Progesp encerra expediente às 14h, desta sexta, 13
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) informa à comunidade universitária que em virtude da reforma que vem ocorrendo em sua estrutura física, o atendimento ao público nesta sexta-feira (13) encerra às 14hs para organização interna dos materiais.
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Observatório da Violência de Gênero no Amazonas apresenta resultados em Benjamin Constant
Na sequência, bolsistas e voluntárias do Programa relataram sua participação nas oficinas e campanhas de prevenção promovidas. Guismar Lira, discente de Antropologia, destacou a campanha “Eu não voto em quem bate em mulher” promovida em 2012 e 2014, durante o processo eleitoral, como estratégia para provocar o debate sobre a necessidade de promoção de políticas públicas para o enfrentamento à violência contra mulheres. As estudantes Evandrícia Maia e Nádia Guedes, do curso de Licenciatura em Biologia e Química, mencionaram como a formação em licenciatura agregou ao Programa de Extensão novas técnicas para a promoção de oficinas, especialmente com crianças e adolescentes. Para Itaciara Bittencourt, do curso de Ciências Agrárias e do Ambiente, que pesquisa a comercialização de produtos agrícolas no mercado municipal de Tabatinga, a experiência permitiu refletir sobre a participação das mulheres na agricultura familiar e compreender as relações de solidariedade e poder forjadas no contexto das feiras. Taíne Teixeira e Rizonete Gomes apresentaram os projetos de pesquisa desenvolvidos na iniciação científica e para o trabalho de conclusão de curso, respectivamente. Para ambas, o processo de formação vivenciado no Programa contribuiu para aprimorar sua formação acadêmica, mas sobretudo para sua formação política e cidadã.
Ainda pela manhã, a segunda parte do Seminário foi conduzida pela Profa. Flávia Melo, coordenadora do Programa, que apresentou indicadores de resultados qualitativos e quantitativos. Durante os três anos de existência, o programa de extensão visitou 14 (catorze) cidades das regiões do Alto Solimões (Atalaia do Norte, Amaturá, Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tabatinga e Tonantins) e Baixo Amazonas (Parintins, Maués, Barreirinha, Nhamundá, Boa Vista do Ramos). As ações do Observatório alcançaram diretamente cerca de mil pessoas entre lideranças de organizações de mulheres; profissionais das redes públicas de educação, saúde, segurança pública e assistência social; gestores municipais; crianças, adolescentes e idosos; e a comunidade acadêmica regional. A atuação do Programa de Extensão Universitária no fomento à políticas públicas para equidade de gênero e fortalecimento do controle social, também foi mencionada: assento em conselhos municipais de direito e câmaras técnicas; apoio a elaboração de projetos de leis para criação de conselhos de direitos das mulheres e apoio a elaboração de projetos de políticas públicas.
No entanto, o principal destaque do dia foi para a atuação do Programa na área da pesquisa. A coordenadora explicou ao público o processo de coleta e tratamento de dados que preconizou o banco de dados criado pelo Observatório. Após dois anos de coleta, o programa organizou um banco com cerca de 11mil registros, oriundos do boletins de ocorrência das delegacias de polícia das 14 cidades visitadas. As informações produzidas permitirão compor um perfil da violência notificada e compreender melhor a dinâmica da violência de gênero nas regiões do Alto Solimões e Baixo Amazonas. Trata-se de trabalho inédito e de suma importância, ainda em processo de conclusão, desenvolvido em parceria com o Laboratório de Estatística sob a coordenação do Dr. James Dean Júnior (DE-ICE-UFAM).
Atualmente, o Programa integra importantes redes de pesquisa como a equipe do projeto de pesquisa “(In)segurança na fronteira: sobre como os moradores de Tabatinga falam do perigo e da violência na Tríplice Fronteira Amazônica - Brasil, Colômbia e Peru” (CNPq), coordenado pelo Dr. Luiz Fábio Silva Paiva, do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará.
*Texto enviado pela Prof.ª M.Sc. Flávia Melo da Cunha (INCBC/UFAM), e adaptado pela Ascom-Ufam
Sobre o Observatório da Violência de Gênero no Amazonas
Criado em 2012 como Observatório da Violência contra Mulheres no Alto Solimões/AM, o Programa de Extensão Universitária Observatório da Violência de Gênero no Amazonas (Resolução nº. 021/2013 CEI/PROEXTIUFAM) atua em três unidades acadêmicas da Universidade Federal do Amazonas: Instituto de Natureza e Cultura/Benjamin Constant, Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia/Parintins e Instituto de Ciências Exatas/Manaus. O Programa desenvolve ações de ensino, pesquisa e extensão na área dos Estudos de Gênero e Violência em interface com outros campos de conhecimento como Direito, Políticas Públicas, Serviço Social, Saúde Pública, Estatística e Arquivologia. Dedica-se também a análise de percepções locais das violências e ao diagnóstico da violência contra mulheres no Amazonas por meio dos registros policiais das agências de segurança pública.
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