UFAM participa do VI Fórum da Internet no Brasil

Com o lema “Promovendo o Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo”, o VI Fórum da Internet no Brasil incentiva o debate sobre os desafios atuais e futuros da Web.

A sexta edição do Fórum, que ocorre em Porto Alegre, de 11 a 13 de julho, está aberta à participação de todos. Inscrições online podem ser feitas até esta sexta-feira (8), mas também serão aceitas inscrições no local (sujeitas a disponibilidade de material para o participante).

Este ano, a professora Tanara Lauschner, coordenadora do Projeto Cunhatã Digital do Instituto de Computação (Icomp), participará de uma mesa de debate sobre mulheres na computação com professoras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo Tanara, é importante que esse tema esteja inserido no fórum, pois vários eventos de tecnologia estão criando espaços para discutir não somente a questão do preconceito, mas principalmente como atrair e manter mulheres em TI. 

“Esperamos levar ao fórum as ações que já estão sendo feitas com o movimento Cunhantã Digital no Amazonas e nos somar ao esforço de não desperdiçar os grandes talentos que poderiam estar na área de tecnologia hoje e que não estão. O Brasil perde com isso, pois os trabalhos realizados por equipes mistas tendem a serem melhores”, declara.

Jéssica Botelho, aluna do curso de Jornalismo foi contemplada com uma bolsa de participação no fórum através de um programa do Comitê Gestor da Internet do Brasil chamado Youth@ForumBr com sua pesquisa sobre Jornalismo em rede.  

Para ela, o evento é um espaço valoroso de troca de conhecimento e de estudos teóricos. Um dos objetivos da aluna é trazer esse conhecimento obtido para a Universidade. “É importante termos representantes do setor acadêmico da região Norte no Fórum, para que saibam do nosso contexto e para que a internet no Brasil seja pensada para nós também”, afirma.

O Fórum estará dividido em quatro trilhas: a) Universalidade e Inclusão Digital; b) Segurança e Direitos na Internet; c) Conteúdos e Bens Culturais na Internet; e d) Inovação e Capacitação Tecnológica. Além das trilhas, os participantes também terão as “desconferências”, que são espaços para atividades autogestionadas em torno de temas que são propostos previamente no site do evento.

Assim como nos anos anteriores, o VI Fórum será gratuito e transmitido ao vivo por streaming no site do evento. A programação ainda terá seminários e debates sobre os cenários da governança da Internet no Brasil e no mundo. 

Odenildo Sena lança sua quarta obra “As mazelas do livro didático” na Faced

O lançamento aconteceu na manhã desta terça-feira no auditório da Faculdade de Educação e contou com a apresentação do Grupo de Canto Lírico da Ufam

Professor Odenildo Sena, no auditório Rio Alalaú, na FacedProfessor Odenildo Sena, no auditório Rio Alalaú, na FacedUm dos grandes nomes dos estudos da linguagem acaba de lançar mais uma obra. Odenildo Sena é professor aposentado da Ufam, doutor em linguística aplicada pela PUC-SP e figura de notoriedade nacional quando o assunto é fomento a políticas de amparo à pesquisa, foi diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM), chegando também ao posto de presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap).

Em sua mais nova obra, a quarta de sua carreira, Odenildo seleciona como objeto de análise um elemento crucial na formação e informação de jovens e adultos: o livro didático. “O livro no Brasil é um produto sempre muito caro, feito com produtos sofisticados, eles acabam chegando em poucas mãos (...) O livro didático é por excelência um instrumento político, porque expressa a visão de mundo”, comenta Odenildo durante conversa informal com o público que lotou o auditório Rio Alalaú da Faculdade de Educação (Faced).

Adepto e assumidamente apreciador de novas mídias, Odenildo falou sobre sua relação com mídias como Facebook e Twitter e como elas ajudam a construir uma nova maneira de pensar didática e linguagem. O autor comenta sua visão sobre o tema de maneira categórica. “Didática para mim se resume a possibilidades de intermediar com sucesso o processo de ensino e aprendizagem. Se a didática for exclusiva, ela cria alienados. Se ela for inclusiva, está contribuindo com certeza para um mundo melhor”, declara.

Para o autor, questões elementares devem ser contestadas e avaliadas nessas publicações tão importantes. “É incompreensível que ocorra ainda hoje num livro didático onde se busca incentivar estudantes a fazerem redações, por exemplo, colocar um soneto de Olavo Bilac para inspirar os alunos. Além de incoerente é até cafona”, revela o professor provocando risadas no público presente.

