Progesp divulga prazo para solicitação de contratação de professor substituto 2018/2
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), por meio da Coordenação de Recrutamento e Seleção, informa que o prazo para solicitação de contratação de professor substituto será de 24 de abril a 04 de maio. As unidades devem preencher o formulário atualizado e anexar a documentação solicitada. Solicitações extemporâneas ou preenchimento incompleto do formulário não serão aceitos.
Para adiantar a análise, os processos também poderão ser enviados via Google Drive pelo link: https://goo.gl/J94YRh, conforme orientações no calendário anexo (é necessário entrar com usuário da sua conta do Gmail).
Para efetivação do pedido, é obrigatório o envio do processo físico à Progesp até o prazo final.
Informações: (92) 3305 - 1181 / Ramal 1487
Curso 'Gestão para Aposentadoria de Servidores Públicos' aborda aspectos previdenciários e psicossociais
O curso 'Gestão para Aposentadoria de Servidores Públicos', que integra o projeto 'Prepara Ufam para a Aposentadoria', teve início nesta segunda-feira, 23, na sala de Treinamentos da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp). O objetivo é orientar o servidor que está em processo de aposentadoria para os aspectos previdenciários e psicossociais, visando à reflexão e troca de experiências significativas. O curso se estende até sexta-feira, 27.
A coordenadora da Coordenação de Desenvolvimento Social da Progesp, psicóloga Roberta Vieira, informa que dentro da programação de política de atenção ao servidor, a Progesp promove o curso pensando nos servidores em processo de aposentadoria. Vieira diz que esse momento é único na vida do servidor que perpassa por uma escolha individual para realizar o curso: "Nem todos os servidores que estão realizando o curso vão se aposentar, podendo escolher outro momento para fazer isso, mas, no curso, eles podem se preparar para quando chegar essa mudança na vida laborativa", comenta.
Dentre as abordagens a serem discutidos durante o curso, estão aspectos que envolvem questões financeiras, re-significado do trabalho, o cuidado com a saúde física e mental, assim como o entendimento das políticas e legislações voltadas a essa área especifica.
Vieira acredita que para o servidor é importante pensar nesse momento. A coordenadora acredita que apesar das dificuldades de sair das atividades diárias, o servidor deve disponibilizar um tempo para isso. Segunda ela, o conhecimento desenvolvido no curso auxilia na passagem para aposentadoria, uma vez que, para algumas pessoas, a aposentadoria é motivo de sofrimento psíquico que, em algumas casos, leva à depressão.
A professora do curso de Psicologia, Ana Cláudia Leal Vasconcelos, aborda nesse primeiro contato atividades voltadas à centralidade do trabalho, pensando em estratégias de vida após a aposentadoria que, em muitos casos, é visto como um momento trágico.
Para a servidora Rosana Gurgel do Amaral, bibliotecária, admitida em 1991, a relevância da realização do curso está no intuito de esclarecimento das questões de aposentadoria e como se preparar emocionalmente para essa nova etapa da vida. Ela acredita que o curso demandará conteúdos importantes que a motivarão cada vez mais a enfrentar esse momento da vida: "A gente ouve muitas conversas em que servidores aposentados caem em depressão. O que eu quero é desmitificar essa ideia e colocar em prática todo o conhecimento que irei adquirir no curso", disse a servidora.
Ufam protagoniza debate sobre o Desenvolvimento Sustentável em Fórum Permanente
Fórum discute possibilidades de desenvolvimento para o Amazonas a partir de diferentes temáticas“A bioeconomia - a economia verde - é o futuro para complementar as cadeias produtivas ora estabelecidas no PIM”, afirma Osíris Silva, ao destacar a função das entidades de ensino, pesquisa e desenvolvimento na busca de superar os desafios regionais
Em apresentação repleta de indicadores atuais sobre a economia local e regional, o economista, empresário, escritor e ex-gestor público Osíris Silva expôs a membros da comunidade universitária e externa sobre o tema ‘Desenvolvimento Sustentável para o Estado do Amazonas – prioridades, obstáculos e mudanças necessárias’. A exposição, realizada na quinta-feira, 19, foi o ponto de partida para o debate promovido pela Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (Proext/Ufam), no Fórum permanente.
Ao apresentar a metodologia de trabalho, o pró-reitor de Extensão, professor Ricardo Bessa, orientou os participantes sobre a riqueza de se propor uma tese, que depois será enfrentada pela antítese, culminando na síntese do tema em discussão. “Este é um lugar que a Universidade deve assumir, porque o nosso papel é promover o debate, fomentar a discussão e propor as soluções”, apontou ele, ao exemplificar sobre a necessidade de se criar cursos voltados à expertise regional, como as graduações em piscicultura, engenharia naval e medicina fitoterápica, que o professor utilizou como exemplos.
