Departamento de Língua e Literatura Portuguesa contemplado com projeto para graduação-sanduíche em Portugal
Robert Rosas, chefe do Departamento de Língua e Literatura PortuguesaO Departamento de Língua e Literatura Portuguesa da Universidade Federal do Amazonas (DLLP/UFAM) foi aprovado para o Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com um projeto coordenado pela professora Rita do Perpétuo Socorro Barbosa, de graduação-sanduíche de alunos do curso de Licenciatura em Letras – Língua e Literatura Portuguesa da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no curso de Licenciatura em Letras – Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Coimbra, em Portugal.
O Departamento terá 7 vagas para o período inicial do Programa, com início das atividades previsto para o segundo semestre de 2016. Os estudantes selecionados permanecerão em Portugal pelo período de 12 meses, com possibilidade de prorrogação de mais de 10 meses com vistas à dupla titulação para estudantes com destacado desempenho acadêmico.
O perfil do aluno apto a participar do PLI Portugal será o acadêmico necessariamente do 3º ou do 4º período. Segundo o professor Robert Rosas, chefe do DLLP, “os alunos dos períodos mais próximos do final do curso precisam conhecer legislação educacional brasileira, estrutura e do funcionamento do ensino da educação básica no Brasil através dos estágios supervisionados, portanto precisam estar nos nossos cursos”, enfatiza.
Os interessados em participar do programa deverão considerar os seguintes itens: ser brasileiro ou estrangeiro com visto de residência permanente no Brasil; estar em dia com as obrigações eleitorais; ter obtido nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) igual ou superior a 600 pontos, em exames realizados no período de 2009 a 2014.
Caso o candidato tenha realizado mais de um exame durante este período será considerado o de maior pontuação, segundo informação prestada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP); ter cursado todo o ensino médio em escolas públicas brasileiras ou ter cursado o ensino médio em escolas particulares na condição de bolsista integral em função de baixa renda familiar.
É a primeira vez que o programa é aprovado para este Departamento e segundo o professor Robert, a vasta experiência da coordenadora do projeto em projetos de pesquisa junto a CAPES colaborou muito para a aprovação do PLI Portugal. “O diálogo entre os acadêmicos e professores da UFAM e os de Coimbra terá grande impacto na qualidade do ensino no curso de Letras por ocasião da troca de conhecimentos científicos, culturais, tecnológicos e artísticos”.
Com informações do site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
II SIQSSAM discute crise ambiental e seu efeito nas políticas públicas
Da esquerda para a direita: deputado Luiz Castro, secretário Antônio Luiz, professoras Débora Rodrigues e Socorro Chaves, professora Márcia Perales, professor Gilson Monteiro, e professoras Simone Baçal, Francileide Bindá e Cristiane FernandezCom o objetivo de discutir a atual crise no meio ambiente promovendo um intercâmbio entre Universidade e sociedade civil, o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (PPGSS/UFAM), realiza, até esta quinta-feira, a segunda edição do Seminário Internacional de Questões Socioambientais e Sustentabilidade na Amazônia (II SIQSSAM), com o tema “A crise ambiental e o seu rebatimento nas políticas públicas na contemporaneidade”.
A abertura do evento ocorreu na noite da última terça-feira (01), no Auditório Eulálio Chaves, localizado no Setor Sul do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho. Na mesa de abertura, estiveram presentes os professores Dra. Márcia Perales, Reitora da UFAM; Dr. Gilson Monteiro, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP); Dra. Socorro Chaves, pró-reitora de Inovação Tecnológica (PROTEC); Dra. Simone Baçal, diretora do Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFAM (ICHL); Dra. Débora Rodrigues, coordenadora do PPGSS; e a Dra. Cristiane Bonfim Fernandez, coordenadora do SIQSSAM.
Também participaram da mesa de abertura do evento o deputado estadual Luiz Castro, presidente da Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Sustentável da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM); o secretário adjunto de Gestão Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Antônio Luiz Andrade; e a professora MSc. Francileide Bindá, representando o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/AM).
