II Simpósio Amazônico sobre Políticas Públicas em Educação tem encerramento com saldo positivo

O II Simpósio Amazônico sobre Políticas Públicas em Educação encerrou-se na tarde desta quarta-feira (18), com um painel de apresentações de comunicações orais, no Auditório Rio Alalaú, Setor Norte da Universidade Federal da Amazonas (UFAM).

A programação começou às 14h, com a apresentação de resultados de pesquisas e propostas na área da educação. As comunicações foram apresentadas em três eixos distintos, sendo eles: Eixo 1 – Estado, Sociedade e Políticas Educacionais; Eixo 2 – Plano Nacional da Educação e; Eixo 3 – Cidadania, Educação, Inclusão Social e Direitos Humanos.

A professora Maria das Graças Sá Peixoto foi responsável pela comunicação sobre "O direito à educação e qualidade social da educação indígena" e comentou o desempenho dos dois dias de simpósio. "A educação indígena tem que ter um escola diferenciada específica, com tecnologias, currículo apropriado, formação de professores, etc.", explicou. "O evento foi uma grande oportunidade para debater o PNE, neste e em outros contextos", concluiu.

Segundo a diretora da Faculdade de Educação (Faced/UFAM), professora Selma Baçal, comentou que o saldo do II Simpósio foi positivo. "A abertura do evento demonstrou que existe no Amazonas um público muito atento", ressalto ao lembrar que o público lotou os lugares da Auditório Eulálio Chaves no Setor Sul da universidade. "Estamos muito felizes com o sucesso do evento e estamos nos organizando para daqui a 2 anos realizarmos o III Simpósio", destacou.

Ao final da cerimônia, um grupo feminino de violonistas dos Centro de Artes da Universidade do Amazonas (CAUA) apresentou um repertório especial para o encerramento. 

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Biblioteca Setorial do Setor Sul estará fechada no dia 19 de novembro

A Biblioteca Central da Universidade Federal do Amazonas (BC/UFAM) informa que no dia 19, a Biblioteca Setorial do Setor Sul (BSSS) estará fechada para a dedetização do local.

`Religião, Diversidade e Estado Laico´ no terceiro dia da Semana da Consciência Negra na UFAM

Como parte da programação de temas que refletem sobre o Dia da Consciência Negra no Amazonas – comemorado no dia 20 de novembro -, na manhã desta quarta-feira (18), o Instituto de Ciências Humanas e Letras foi palco da mesa-redonda `Estado Laico, Intolerância e Diversidade Religiosa´.

Como debatedores, estiveram o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, o deputado estadual José Ricardo Wendling; o coordenador do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnoracial do Amazonas (Fopeder-AM), Gláucio da Gama Fernandes; e o professor da Secretaria de Estado de Educação, Francisco Palheta. Os debates foram coordenados pela psicóloga da Secretaria de Estado de Assistência Social, Fabiana Saunier.

Gláucio da Gama destacou que “a sociedade brasileira, em especial amazonense, precisa aprender a dialogar mais com os diversos credos religiosos, e não apenas com um, como se este fosse o dominante”. Ele também ressaltou que o dia da Consciência Negra é um momento de reflexões e debates, antes inviabilizados durante séculos sob a justificativa de que não havia negros no Amazonas. “E hoje temos as comunidades quilombolas, povos do terreiro, da capoeira, da juventude do hip-hop. Nós existimos, e estamos presentes”, sublinha Gláucio.

O estado laico e o ensino religioso na educação básica foram questões levantadas pelo professor da Seduc, Francisco Palheta. Segundo ele, “o Estado é laico mas não averso à profissão religiosa de ninguém. Logo deve possibilitar o exercício da religiosidade das pessoas, promovendo o conhecimento religioso através do ensino na escola”.Da esquerda para direita, palestrantes: deputado estadual José Ricardo, Fabiana Saunier, Gláucio Fernandes, e Francisco PalhetaDa esquerda para direita, palestrantes: deputado estadual José Ricardo, Fabiana Saunier, Gláucio Fernandes, e Francisco Palheta

Ainda para Francisco, o ensino religioso é uma disciplina constitucional que atende a pluralidade religiosa do Brasil. Mas no Amazonas, as pesquisas sobre a religiosidade regional ainda estão em fase embrionária. “Mesmo assim, a Seduc tem trabalhado em abrir sua proposta pedagógica para que o ensino religioso atenda a diversidade religiosa da região, e, sobretudo, dos profissionais da educação. O fenômeno religioso no Amazonas é criativo e em constante transformação”.    

A religião na política foi comentada pelo deputado estadual José Ricardo Wendling. Para o parlamentar, existe certo entrave em discutir religião entre os políticos pois cada um tem convicções religiosas claras. E na própria Comissão que ele preside, há longas discussões desse tipo. A solução é “trabalhar os direitos humanos na família, na escola, na faculdade, em todos os ambientes. Temos que estudar, conhecer a prática religiosa do outro antes de debater. Isso evita a intolerância”, enfatiza o Deputado.                 

Os temas da mesa-redonda fazem parte do evento `Dia da Consciência Negra: negros do Amazonas e as políticas públicas brasileiras´, organizado pela Pró-reitoria de Extensão, por meio do programa Nossa África, Departamentos de Antropologia e História da UFAM, Movimento Negro do Amazonas, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Estado de Educação e Secretaria Municipal de Educação. 

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