Egresso do Curso de Ciências Econômicas da Ufam é aprovado em dois Mestrados na Alemanha

Graduação contribuiu para a aprovação em uma das 80 melhores universidades do mundo

Gabriel da Cunha Lins, 24, é formado em Ciências Econômicas pela Ufam desde 2014, e recentemente foi aprovado em dois mestrados na Alemanha: um em Economia e outro em Economia Internacional. Ele optou cursar o mestrado em Economia Internacional na Eberhard Karls University, considerada uma das 80 melhores universidades do mundo, segundo a Times Higher Education (2016), revista inglesa que publica artigos e notícias sobre a educação superior. Mas antes de alcançar a aprovação, Gabriel teve um longo percurso de estudos.

Trajetória acadêmica

Ainda no ensino médio Gabriel teve a oportunidade de conhecer a profissão de Economista através de uma palestra em sua escola. Em 2010, ele ingressou no curso de Ciências Econômicas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES). No período de 2011-2012, o acadêmico desenvolveu um projeto de Iniciação Científica (PIBIC), cujo título foi “A indústria de equipamentos e materiais médicos, hospitalares e odontológicos no Amazonas: caracterização e perspectivas”, sob a orientação do professor Mauro Thury de Vieira Sá.

Em 2014, ele concluiu a graduação com a monografia “Determinantes do Investimento Direto Estrangeiros (IDE) na América do Sul, no período de 2001 a 2011”, que logo depois foi indicada ao XII Prêmio Amazonas de Economia, do Conselho Regional de Economia (Corecon-Am), ficando em primeiro lugar na categoria Melhor Monografia do ano. (Clique Aqui). Posteriormente a monografia foi indicada ao Prêmio Brasil de Economia.

Eberhard Karls University, uma das universidades mais antigas da Alemanha. Foto: facebook.com/unituebingenEberhard Karls University, uma das universidades mais antigas da Alemanha. Foto: facebook.com/unituebingen

Pós-Graduação no exterior

Logo após a conclusão do curso de graduação, Gabriel foi morar na Irlanda com o objetivo de aprender o Inglês e estudar para as seleções de mestrado em Economia, oferecidas na Alemanha. Em 2015 decidiu morar em Berlim, capital, para se habituar a outro idioma: o Alemão. Após meses de estudos, Gabriel foi aprovado em junho de 2016 nos mestrados em Economia e Economia Internacional da Eberhard Karls University, uma das universidades mais antigas da Alemanha, localizada em Tübingen, ao sul de Stuttgart. Por lá estudaram oito ganhadores do Prêmio Nobel, nas áreas de Química, Física e Medicina.

Segundo Gabriel, a graduação na Ufam em Ciências Econômicas contribuiu para as aprovações. “A seleção dos candidatos para os mestrados tem como base fatores como currículo e matérias estudadas durante a graduação. Um dos fatores mais importantes foi durante a última etapa, na entrevista, quando fizeram perguntas sobre tópicos estudados na graduação. Graças a minha formação, consegui respondê-las”.

Gabriel optou pelo mestrado em Economia Internacional pois esta oferece mais oportunidades de trabalho. “Eu optei porque pretendo trabalhar na área de Investimentos Internacionais ou na área de Comércio Internacional. Vejo que com esse mestrado terei mais chances de trabalhar nessas áreas. São dois anos de estudos.”

Para quem pretende fazer uma pós-graduação fora do Brasil, o mestrando dá algumas dicas. “Primeiramente aprender inglês pois a maioria dos mestrados internacionais são nesse idioma. Segundo: muita coragem, principalmente pelo fato de ser um pais [Alemanha] completamente diferente (língua, cultura, pessoas). Então, deve-se ter mente aberta para se adaptar a tudo isso”. 

UFAM realiza pela primeira vez no Amazonas o IV Colóquio Regional de Linguística Aplicada

O IV Colóquio Regional de Linguística Aplicada (CRLA), realizado a cada biênio, teve a sua cerimônia de abertura realizada na quarta-feira (13), no Auditório Rio Solimões, localizado no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), setor Norte do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho.

Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o evento, que tem como tema “Linguística Aplicada e Formação de Professores: Múltiplas possibilidades para o profissional de línguas”, ocorre até a sexta-feira (15) com a realização de mesas-redondas, oficinas, sessão de pôsteres e palestras.

O Colóquio teve início com a mesa-redonda formada pela presidente da comissão organizadora, professora Martha de Faria e Cunha Monteiro; a vice-presidente da comissão, Fernanda Dias de Los Rios Mendonça; a presidente da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora Paula Tatianne Carréra Szundy; a diretora do ICHL, professora Simone Eneida Baçal de Oliveira; a diretora do Departamento de Programas Institucionais (DPI) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), professora Cássia Maria Bezerra do Nascimento; e a Coordenadora do PPGL, professora Maria Luiza de Carvalho Cruz Cardoso.

Segundo a professora Martha Monteiro, a realização do evento é fundamental para o Departamento de Letras. “Iremos fortalecer a área da linguística aplicada dentro do nosso PPGL, com isso entendemos que possuímos a dar uma contribuição cada vez maior, uma vez que a linguística aplicada pode ser entendida como uma prática transformadora", expôs.