Na ocasião, a professora Márcia Perales falou da ligação entre o evento e o local do evento. “Penso que não é por acaso que nós estamos neste campus de 600 hectares, a maior área verde urbana nativa do Brasil, discutindo questões que tem relação direta com essa região”, afirmou.
Professora Márcia Perales destacou a importância do evento e sua relação com o localA gestora ainda ressaltou o fato de que diversas ações são realizadas pela Universidade para a conservação da área original do campus. “Há 15 anos, nós já estamos conseguindo conter os processos de ocupação nas áreas limítrofes do campus por meio das ações de extensão. Nós precisamos fazer, muitas vezes, com que a comunidade que vive próximo aos limites do campus entenda que embora seja uma área de todos, não pode ser ocupada por todos, porque ela tem seus limites legais. Essas ações fizeram com que vários problemas que tínhamos, como o avanço dessa ocupação, fossem contidos. Não por muros ou por cercas, mas sim com um trabalho de conscientização pedagógico e educativo”.
Perales ainda destacou que na UFAM, há um conjunto imenso de ações de extensão e pesquisa que envolvem um conjunto de riqueza que há no campus. “Quando nós saímos daqui e visitamos os municípios que possuem unidades da UFAM no interior do Amazonas, nós levamos a Política Ambiental da Universidade, com o fim de estender a preocupação da conservação e as nossas diretrizes para isso”, completa.
Pensar e discutir sustentabilidade
Professora Dra. Cristiane Fernandez, coordenadora do eventoSegundo a professora Cristiane, um dos objetivos do PPGSS é discutir a sustentabilidade de um ponto de vista em que se une o social com o ambiental. “Quando a gente olha para a natureza, não olhamos apenas a natureza física, mas vemos o homem inserido nela e os impactos que uma destruição ou conservação da natureza terão sobre o homem. A ideia é de que a qualidade de vida seja garantida a esse homem inserido na natureza, já que ele não se separa do meio ambiente”, pondera.
Ainda de acordo com a professora, a sociedade não pode viver sem respeitar a natureza. “Nós vimos o desastre de Mariana e os efeitos que isso trouxe para a flora, para a fauna e para o homem, afetando o sistema como um todo. A ideia aqui, a partir disso, é discutir a sustentabilidade, uma vez que nós vivemos em um mundo em que esse equilíbrio é necessário. Durante o evento, nós teremos a troca de experiências com vários setores, tendo diferentes olhares sobre a questão socioambiental”, completa.
Sentido primário da ecologia
Na ocasião, o deputado Luiz Castro ressaltou que o momento é de construção do conhecimento, que é muito mais do que informação. “O conhecimento precisa buscar a ponte entre a realidade efetiva e o conhecimento teórico, a informação, a conceituação e a contextualização para que possamos interferir de maneira correta e eficiente nas políticas públicas”.
Castro afirmou que é importante tratar a causa ambiental como causa isolada das questões sociais, uma vez que tudo é socioambiental. “O Papa Francisco, na encíclica Laudato Si (“Louvado Sejas”, em italiano) coloca com muita clareza que a ecologia inclui o ser humano. A partir disso, nós voltamos ao sentido do ecológico, ao sentido de que precisamos promover a preservação da nossa grande natureza e imensa biodiversidade”.
Professora Dra. Socorro Chaves, da PROTECA professora Socorro Chaves relembrou do ano de 2009, quando o mesmo evento foi promovido, mas em âmbito regional. “Fico muito feliz de ver o prosseguimento e a conquista que nós, da UFAM, temos feito. Para mim, esse debate está em um lócus por excelência nas questões socioambientais, uma vez que a Amazônia é um dos contextos de maior riqueza social e ambiental, com uma diversidade incrível de povos amazônidas”, ressalta.
Para a professora Simone Baçal, o PPGSS, com diversas pesquisas desenvolvidas na área de sustentabilidade, foi pioneiro ao colaborar na construção de políticas públicas para a área. “Temos sete programas de pós-graduação no ICHL em nível de mestrado e um curso de doutorado. Todos os projetos de pesquisa desenvolvidos nesses projetos colaboram em processos interventivos. Nós só entendemos o rebatimento disso nas políticas públicas quando elas se tornam concretas”, pondera.
