Feudan reúne cenário da dança em Manaus

Por Maria Carolina e Marion Litaiff
Equipe Ascom

A décima oitava edição do Festival Universitário de Dança (Feudan), organizado pelo Programa de Dança, Atividades Circenses e Ginásticas da Ufam (Prodagin), teve início no último sábado, 18, no Teatro La Salle, localizado no Bairro Dom Pedro. Foram 180 apresentações de mais de quarenta e cinco companhias de dança da cidade em três noites consecutivas de competição.

As performances foram avaliadas por uma Comissão Julgadora, composta por personalidades do meio artístico da dança. Os três primeiros colocados de cada categoria e estilo receberam medalhas e troféus. Já as três melhores coreografias na noite geral receberam prêmios em dinheiro. Além dos prêmios, as 25 melhores apresentações foram selecionadas para a Noite dos Campeões, que acontecerá no dia 29 de novembro, no Teatro Amazonas.

O Feudan começou no ano de 2000, como uma iniciativa da professora aposentada Chang Yen Yin e do egresso da Universidade, Daniel Coelho. De acordo com a professora Lionela da Silva Corrêa, professora da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff) e coordenadora do festival, “eles dois conseguiram fazer com que o Feudan se tornasse um grande evento de dança em Manaus. Hoje o evento é muito conhecido e muito esperado pela maioria das academias de Manaus. Este ano, as companhias de dança estão muito empolgadas, porque muitas delas nunca se apresentaram no Teatro Amazonas, então é uma expectativa de muitos”, disse a professora.

Participando pela companhia Ulisses Aquino, a bailarina Beatriz Paiva afirma ter se preparado com antecedência para competir. “Nós participamos do Feudan ano passado e foi uma experiência incrível. Este ano eu espero que seja melhor ainda, porque nos esforçamos bastante para que tudo saísse perfeito e para que os jurados gostassem muito.”

Os grupos participaram com coreografias em cinco estilos: Clássico e Neoclássico, Moderno e Contemporâneo, Danças Urbanas, Danças Populares e Jazz. Solos, duos, trios e conjuntos podem competir. As apresentações foram divididas em sete categorias classificadas por faixa etária: Baby, Infantil, Juvenil I, Juvenil II, Adulto, Avançado e Terceira Idade.

 

Selecionados para a Noite dos Campeões:

Academia de Dança Helena Ribeiro – Esmeraldas

Backstage Studio de Dança – Éon

Backstage Studio de Dança – Soft

Centro de Artes Irmã Iolanda Satuba – Arco Íris

Centro Educacional Santa Terezinha – Banho de Piscina

Centro Educacional Santa Terezinha – Meu Lugar é aqui

Centro Educacional Santa Terezinha – Noite Mexicana

Centro Educacional Santa Terezinha – Valerie

Centro Municipal de Arte Educação Nelson Neto – A Sevilhana

Cia de Dança Artes sem Fronteiras – Serpentário

Cia de Dança do Ventre Adriana Amazonas – Baladi

Coletivo Jazz – Café Paris

Escola de Dança Mônica Loureiro – Cinderela

Escola de Dança Mônica Loureiro – Pequeno Príncipe

Eu, Você e a Cultura – Dançando para quebrar regras

Holograma – Balé Negro

La Salle Cia de Dança – Carlitos

La Salle Cia de Dança – Obscuro

La Salle Cia de Dança – Só quero o Leve da Vida

La Salle Cia de Dança – Viagem as Centro da Terra

República da Dança – Pandora

Ritmos Pacheco do CMAE Anibal Beça – Ode a Habeas Corpus

The Fusion Norte Company – Liberdade

The Fusion Norte Company – No Romper da Madrugada

Ulisses Aquino Espaço de Dança – Um maluquinho no Pedaço

 

 

 

Professora Renilda Aparecida Costa recebe homenagem em sessão especial na Assembleia Legislativa

A Sessão Especial para homenagear o Dia da Consciência Negra foi proposta pelos deputados estaduais Alessandra Campelo, José Ricardo e Luiz Castro.