Egresso da Ufam há quase 50 anos, Osíris Silva apresentou dados que reforçam a indispensabilidade de aproximação entre a academia e a sociedade. Segundo argumentou, investir em ciência, pesquisa, desenvolvimento e inovação é o caminho eficaz para superar os desafios do modelo atual, este altamente dependente do Polo Industrial de Manaus (PIM), no âmbito de atuação da Zona Franca de Manaus (ZFM). “A bioeconomia - a economia verde - é o futuro para complementar as cadeias produtivas ora estabelecidas no PIM. E a Universidade, assim como os centros de pesquisa, é fundamental nessa trajetória”, afirmou Osíris.
Desafios e Perspectivas
Exposição abordou aspectos históricos, além de apresentar o atual cenário da economia e as alternaticas de diversificação da cadeia produtivaJá dando início à exposição, o orador fez breve incursão histórica sobre a evolução da Economia no Amazonas, a qual, antes da década de 1970, era caracterizada como coletora-extrativista. “Alguns dos principais produtos eram madeira, couro, copaíba, andiroba, castanha do Brasil e peixes. Tratava-se de um extrativismo puro, sem caminhos alternativos para seguir”, destacou.
Ao tratar da Zona Franca, Osíris levou dados comparativos atuais, com destaque para os resultados entre os anos compreendidos entre 2013 e 2017, demonstrando a alta concentração de renda na capital amazonense, o que, conforme explicou, gera forte dependência do setor industrial. “Essa questão precisa ser absolutamente valorizada, porque apenas seis cadeias produtivas abarcadas pelo PIM respondem por 87% do PIB (Produto Interno Bruto) de todo o Amazonas”, enfatizou.
Ele revelou indicadores do PIM, como a redução de importação de insumos, que foi $$ 12 bi em 2013 e caiu para pouco mais de $$ 7 bi em 2017, e a queda da exportação de produtos, que foi de $$ 862 bi, em 2013, para $$ 479 bi, no ano passado. Em relação ao faturamento, a redução foi de $$ 38.50 bi, em 2013, para $$ 25,58 bi, em 2017.
“Ora, aqui não há produção agrícola apta a compensar essas perdas”, disparou, ao mencionar, ainda, a queda da quantidade de mão de obra absorvida no Polo Industrial: a redução registrada foi de 121.631, em 2013, para 87.070, em 2017. “Esses quadros não serão recompostos, principalmente em decorrência dos investimentos das empresas em automação, o que ainda reduz custos. Com menos pessoas se produzi muito mais”, disse. “O problema da Zona Franca foi o modelo e a falta de ajustes”, completou o orador.
Prosseguindo na alusão a informações de pesquisa, Osíris Silva informou: “Temos sim espaço para a produção agrícola. 54,73% do território amazonense é Unidade de Conservação Federal ou Estadual ou ainda terra indígena. Excetuando as áreas de reserva legal, ainda nos restam cerca de nove milhões de hectares que podem ser utilizados por esse setor”, expôs, lamentando o pouco investimento em pesquisa na área, como o caso do desenvolvimento de sistemas produtivos que levem em conta os aspectos locais.
Sessão reuniu pesquisadores, discentes e gestores públicosPor fim, foram apresentados temas como o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), que se resume a indicativos estratégicos de ocupação e uso do território em bases sustentáveis. Ou seja, é uma forma de definir as vocações de cada mesorregião, o que proporcionaria a realização de investimentos canalizados. “Quando falamos em revolução tecnológica, não é só no PIM, mas no setor de produção de alimentos ou no ramo de ecoturismo”, exemplificou o expositor, de uma perspectiva ampliada para o desenvolvimento regional.
Sobre o orador
Osíris Messias Araújo da Silva é natural de Benjamin Constant, é economista pela Universidade do Amazonas, turma de 1969, e consultor de empresas, sendo responsável técnico, desde 1972, por mais de 100 projetos de implantação na ZFM. É ex-secretário municipal de Economia e Finanças (1983-1986) e ex-secretário da Indústria, Comércio e Turismo e ex-secretário da Fazenda do Amazonas (1987-1991). Exerceu os cargos de presidente do Conselho de Administração do Banco do Estado do Amazonas, representante substituto do governador do Estado perante o Conselho de Administração da Suframa (CAS) e da Sudam (CONDEL).
Além disso, é empresário do ramo de produção agrícola e presidente da Associação Amazonense de Citricultores (Amazoncitrus), fundada em 1993. Desde 2009, é articulista econômico, abordando questões de desenvolvimento regional, Zona Franca de Manaus, política industrial e do setor primário, meio ambiente e sustentabilidade. É autor dos livros ‘Pan-Amazônia - Visão Histórica, Perspectivas de Integração e Crescimento’, de 2015; e ‘Economia do Amazonas - Visões do Ontem, do Hoje e do Amanhã’, de 2016.