Abertura Musical

O Grupo de Canto Lírico da Ufam, com o professor João Gustavo Kienem ao pianoO Grupo de Canto Lírico da Ufam, com o professor João Gustavo Kienem ao pianoO Grupo de Canto Lírico da Ufam, coordenado pelo professor João Gustavo Kienem, se apresentou na abertura do evento. Com aplausos do público, os artistas apresentaram modinhas brasileiras e amazônicas através de duetos com acompanhamento do piano e violão. Segundo o professor a oportunidade de conexão com o Núcleo de Educação, Comunicação e Tecnologia (Educotec) faz todo o sentido. “Entendemos que a função da música não é decorativa, então, a gente costuma aceitar convites vindos daqueles professores que comungam conosco esse entendimento da essencialidade da obra de arte no mundo contemporâneo. Usá-la como ilustração ou preenchimento de espaços vazios não é do nosso interesse e sabemos do compromisso da professora Cláudia Guerra com a educação e a seriedade com que isso é feito”, conta o músico e professor se referindo a coordenadora do Educotec, responsável por promover o evento.

O coordenador do curso de Pedagogia da Ufam, professor Paulo Ricardo Freire, também esteve presente no lançamento e destacou o caráter didático e cultural do evento. “Precisamos criar conexões como essas formalmente. Trazer as diversas linguagens artísticas e culturais para dentro das discussões e eventos faz parte do plano de ações do departamento. É importante que sejam ações institucionais”, disse.

O Educotec em parceria com a coordenação do curso de Pedagogia realiza constantemente oficinas, eventos e debates. Além dessas ações, estão previstas atividades de resgate para um acervo da Faced.

Ciência deve gerar resultados econômicos além de artigos científicos, afirma professor do IComp/UFAM

Professor Edleno Moura, no Encontro de Projetos em Ambientes Interativos (EPA! Manaus 2016)Professor Edleno Moura, no Encontro de Projetos em Ambientes Interativos (EPA! Manaus 2016)A necessidade de a ciência gerar resultados econômicos e desenvolvimento, além de artigos científicos é o tema da palestra do professor do Instituto da Computação da Universidade Federal do Amazonas (IComp/UFAM), Edleno Moura, no 3º Encontro Nacional de Membros Afiliados da Academia Brasileira de Ciências, que acontece de 27 a 29 de julho, em Belo Horizonte.

Há algum tempo, o IComp vem incentivando o empreendedorismo entre seus alunos. Pelo menos três exemplos práticos de sucesso podem ser citados: a empresa Neemu (neemu.com.br), o desenvolvimento de um aplicativo para detectar convulsões em portadores de epilepsia, e uma ferramenta para facilitar o ensino de programação de computadores que faz análises para ajudar a melhorar o desempenho dos alunos.

A Neemu nasceu dentro do IComp quando alunos de doutorado da Ufam usaram sua formação como pesquisadores para desenvolver novas tecnologias para comércio eletrônico. A empresa hoje tem suas soluções usadas em vários países da América Latina, nos Estados Unidos e na Inglaterra. 

“Esses casos representam alguns dos muitos exemplos de tecnologias que têm saído do IComp nos últimos anos. A tendência é que muitas novidades apareçam nos próximos anos, com avanços que devem ser cada vez mais visíveis para a sociedade”, disse Edleno.

A cultura empreendedora está se disseminando entre pesquisadores e alunos, o que potencializa a transformação de conhecimento em resultados práticos para a sociedade.

Dentro desse contexto, o IComp tem se preparado para exercer um papel relevante no processo, contribuindo com outras instituições para que a computação gere oportunidades de emprego no futuro por meio da transformação do conhecimento em ações empreendedoras que fortaleçam a economia.

De acordo com Edleno, o Instituto de Computação tem remodelado suas ações de formação nos níveis de graduação, mestrado e doutorado para que os alunos sejam preparados não somente para serem funcionários, mas também serem criadores de novos negócios na área de Computação. “Acreditamos que faz parte de nosso papel a preparação das pessoas para que possam desenvolver aqui sua vocação empreendedora, quando for o caso. Não é que todos os alunos formados no IComp vão se tornar empresários, mas precisamos prepará-los para tal oportunidade”, explicou o professor.

Por outro lado, o IComp prima pela excelência na formação dos seus alunos. Não é à toa que os cursos de graduação, mestrado e doutorado estão listados entre os melhores do país em avaliações realizadas pelo MEC. A formação sólida e o desenvolvimento de pesquisa de qualidade estão entre os pressupostos para a formação de gerações que possam realmente transformar nossa sociedade.

Desenvolvimento socioeconômico

A ciência pode ajudar muito no desenvolvimento socioeconômico do Amazonas e pode ser transformada em uma ferramenta para melhorar significativamente a vida das pessoas nas próximas décadas, na opinião de Edleno.

“Na Computação, em particular, pode-se citar exemplos que vão desde o desenvolvimento de novas tecnologias que podem ter impacto em áreas como Saúde, Educação e Segurança. Passam pela possibilidade do aprimoramento de sistemas governamentais para facilitar o dia-a-dia das pessoas e podem chegar à geração de empregos e riqueza de maneira significativa nas próximas décadas. Com certeza as pesquisas geradas em outras áreas também têm grande potencial, incluindo, por exemplo, a possibilidade do surgimento de vacinas e tratamentos para doenças e outros problemas de saúde regionais, o desenvolvimento de novos materiais, produtos farmacêuticos e cosméticos, dentre outros”, afirma o professor.

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