Apresentações culturais marcaram a Sessão Especial alusiva ao Dia da Consciência NegraApresentações culturais marcaram a Sessão Especial alusiva ao Dia da Consciência NegraPor Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam

Em sessão especial alusiva ao Dia da Consciência Negra, realizada no Plenário Ruy Araújo da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, na manhã desta terça-feira, 21, a professora  Renilda Aparecida Costa foi uma das nove homenageadas pelo destacado trabalho na área de Estudos Afro-indígenas.

Com uma agenda acadêmica que envolve o estudo de relações raciais e de educação no Brasil, a professora Renilda é docente do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-indígenas, vinculado ao Instituto de Natureza e Cultura (INC), unidade da Universidade Federal do amazonas (Ufam) no município de Benjamin Constant.

Ao destacar que a homenagem é bem-vinda, a pesquisadora ressalta que a condecoração é dirigida a toda Ufam. "Embora nosso trabalho não seja feito para recebermos homenagens, fiquei muito lisongeada. Escolhi o Amazonas como um lugar onde vou passar boa parte de minha vida e me sinto muito feliz em viver e realizar meu trabalho aqui. Quando li o convite da assembleia, vi que fazia alusão ao trabalho que tenho realizado ao longo de vinte anos, tanto no Amazonas, quanto no sul do país, mais especificamente no Núcleo de Estudos Afro-indígenas, vinculado ao Instituto Natureza e Cultura, e também ao trabalho desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura no Amazonas, mas entendo que a homenagem é de caráter institucional, pois sou ligada à Universidade Federal do Amazonas, com uma agenda acadêmica que envolve o estudo de relações raciais no Brasil, identidade nacional, religião de matriz africana e intolerância religiosa. Falo da importância dele e de outros trabalhos porque o não querer ver ainda é muito presente. Os trabalhos desenvolvidos, seja pelo Programa Sociedade e Cultura, seja pelos afro-indígenas ou pelos movimentos sociais ou comunidades tradicionais de terreiro têm esse escopo de trazer a contribuição do povo negro no Brasil e no Amazonas”, declarou a professora Renilda.

Professora Renilda Aparecida e demais homenageadosProfessora Renilda Aparecida e demais homenageadosHomenageados

Também receberam a homenagem, juntamente com a professora Renilda Costa, o coordenador do Fórum Permanente de Afrodescendentes do Amazonas, professor Gláucio da Gama Fernandes; o instrutor Regente do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro (unidade Parintins), Cícero Antônio da Silva; a coordenadora da Marcha das Mulheres Negras Francimar Santos Júnior; o mestre da escola Matumbé de capoeira, Luiz Carlos Bonates; o coordenador do Grupo de Capoeira Raízes José Roberto Rodrigues; a professora Arlete Anchieta e o zelador de umbanda Eliézio Pinheiro.

Discurso dos Propositores

Citando pesquisas e informações governamentais, a deputada Alessandra Campelo, uma das propositoras da homenagem, ressaltou que o preconceito ainda é uma realidade no Brasil. " Percebi, no Dia da Consciência Negra, com muita decepção, que as pessoas ainda questionam bastante a razão de se ter um dia para se refletir sobre a consciência negra. Parece que precisamos lembrar o óbvio, que o racismo deve ser combatido todos os dias. São muitas as pessoas que não reconhecem que o racismo existe em nosso país, embora a violência afete muito mais as pessoas negras. Como mulher, sei que sofremos violência, mas a mulher negra sofre ainda mais. A mulher negra é a maior vítima de mortalidade materna, de violência obstétrica. Elas são quase 70% das mulheres mortas por agressão, com duas vezes mais chances de serem assassinadas do que mulheres brancas. Dos desempregados em nosso país, 64% são negros; das pessoas que trabalham como domésticos, 66%. Como se pode dizer, então, que não existe racismo em nosso país e que não é necessário o dia da consciência negra? Então, como parlamentar, acho que temos pouco a comemorar e muito a trabalhar para criarmos oportunidades. Temos que ter políticas públicas de saúde, de juventude, para as mulheres, de combate à violência para a população amazonense e políticas específicas de igualdade racial. Não podemos negar a desigualdade racial que existe em nosso país e em nosso estado", ressaltou a parlamentar.

