Projeto Pé-de-Pincha comemora 20 anos de manejo sustentável de quelônios na Amazônia
Professores, alunos e voluntários comemoram aniversário com solturas dos animais até abril
O projeto de Manejo Comunitário de Quelônios (Pé-de-Pinha), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), comemora 20 anos em 2019. O trabalho envolve diversas comunidades do Amazonas e Pará em prol da conservação e proteção dos Tracajás, Tartarugas e Iaçás da região. O cronograma de solturas 2019, momento em que o projeto entrega para natureza os filhotes ameaçados de extinção, deu início no dia 9 de fevereiro, na primeira comunidade atendida pelo projeto: Aliança, lago do Piraruacá, município de Terra Santa, Pará. Mais de 10 mil quelônios fora soltos nessa localidade somente no início deste ano.
Em 1999 a Ufam, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e as comunidades ribeirinhas, iniciou um programa de manejo comunitário de Quelônios, o Projeto Pé-de-Pincha. De Terra Santa o projeto se espalhou por mais de 15 municípios e 123 comunidades do Amazonas e Pará, ao longo do Médio Rio Amazonas, Juruá, Negro e Madeira. Às margens desses rios o projeto realizou a soltura de mais de 4,5 milhões de bichos de casco.
Segundo o coordenador geral do projeto, professor Paulo Cesar Machado Andrade, “tudo começou com o sonho e a determinação do senhor Manuelino Bentes e sua família, que procuraram a Universidade para ajudar a conservar esses animais que estavam seriamente ameaçados pelo comércio ilegal de bichos e seus ovos. Ufam e Ibama realizaram, então, a capacitação de agentes ambientais comunitários, que começaram a realizar o monitoramento do lago Piraruacá e a sensibilizar os moradores locais por meio de ações de educação ambiental”.
De acordo com a coordenadora de Educação Ambiental do Pé-de-Pincha, professora Aldeniza Cardoso de Lima, “nestes 20 anos mais de 40 mil pessoas foram envolvidas diretamente nas atividades do projeto, principalmente as escolas dos municípios que participam do projeto por meio dos professores que desenvolvem trabalhos com seus alunos”.
Ainda de acordo com os coordenadores, o Projeto Pé-de-Pincha é um dos maiores programas de conservação comunitária de Quelônios e de voluntariado do mundo, sendo este trabalho reconhecido a nível global com uma publicação importante na revista científica Nature, em novembro do ano passado (Leia mais). Durante esses 20 anos o projeto ajuda na formação de acadêmicos de graduação, mestrado e doutorado em varias áreas do conhecimento.
Cronograma de solturas
A segunda soltura de quelônios ocorreu no dia 14 de fevereiro, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu, município de Careiro Castanho, Amazonas, às margens da BR-319, KM 250, onde mais de 4 mil filhotes de tracajás foram entregues para a natureza (Acesse a matéria veiculada em jornal local). Chegar até à comunidade não foi uma tarefa fácil (Saiba por quê).
Entre os dias 21 de fevereiro e 3 de março o projeto retoma o cronograma em comunidades do Amazonas e Juriti, Pará, esta de 25 de fevereiro a 1º de março (Confira o quadro). Barreirinha, Amazonas, terá solturas entre 2 e 21 de março. Já Itacoatiara, também no Amazonas, 19 de abril.
*Com informações do Portal Amazônia sem Fronteiras e Professor Paulo Cesar
Colação de grau dos Cursos de Educação Física e Fisioterapia gradua 73 profissionais da FEFF
A cerimônia de outorga de grau para os 73 profissionais dos cursos de Educação Física e de Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas (Feff/Ufam) foi presidida pelo reitor, professor Sylvio Puga, na noite desta quinta-feira, 14, no auditório Eulálio Chaves, Setor Sul do Campus Universitário.
Na sessão solene, o reitor, professor Sylvio Puga, saudou a diretor da Feff, professor João Libardoni, e demais autoridades da composição da mesa de abertura, sendo ovacionados cada um deles pelo público, assim como professores e alunos presentes na plateia. Em seu pronunciamento, o reitor lembrou que os cursos da Feff estão em festa pela comemoração de sua criação. “É um ano especial e hoje, estamos celebrando a vitória de 73 novos formandos e da maior turma de Fisioterapia que cola grau neste momento”, comentou.
Na ocasião, o reitor Sylvio Puga disse que existe uma preocupação da Administração Superior de atender as demandas da Feff e de toda a Universidade. E afirmou que após a audiência em Brasília, na última quarta-feira, 13, com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão e com o ministro da Educação, Ricardo Vélez, foram pontuadas demandas da Universidade, dentre elas, a criação do Centro de Referência em Fisioterapia, considerada obra importante para a Faculdade, além da remodelação da pista de atletismo. “Trabalharemos incansavelmente para que essas duas novas obras acontecerem na Feff”, ressaltou.