Conferência de abertura
Professor Dr. Clóvis Cavalcanti, da UFPEProferida pelo professor Dr. Clóvis Cavalcanti, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a conferência magna teve como tema “A crise ambiental e o seu rebatimento nas políticas públicas na contemporaneidade”.
Na visão do professor, causam-se perturbações ao meio ambiente porque não se sabe usá-lo. “Tiramos mais do que o meio ambiente pode dar e sobrecarregamos com mais dejetos do que ele é capaz de absorver. Essa é a realidade mundial. Com um fenômeno desse tipo, fica difícil promover políticas de desenvolvimento, melhorias do bem-estar e elevação da qualidade de vida, que é o que realmente interessa”.
“Só se pode ter uma sociedade saudável num meio ambiente saudável”, continua o pesquisador. “Pense no caso, por exemplo, do vale do rio Doce, em Minas Gerais. Naquele ambiente, infelizmente, só se pode ter miséria, doenças e infelicidade, já que o meio ambiente foi totalmente violentado por uma ação realizada sem as devidas cautelas e vigilância do Estado”, ressalta.
Cavalcanti completa dizendo que a Universidade precisa assimilar a noção de que nós dependemos da natureza e dos serviços que ela nos fornece. “Precisamos de um cuidado para que a prestação desses serviços não seja prejudicada. Se você não tem uma prestação de serviços da natureza que é a indicada, você pode sofrer. Se não há biodiversidade para manter a qualidade do solo, por exemplo, quem sofre é a sociedade. Não há para onde correr se o meio ambiente não for saudável”.
O evento
O II SIQSSAM vai até amanhã, dia 03 de dezembro. Na programação, estão previstas mesas-redondas e comunicações orais, além de lançamentos de livros e apresentação de pôsteres.
II Feira de Anatomia Animal da UFAM tem como foco sistema digestivo e reprodutor dos animais
A II Feira de Anatomia Animal (Osteologia), realizada pelos alunos do curso de Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), aconteceu na tarde desta terça-feira (01), das 14h às 18h, no Hall da Faculdade de Ciência Agrárias (FCA), localizada no setor Sul, do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho em Manaus.
O evento contou com quatro stands exibindo sistemas reprodutores e digestivos de pequenos ruminantes, aves, suínos e bovinos apresentados pelos estudantes do primeiro período do curso de Zootecnia. “Todo o conhecimento teórico aprendido dentro de sala de aula, está sendo passado para a sociedade civil. O público tem de ser estimulado”, relata a professora Roseane Martins, responsável pela disciplina de Osteologia e pelo Laboratório de Anatomia e Fisiologia Animal (Lafa).
Segundo a estudante Paloma Leandra, do primeiro período do curso, a realização dessa feira é importante porque ela abre as portas para as pessoas conheçam o curso. “É uma oportunidade de aprender o que é o curso de Zootecnia, porque sempre há aquela dúvida sobre o que é o curso e se as funções executadas são parecidas com as dos médicos veterinários”, ressalta Paloma.
Para a aluna Natália, que também cursa o primeiro período do curso de Zootecnia, a realização desse projeto foi fundamental para a sua formação, já que os sistemas apresentados na feira são os principais para a sua área. “Como zootecnista, não iremos trabalhar a parte clinica como o veterinário; mas podemos auxiliar e fazer cursos de inseminação artificial. Então é sempre importante saber como funciona o organismo do animal, porque acabamos atuando como ‘nutricionista’ de animais”, ressalta Natália.
Professora Roseane Martins e Diretor da FCA, professor Neliton MarquesPara o diretor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), professor Neliton Marques, todo evento científico no contexto acadêmico é motivo de orgulho para a Instituição, pois propicia e oportuniza a inclusão dos alunos na agenda acadêmica. “É um momento de interação, um momento em que se desperta o interesse acadêmico e cientifico desses alunos que amanhã serão pesquisadores, profissionais empreendedores. Com isso, eles rompem o limite da sala de aula”, observou Neliton.