto, sem que a parturiente participe da decisão. Muitas vezes, são coisas que se falam para a mulher, com ‘Ah, na hora de fazer você estava contente. Agora está chorando, dizendo que está doendo’, e tudo isso é dito num momento muito sensível para a mulher”, finalizou a professora Iolete Silva a respeito dos casos mais comuns de violência obstétrica.

Diretores da Ufam participam do primeiro módulo de Gestão de Equipes de Alta Performance

Servidores da Ufam, na função de Direção, participaram no período de 29 de outubro a 23 de novembro do primeiro módulo do Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG), com o tema 'Gestão de Equipes de Alta Performance' na modalidade Blended Learning. O módulo foi uma realização da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, por meio da Coordenação de Treinamento e Desenvolvimento (CTD), Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), e contou com a plataforma Ufam Virtual.

Nos encontros presenciais dos dias 14 e 21 de novembro, o curso foi ministrado nas formas de workshop, palestra ou oficina sobre o tema abordado. A facilitadora foi a professora Ana Flávia de Moraes Moraes, e o professor Jurandir Moura Dutra como tutor.

O elemento norteador para criação do programa foi a necessidade de capacitar líderes, este que além de saber planejar, desenvolver estratégias e cumprir metas, deve orientar sua equipe. Ele deve ter como parâmetros os objetivos estratégicos estabelecidos no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2016-2025), o qual será seu instrumento de orientação, tal como uma bússola, indispensável a todo navegador neste roteiro de aprendizagem.

Em 2019 a Progesp pretende ofertar o curso para todos os servidores em função de Confiança.

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