O deputado José Ricardo mencionou as matérias jornalísticas sobre o Dia Nacional da Consciência Negra e afirmou que tudo o que leu o levou a concluir que os avanços no combate ao racismo ainda são muito tímidos. "Avançou-se pouco. Ao consultar o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado à base de muita luta, percebemos que, da aprovação para cá, se formos olhar as políticas que foram implementadas no Estado do Amazonas realmente chegamos à conclusão de que são tímidas, muito tímidas. Agora, nesse momento em que se vai discutir o orçamento do Estado, seria o momento certo para definir prioridades e a alocação de recursos para garantir políticas afirmativas, política de direitos, as quais precisariam ser encaminhadas, não só pelo poder público, mas também através de parcerias com a sociedade civil. Queremos chegar a um dia em que não precisemos fazer mais manifestações desta natureza; que o preconceito seja apenas um triste episódio do passado.

O deputado Luiz Castro destacou que o Dia da Consciência Negra é indispensável para que as pessoas tenham consciência histórica das injustiças, não apenas do período da escravidão, como também do período subsequente, marcados pelo preconceito e pela discriminação. “Nós nos perguntamos onde está a paz, o amor e a caridade de uma sociedade que se diz cristã desde a chegada de Pedro Álvares Cabral até os dias de hoje, quando ainda assistimos a tanta violência, discriminação contra os terreiros de umbanda, contra as religiões de matriz africana que são assediadas por ameaças e ataques de pretensos cristãos, mesmo quando sabemos que Cristo não advogou esse tipo de atitude de violência e discriminação aos diversos modos de expressar a fé. Vivemos em uma sociedade que se declara cristã, ao mesmo tempo em que carrega enorme carga de preconceito. Quando se fala em dia da consciência negra, acompanhamos uma série de ataques. Fico impressionado quando perguntam por que temos que ter o Dia da Consciência Negra. Eu respondo enfaticamente que é para que tenhamos consciência histórica das injustiças, não apenas do período da escravidão, como também do período subsequente, do período da pós-escravidão, em que sobreviveram o preconceito e a discriminação”, ressaltou o deputado.

A Sessão Especial foi finalizada com apresentações culturais protagonizadas pelos homenageados.

Curso de Engenharia Florestal comemora 30 anos com promoção de Semana Acadêmica

Durante a solenidade de abertura do evento, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, foi homenageado pelos organizadores da Semana Acadêmica com placa comemorativa em reconhecimento a todo o apoio institucional voltado ao curso de Engenharia Florestal.

Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam

Até a próxima sexta-feira, 24, o curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Amazonas realiza sua semana acadêmica. A edição deste ano é alusiva aos 30 anos da graduação e tem o diferencial de promover a primeira edição da ExpoFloresta, iniciativa que reúne empreendedores do setor florestal em Manaus.

Durante a abertura do evento, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, destacou o caráter estratégico da área de Engenharia Florestal para a região amazônica e para o mundo. “Há trinta anos, sob liderança do reitor Roberto Vieira e do Conselho Universitário, criou-se o curso de Engenharia Florestal na Ufam. Estamos aqui celebrando toda uma trajetória que se ergueu, mas sabemos que 30 anos não podem significar que chegamos a um patamar de estabilidade, mas sim que temos novos desafios. Por exemplo, atualmente, na Ufam, debatemos para que a questão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) seja resolvida. Para tal, a contribuição dos profissionais de Engenharia Florestal é indispensável. Este é apenas um exemplo de desafio para a área de Engenharia Florestal, um campo que possui inúmeras possibilidades, sem contar que estamos na Amazônia, uma região estratégica para a humanidade e para os profissionais da área de vocês. Logo, preparem-se para os próximos trinta anos; para que os desafios que se apresentarem sejam colocados em uma perspectiva global e não apenas em uma agenda regional. O desafio é enorme. Aos professores que tem a missão de ensinar, transmitir, pesquisar, nossos parabéns pela dedicação, empenho para que pudéssemos comemorar tantas conquistas ao longo de três décadas”, discursou o reitor.

