Professores do Curso de História da Ufam participam apresentando comunicações temáticas no XXVII Simpósio Nacional de História que ocorre nesta semana, de 22 a 26, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal.

Os professores doutores Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro, Maria Luiza Ugarte Pinheiro, Almir Diniz de Carvalho Júnior, Antônio Emílio Morga, Adriana Angelita e Patrícia Melo Sampaio participam do Simpósio, com comunicações em diversas temáticas, durante a semana do evento. Também o tecnólogo, lotado no Museu Amazônico da Ufam, doutorando Dysson Teles Alves, participa do Simpósio.

A professora Maria Luiza Ugarte Pinheiro fará comunicação sobre os perfis femininos que emergiam na Imprensa Amazonense entre 1900 e 1950, dessa forma dialogando com a temática mais ampla do Simpósio Temático “Mulheres, Feminismo e Gênero: Diálogos (In) tensos na História”. Tal comunicação, de acordo com Maria Luiza Ugarte, recupera uma década de estudos e pesquisas sobre a Imprensa Amazonense que ela vem desenvolvendo no Laboratório de História da Imprensa na Amazônia (LHIA) e, desde 2006 no Programa de Pós-Graduação em História da Ufam. Foi também como decorrência dessas ações que a professora propôs a abertura da disciplina “História e Historiografia das Mulheres”, que já está sendo por ela ministrada, neste semestre, na graduação do curso História.

Já o professor Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro, fará comunicação acerca da articulação entre migração e trabalho, com o olhar voltado para a imprensa de trabalhadores que emergiu em Manaus no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Na comunicação, o professor busca recuperar o trânsito de ideias, pessoas e experiências no âmbito do processo de formação e expansão da classe operária amazonense, chamando a atenção para o fato de que a história operária no Amazonas, assim como aquelas que se desenvolveram fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, não pode ser assumida como uma espécie de versão reduzida em escala da história operária convencionalmente assumida como nacional. Por fim, a comunicação chama a atenção para como a imprensa foi fundamental para difundir numa perspectiva multidirecional as múltiplas experiências operárias, propiciando trocas tão ricas quanto aquelas efetivadas pelo processo migratório de trabalhadores nacionais e estrangeiros. A comunicação do professor Balkar fará parte do Simpósio Temático “Mundos do Trabalho: Processos produtivos, condições de trabalho, conflitos sociais e formas de resistência dos Trabalhadores”.

O professor Almir Diniz de Carvalho Junior também estará apresentando a comunicação sobre o tema “Ritual mestiço nas malhas da inquisição na Amazônia colonial”, na sexta-feira, dia 26, pela manhã.

O tecnólogo, lotado no Museu Amazônico da Ufam, Dysson Teles Alves, expõe  a comunicação “O descaminho na administração colonial na América portuguesa do século XVIII”, na sexta-feira, dia 26, pela tarde. O tecnólogo é doutorando na Universidade Federal do Pará.

O docente, PhD, Antônio Emílio Morga, expõe a comunicação “Afetividade e sociabilidade: masculinidade no Amazonas nos relatos dos viajantes no século XIX”, no simpósio temático 64, na sexta-feira, dia 27, no período vespertino. A pesquisa versa sobre as imagens que os viajantes estrangeiros construíram dos homens do Amazonas, suas práticas afetivas e de sociabilidade. A participação no Simpósio Nacional de História é importante para difundir a pesquisa no Amazonas e em particular do curso de História da Ufam, afirmou o professor.

A Associação Nacional de História (Anpuh) realiza o Simpósio Nacional de História a cada dois anos. É o mais importante evento nacional e da América Latina, relativo à pesquisa na área de História, com a participação dos mais renomados cientistas e que atrai grande número de profissionais, estudantes de graduação e de pós-graduação.

Os simpósios nacionais têm atraído milhares de participantes em suas últimas edições. Em 2009, no XXV Simpósio, em Fortaleza, no Ceará, inscreveram-se seis mil participantes. Dois anos depois, em 2011, o evento ocorreu em São Paulo, na Universidade de São Paulo, e teve a participação em torno de oito mil congressistas. Para o de 2013, que teve a abertura nesta segunda-feira, em Natal, são esperados em torno de oito mil participações.

A temática do Simpósio é “Conhecimento histórico e diálogo social”, escolhida em função da necessidade de a academia estabelecer formas de diálogo com a sociedade. Estreitar cada vez mais a distância entre a sociedade e o meio científico.

Serão oito conferências, nove diálogos contemporâneos (mesas-redondas sobre temas atuais para a categoria), 141 simpósios temáticos e 70 minicursos. Os profissionais se reúnem em diversas apresentações ao longo da semana divididos por temas.