Odenildo Sena lança sua quarta obra “As mazelas do livro didático” na Faced

O lançamento aconteceu na manhã desta terça-feira no auditório da Faculdade de Educação e contou com a apresentação do Grupo de Canto Lírico da Ufam

Professor Odenildo Sena, no auditório Rio Alalaú, na FacedProfessor Odenildo Sena, no auditório Rio Alalaú, na FacedUm dos grandes nomes dos estudos da linguagem acaba de lançar mais uma obra. Odenildo Sena é professor aposentado da Ufam, doutor em linguística aplicada pela PUC-SP e figura de notoriedade nacional quando o assunto é fomento a políticas de amparo à pesquisa, foi diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM), chegando também ao posto de presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap).

Em sua mais nova obra, a quarta de sua carreira, Odenildo seleciona como objeto de análise um elemento crucial na formação e informação de jovens e adultos: o livro didático. “O livro no Brasil é um produto sempre muito caro, feito com produtos sofisticados, eles acabam chegando em poucas mãos (...) O livro didático é por excelência um instrumento político, porque expressa a visão de mundo”, comenta Odenildo durante conversa informal com o público que lotou o auditório Rio Alalaú da Faculdade de Educação (Faced).

Adepto e assumidamente apreciador de novas mídias, Odenildo falou sobre sua relação com mídias como Facebook e Twitter e como elas ajudam a construir uma nova maneira de pensar didática e linguagem. O autor comenta sua visão sobre o tema de maneira categórica. “Didática para mim se resume a possibilidades de intermediar com sucesso o processo de ensino e aprendizagem. Se a didática for exclusiva, ela cria alienados. Se ela for inclusiva, está contribuindo com certeza para um mundo melhor”, declara.

Para o autor, questões elementares devem ser contestadas e avaliadas nessas publicações tão importantes. “É incompreensível que ocorra ainda hoje num livro didático onde se busca incentivar estudantes a fazerem redações, por exemplo, colocar um soneto de Olavo Bilac para inspirar os alunos. Além de incoerente é até cafona”, revela o professor provocando risadas no público presente.

Abertura Musical

O Grupo de Canto Lírico da Ufam, com o professor João Gustavo Kienem ao pianoO Grupo de Canto Lírico da Ufam, com o professor João Gustavo Kienem ao pianoO Grupo de Canto Lírico da Ufam, coordenado pelo professor João Gustavo Kienem, se apresentou na abertura do evento. Com aplausos do público, os artistas apresentaram modinhas brasileiras e amazônicas através de duetos com acompanhamento do piano e violão. Segundo o professor a oportunidade de conexão com o Núcleo de Educação, Comunicação e Tecnologia (Educotec) faz todo o sentido. “Entendemos que a função da música não é decorativa, então, a gente costuma aceitar convites vindos daqueles professores que comungam conosco esse entendimento da essencialidade da obra de arte no mundo contemporâneo. Usá-la como ilustração ou preenchimento de espaços vazios não é do nosso interesse e sabemos do compromisso da professora Cláudia Guerra com a educação e a seriedade com que isso é feito”, conta o músico e professor se referindo a coordenadora do Educotec, responsável por promover o evento.

O coordenador do curso de Pedagogia da Ufam, professor Paulo Ricardo Freire, também esteve presente no lançamento e destacou o caráter didático e cultural do evento. “Precisamos criar conexões como essas formalmente. Trazer as diversas linguagens artísticas e culturais para dentro das discussões e eventos faz parte do plano de ações do departamento. É importante que sejam ações institucionais”, disse.

O Educotec em parceria com a coordenação do curso de Pedagogia realiza constantemente oficinas, eventos e debates. Além dessas ações, estão previstas atividades de resgate para um acervo da Faced.

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