Professor Marcos Reigota palestra na 2ª Mostra e Intercâmbio de Experiências em Educação Ambiental na Amazônia
"A Amazônia em mim: atravessando fronteiras com Milton Hatoum" é titulo da palestra proferida pelo professor do Centro Internacional e Interdisiciplinário de Investigación y Ensenãnza Aplicada (Oaxaca-México), na 2ª Mostra e Intercâmbio de Experiências em Educação Ambiental na Amazônia: Interculturalidade na Educação que ocorreu nesta quarta-feira (2), no auditório Samaúma, da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), Setor Sul. Na ocasião, a Assessoria de Comunicação da Ufam (Ascom) entrevistou o professor que trata sobre experiências ambientais com a literatura, música e arte. Veja a entrevista:
Ascom: A Amazônia é relatada desde as grandes viagens marítimas do século XV como um lugar incomum. Entretanto, ao proferir a palestra, os relatos na atualidade sobre a Amazônia se dão, a partir de experiências simples, do cotidiano. Como o senhor analisa esses relatos?
Marcos Reigota: Na verdade, não faço análise do discurso, mas um círculo de leitura, ou seja, aquilo que me toca; que traz coisas novas; que me emociona; que faz pensar; que provoca. Então, meu critério de analise é aquilo que provoca em mim, como leitor ou cidadão e que isso posso ser compartilhado com os meus alunos.
Ascom: Compreender a Amazônia, a partir da interdisciplinaridade é um processo importante, mas compreende-la, a partir dos processos da arte é uma metodologia diferenciada. O que o senhor acha disso?
MR: É o que eu tenho tentado fazer, principalmente através da literatura e da música, porque são expressões que mais gosto. Eu tenho mais familiaridade, que reconheço; que gosto de ler. Mas levo para sala de aula, aquilo que gosto de fazer, porque acredito que falar sobre destruição, muita gente já falou e, necessito trazer algo diferenciado.
Ascom: Durante sua palestra, o senhor dá destaque ao escritor amazonense Milton Hatoum, como o senhor vê essa parceira?
MR: Há 20 anos faço estudos sobre suas obras. Eu acho não somente um grande escritor, mas um pensador brasileiro contemporâneo, com publicações em várias línguas. Então, isso facilitar o desenvolvimento do meu trabalho no exterior, demonstrando a relevância de suas obras.
Ascom: Como é participar da 2ª Mostra e Intercâmbio de Experiências em Educação Ambiental na Amazônia, no qual o senhor trata questões sobre Arte, Educação e Questões Ambientais na Amazônia?
MR: Para mim, como havia dito; estou devolvendo alguma coisa que aprendi aqui. Não estou trazendo o meu conhecimento sobre. Eu trazendo alguma coisa, a partir do momento que vim para Amazônia, provocou-me profundamente, e que me faz trabalhar sobre a Amazônia, com a Amazônia, em outros lugares do mundo e do Brasil. Então, estou devolvendo para vocês aquilo que me deram de forma tão generosa. Obrigado.