Sylvio Puga disse ainda que os formandos são o orgulho da Universidade. Ele justificou que, como representante da Instituição, percebe o quanto o nome da Universidade é citado, pois há respeito pelas autoridades por onde passa. Segundo ele, o indicador para essa avaliação, são os ex-alunos que no exercício profissional, nas diversas áreas de atuação, levam o nome da Universidade com excelência, com dedicação e comprometimento, que fazem de seus formadores orgulhosos na participação de formação desses egressos.
“Onde quer que estejam, atuando profissionalmente, sejam no nosso Estado ou em qualquer lugar do Brasil, tenham orgulho de nossa Universidade, que é uma Instituição respeitada no Norte Brasil. Isso é fruto do trabalho de nossa comunidade, dos professores, dos técnico-administrativos, que, em sinergia com os alunos, elevam cada vez mais o nome da Ufam”, completou Sylvio Puga.
Durante a sessão solene, o diretor da Feff, professor João Libardoni, cumprimentou o reitor, professor Sylvio Puga, os patronos e paraninfas das turmas, autoridades e público presente. De acordo com ele, a Feff vive um momento histórico, e cita a criação do curso de Educação Física, em 1969 e datas relevantes de consolidação da Faculdade. Esse processo, segundo o professor, resultou de um sonho que foi plantado, acreditando que a Faculdade daria certo. “Hoje, vendo o auditório lotado e com 73 formandos, confirma minha certeza de que realmente o sonho deu certo”, disse o diretor. “Tanto os profissionais de Educação Física quanto os Fisioterapeutas têm a grande responsabilidade de levar para sempre a marca da FEFF. Nós, Fisioterapeutas e professores de Educação Física, somos a profissão do futuro. Não deixe a individualidade tomar conta, precisamos da coletividade para que as coisas possam dar certo”, finaliza o diretor.
Estiveram presentes, além do reitor da Ufam, professor Sylvio Puga e o diretor da Feff, professor João Libardoni, os paraninfos dos Cursos de Licenciatura em Educação Física, professora Minerva Amorim, de Bacharelado em Promoção Saúde de Lazer e Treinamento Esportivo, professora Inês Streit, de Fisioterapia, professora Ayrles Mendonça e os patronosdos Cursos de Educação Física, professor Lúcio Ferreira, de Bacharelado em Promoção Saúde de Lazer e Treinamento Esportivo e o homenageado com o nome da turma do Curso de Educação Física, professor João Ferreira, bem como o homenageado do curso de Promoção Saúde e Lazer e Treinamento, professor Dagmar Leão, e o patrono e homenageado do Curso de Fisioterapia, professor Fabio Maciel.
Confira a lista de formandos:
Formandos do Curso de Licenciatura em Educação Física:
Alberto Lobato Goes Junior
Aldair Carvalho de Souza
Alex Gregorio Araujo Lizardo
Alexia Renata Amaral da Silva
Aline Teixeira Maia de Freitas
Allex de Souza Silva
Anderson Evangelista Honorato
Augusto Carvalho de Souza
Carla Maria Barreto Araujo
Carlos Brayan Ramos de Oliveira
Christopher dos Santos Souza
Cinthia Oliveira De Freitas
Elizabeth Lima de Melo Filha
Elohren Brenda Franco Gomes
Francisco das Chagas Correia Bastos Junior
Geisiane Lopes Alfaia
Geovana Lopes Alfaia
Isabela Valente de Bessa
Jessica Rojas Basualto
Joao Bosco Gomes Lima Junior
Jorge Alexandre Pinto Flexa
Jose Lucas Rocha de Oliveira
Julia Carmo Toledo Gonçalves
Kamila Juliany Bezerra de Souza
Larissa Bastos Ferreira
Leone Ramos Leite
Lucas Silva da Cruz
Marco Aurelio de Araujo Baima
Menaide Bulcao de Lima
Miqueias Castro da Silva Brito
Yana Barros Hara
Formandos do Curso Bacharelado em Educação Física - Promoção Saúde e Lazer:
Alessandra Nunes Teixeira
Ariely Minhos Coelho
Jair Robert Vieira Andrade
Paula Vitoria Reboucas dos Santos
Venilton Falcao Barros Junior
Formandos do Curso Bacharelado em Educação Física –Treinamento Esportivo:
Aldair José Freitas Souza
Israel Adinon Santos da Silva
Thayna Cardoso Correia da Silva
Formandos do Curso de Bacharelado em Fisioterapia:
Alessandra Maria Souza da Silva
Aline Melo Queiroz
Ana Beatriz da Costa Lameira
Andrey Cleto Barros da Gama
Anne Caroline Lima Bandeira
Camila de Oliveira Bezerra
Daniela Baptista Frazao
Debora Adriana de Oliveira Goncalves
Deborah de Souza Dalles
Ellen Kathellen Sa de Souza
Erik Coelho da Costa
Fernanda Facioli dos Reis Borges
Gisela Maria Pontes Silva
Hana Karine Costa Sena
Heloisa Rodrigues Ramos Mota da Silva
Ioni Cardoso Correa
Josiel Gomes Ribeiro
Karen Eda Cunha de Lima
Kerolany Gonzaga de Lima
Keysy Karoline Souza Andrade
Lais Botelho de Sousa
Lohanna Pinheiro Martins
Lucas Normando da Silva
Maria Thanara Wanderley Souza
Mirian Mendes Borges
Nely Sampaio Guinther
Patricia Cardoso Campos
Rafaella de Souza Pereira Rodrigues
Rarissa Monteiro Lima
Raynara Fonseca dos Santos
Thais Vanine Pinheiro Fernandes
PPGCASA comemora a 50ª tese defendida
O analista ambiental Oseias Cordeiro Sartori defendeu, na tarde desta quarta-feira, 13, pesquisa sobre a invisibilização dos indígenas da etnia Ingarikó no processo de criação do Parque Nacional do Monte Roraima e as suas consequências para a gestão da terra indígena Raposa Serra do Sol e do próprio Parque Nacional.

O Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA) comemora a defesa da 50ª tese do Programa. Intitulada "Implicações da invisibilização dos Ingarikó na unidualidade estabelecida pelo Parque Nacional do Monte Roraima", a pesquisa defendida na tarde desta quarta-feira, 13, é de autoria do analista ambiental Oseias Cordeiro Sartori, com orientação do fundador do doutorado do PPGCASA, professor Henrique dos Santos Pereira.
Tese
No trabalho, o analista ambiental junto aoInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),Oseias Sartori, aborda a invisibilização dos indígenas da etnia Ingarikó no processo de criação do Parque Nacional do Monte Roraima e as suas consequências para a gestão da terra indígena Raposa Serra do Sol e do próprio Parque Nacional. O pesquisadorressalta a relevância do tema abordado em sua tese para a ciência. “Creio que a principal contribuição tenha sido a identificação de limitações e possibilidades de gestão em uma área sobreposta envolvendo uma unidade de conservação de proteção integral e um território indígena. Durante o desenvolvimento da pesquisa orientada pelo professor Henrique dos Santos Pereira, eu não imaginei nem por um momento que a minha defesa seria a quinquagésima tese do Centro de Ciências do Ambiente e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Eu me sinto honrado e feliz por ser aluno de um curso tão importante, que segue se consolidando na Universidade Federal do Amazonas, fato demonstrado pelas cinquenta defesas realizadas até aqui. Sou muito grato por tudo o que tenho aprendido!”, afirma Oseias Sartori.
PPGCASA - consolidação e amadurecimento
Ao lado do orientador, professor Henrique Pereira, o analista ambiental Oseias Sartori assina a Ata de defesa da teseOrientador do trabalho e um dos fundadores do curso de doutoramento do PPGCASA, o professor Henrique dos Santos Pereira afirma que a 50ªdefesa de tese representa a consolidação do Programa de Pós-Graduação. “Para além de ser um marco emblemático para todos os docentes, técnicos, estudantes e egressos, esta 50ª defesa significa o amadurecimento do programa e que a universidade cumpre função primordial no enfrentamento das crises ambientais quando alcança o feito de, em tão curto prazo, entregar para a sociedade regional dezenas de profissionais altamente capacitados para a pesquisa e para docência nas ciências ambientais”, afirmou o pesquisador, que também é ex-coordenador do Programa.
Formação de Recursos Humanos
Coordenadora do PPGCASA, a professora Olívia Simão ressalta as contribuições do Programa para a formação de recursos humanos na área de ciências ambientais. “Ficamos extremamente felizes de comemorar esse momento com esta 50ª tese, a qual vem brindar o aniversário de trinta anos do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), criado em 15 de fevereiro de 1989. Nosso programa tem formado recursos humanos não apenas para atender a área acadêmica, como também para a área da gestão pública, na área das ciências ambientais. Temos a satisfação de dizer que os nossos dois últimos secretários de estado da área ambiental foram nossos alunos e essa formação de excelência oferecida pelo PPGCASA alcança pesquisadores de toda a região amazônica, sejam eles dos municípios do interior do Amazonas, do Pará, do Acre, entre outros estados”.
A atual coordenadora também afirmou que não serão medidos esforços para que a qualidade do PPGCASA seja sempre de excelência. “Vamos sempre envidar esforços para que essa qualidade permaneça na trajetória futura do nosso curso e aproveito a oportunidade para ressaltar todo o apoio que a gestão superior da Ufam dá ao Centro de Ciências do Ambiente para que possamos ter esse desempenho e, ao longo dessa trajetória, termos formado inúmeros mestres e agora o nosso 50º doutor”, destacou a coordenadora.
Banca Examinadora
A 50ª tese foi defendida na tarde desta quarta-feira, 13, no Auditório Vitória Régia do Centro de Ciências do Ambiente (CCA) e teve como membros titulares da banca examinadora a professora Therezinha de Jesus Pinto Fraxe (PPGCASA); a professora Patrícia de Melo Sampaio (UFAM); a professora Ana Carla Bruno (INPA/UFAM), o professor e procurador Edson Damas (UERR/UFRR e MPE-RR) e a pesquisadora Sonia Alfaia (INPA).