Alunos, professores e demais pesquisadores prestigiaram a abertura do eventoAlunos, professores e demais pesquisadores prestigiaram a abertura do evento

Egresso da terceira turma do curso de Engenharia Florestal, o coordenador geral do evento, professor Francisco Tarcísio Moraes Mady, agradeceu o empenho de todos os organizadores da Semana Acadêmica. "Esse evento é fruto de seis meses incessantes de trabalho. Foram realizadas mais de trinta reuniões para preparar a nossa Semana Acadêmica e conseguimos trazer os melhores pesquisadores da área, que vieram de várias partes do país. Todas as pessoas que estão aqui são muito importantes. Eu teria centenas de coisas para falar mas, em resumo, apenas desejo que seja um bom evento para todos. Aproveitem a programação que preparamos com tanto carinho”, ressaltou o professor.

O chefe do Departamento de Ciências Florestais, professor Nabor da Silveira Pio, destacou conquistas do curso e a necessidade de investimento contínuo. “Acompanhei de perto o grande esforço do professor Tarcísio e dos nossos alunos para a realização desse evento. São trinta anos de Engenharia Florestal e eu sou um dos egressos do antigo convênio com a Universidade Federal do Paraná, que antecedeu a criação do curso de Engenharia Florestal na Ufam. Ainda hoje, parte do nosso Departamento segue a perspectiva visionária do reitor Roberto Vieira. Já criamos um curso de Mestrado; melhoramos a infraestrutura mas precisamos de mais recursos para fortalecer nossas ações, investir em química fina, em nanotecnologia para continuar a construir uma história bem-sucedida”, enfatizou o docente.

O Secretário de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e diretor do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (IPAAM), Marcelo Dutra, destacou que é uma honra voltar à Ufam e contribuir com os debates da área. “Acabei de sair do doutorado aqui no Centro de Ciências do Ambiente e é muito bom retornar à Ufam e poder contribuir com debates tão importantes. Ao assumir a Secretaria, há cinco semanas, o primeiro convite que estava na minha mesa era o desse evento e estou aqui por considerar que a Engenharia Florestal é um curso em ascensão e está inserida na pauta ambiental planetária e temos muito conhecimento a construir em parceria”, declarou o Secretário de Meio Ambiente.

Reitor Sylvio Puga foi homenageado durante a abertura do eventoReitor Sylvio Puga foi homenageado durante a abertura do evento

A Vice-diretora da Faculdade de Ciências Agrárias, professora Maria Tereza Lopes “Para a Faculdade de Ciências Agrárias é uma honra recebê-los neste evento. Também desejo parabenizar a coordenação do evento que, para mim, atingiu uma dimensão muito grande maior do que eu esperava. Estou muito feliz em ver a dedicação de nossos professores, de nossos estudantes e parceiros na realização desta semana acadêmica, que é de suma importância para a nossa Faculdade” declarou a gestora.

A coordenadora do curso de Engenharia Florestal, professora Narrúbia Martins, enfatizou a alegria de ver tantos pesquisadores da área contribuindo com a Semana Acadêmica. “É uma grande satisfação tê-los nesta semana festiva que encerra nossas comemorações de 30 anos do curso. Nosso corpo docente é formado por vários egressos. Agradeço também a presença de tantos pesquisadores que vieram até aqui para colaborar com o evento. É uma grande honra recebê-los aqui. Nossos agradecimentos a todos que se empenharam bastante”.

Após os discursos, o reitor da Ufam foi homenageado pelos organizadores do evento com uma placa alusiva aos trinta anos do curso de Engenharia Florestal. Os docentes de Engenharia Florestal ressaltaram o irrestrito apoio institucional às iniciativas do curso.

Conferências científicas com pesquisadores do Brasil e do exterior; minicursos; apresentações orais de pesquisas, eventos culturais integram a programação do evento, que acontece na Faculdade de Ciências Agrárias até a próxima sexta-feira, 24 de novembro.

Confira notícia relacionada em 

Curso de Engenharia Florestal comemora 30 anos com semana acadêmica entre os dias 21 e 24 de novembro

  

 

 
 
BCMath lib not installed. RSA encryption unavailable