Palestra

Com o auditório lotado, a palestra de abertura foi realizada pela professora Paula Tatianne Carrerá Szundy, com o tema “Formação de Professores e a Base Nacional Comum Curricular”, que tinha como proposta trazer a oportunidade para todos os presentes realizarem algumas reflexões em relação à BNCC, como é também chamada a Base Comum.

“É um grande desafio por ser um documento, uma política de ensino e aprendizagem relativamente nova”, relata a professora. “A Base Curricular estabelece objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, além de ter um caráter normativo, ela pretende se articular com Estados e Municípios, para a construção de currículos que sejam localmente relevantes”, declarou a palestrante.

A professora explicou que a BNCC está hierarquicamente submetida à Constituição Federal. “Ela não estipula um currículo, ela é um documento que pretende fornecer diretrizes curriculares”, afirma a docente. “Ela pretende influenciar o processo de formação de professores, de todas as áreas do conhecimento da educação básica; a política nacional de matérias e de tecnologias educacionais”, disse.

Após a palestra foi realizada a mesa-redonda formada pela professora Ana Lygia Almeida Cunha, da Universidade Federal do Pará (UFPA); e pela professora Hydelvídia Cavalcante de Oliveira Corrêa, da Ufam; encerrando as palestras do primeiro dia do CRLA.

Seminário discute elaboração de Base Nacional Comum Curricular

Universidade Federal do Amazonas e a Comissão Estadual de Mobilização para elaboração da Base Nacional Comum Curricular promovem Seminário com o objetivo de discutir e esclarecer proposta que irão compor uma base nacional da educação. O evento ocorreu nesta quinta-feira, 14, no auditório Rio amazonas, na Faculdade de Estudos Sociais. A cerimônia contou com a presença do pró-reitor de Ensino de Graduação, Lucídio Rocha, do pró-reitor adjunto de Ensino de Graduação, Nelson Noronha, do coordenador institucional do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Túlio Costa, da coordenadora estadual de Mobilização da Base Nacional Curricular, Vera Lúcia Lima e de professores representantes de áreas de ensino que formaram a mesa de abertura.   

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai instituir um núcleo comum nacional da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino médio. O modelo atual vai ser substituído por uma base nacional comum, dotada de fundamentos voltados para o desenvolvimento físico, intelectual e cidadania, desde infância até o Ensino Médio. A proposta vem sendo elaborada desde o ano passado, por determinação do Plano Nacional de Educação ao Conselho Nacional de Educação, e vem sendo construída pelas instituições de ensino estaduais, municipais, federais, conselhos e a comunidade. Após a elaboração da proposta (vai ser apresentada ainda em outro em seminário estadual) será produzido um relatório que em seguida vai ser encaminhado ao Ministério da Educação. O Plano Nacional da Educação determinou um prazo para que o Conselho Nacional de Educação estabelecesse uma base curricular nacional.  

A coordenação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) também foi convidada a participar da elaboração de propostas para a BNCC. O Programa possui 38 subprojetos abrangendo todas as licenciaturas da Ufam e tem como objetivo a formação de professores. “É importante a participação neste processo porque o PIBID está inserido na formação de professores. É o objetivo do Programa, formar profissionais que vão atuar no processo de ensino. Participar da elaboração das diretrizes que vão fundamentar o ensino é significativo para nós.”, disse o coordenador do PIBID, Túlio Costa.

“A Comissão Estadual de Mobilização é formada por todos os segmentos que participam da promoção da educação. A Base Nacional Comum Curricular vai ser um documento de referência para que as escolas façam seus Projetos Pedagógicos. Temos 38 licenciaturas que estão diretamente envolvidas na formação de professores para o Ensino Básico e é importante que estes profissionais saiam daqui conhecendo a Base Nacional. É fundamental que as coordenações dos cursos de Licenciaturas da Ufam ajustem seus projetos pedagógicos às novas configurações da Base Nacional Curricular”, explicou o pró-reitor adjunto de Ensino de Graduação, Nelson Noronha.

A coordenadora da Comissão Estadual de Mobilização, Vera Lúcia Lima, destacou que a Base Nacional vai definir objetivos de aprendizado ao estudante. “Vamos apresentar como ficou estruturada a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular, com as sugestões e críticas que foram feitas no portal (a primeira versão foi encerrada no dia 15 de março) e as alterações feitas pelos especialistas do MEC. Vamos ver o que foi sugerido nesta segunda versão. A BNCC, depois que for aprovada, vai definir o que o aluno brasileiro deve aprender em cada etapa do sistema de ensino. Vai estar definido o que o aluno tem que aprender. O aluno vai ter garantido o direito do aprendizado conforme as etapas do Ensino Fundamental e Médio”, destacou Vera Lima.

“Estamos realizando este evento com o objetivo de divulgar um encontro estadual que vai acontecer. Ainda estamos numa fase de construção da BNCC e vai ocorrer um seminário estadual e convocamos a comunidade da Ufam para participar”, disse o Pró-reitor de Ensino de Graduação, Lucídio Rocha. 

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