Mesa de aberturaA Semana de Serviço Social, com o tema "Política Pública na Amazônia",  teve a abertura realizada na noite desta terça dia 12, no auditório Rio Solimões do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Realizado pelo Centro Acadêmico de Serviço Social (CASSA) e pelo Departamento de Serviço Social (DSS) da Ufam, o evento tem como objetivo promover uma reflexão sobre a formação e atuação profissional vinculadas a realidade amazônica além de incentivar a participação dos discentes em discussões acerca de temáticas pertinentes ao serviço social.

A Semana Acadêmica ocorre até a quinta-feira (14) e terá a presença de profissionais renomados em mesas redondas e oficinas que tratarão de politicas especificas, como assistencia, áreas juridicas, movimentos sociais com o intuito de debater como essas políticas são desenvolvidas na amazonia

Na avaliação de uma das coordenadoras, aprofessora Cristiane Bonfim Fernandez, o evento é de suma importância para os futuros profissionais de serviço social que em sua prática formularão, executarão e avaliarão politicas públicas, "promover uma reflexão sobre políticas locais contribui muito para que a formação deles seja ampliada e aprofundada".

A solenidade de evento teve início com a mesa composta pelas professoras Hamida Assunção Pereira, chefe de departamento de Serviço Social; Roberta Ferreira Andrade Coelho, coordenadora do Curso de Serviço Social (Vespertino); Katia de Da esq. para dir. As professoras Cristiane Bonfim (Ufam) e Denise Bomtempo (UnB)Araújo Lima Vallina, coordenadora do Curso de Serviço Social (Noturno); Débora Cristina Bandeira Rodrigues, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS); Simone Eneida Baçal de Oliveira, Diretora do ICHL e a representante do Centro Acadêmico de Serviço Social, Alessandra Rodrigues dos Santos. 

Em seguida a professora Denise Bomtempo Birche de Carvalho da Universidade  de Brasília (UNB) fez a conferência de abertura com o tema Serviço Social e Politicas Públicas, abordando o assunto de uma forma histórica seguindo a sua trajetória de formação como assistente social, planejadora, executora, avaliadora de políticas sociais em várias áreas e como docente. "É importante vivenciar a realidade e as experiências de outros estados, de outros pesquisadores, propondo aos estudantes uma formação critica ampla, aliando teoria e prática a partir da experiencia vivida", afirma.  

Trabalho está na programação do 11º Seminário DOCOMOMO Brasil, evento que reúne pesquisadores envolvidos com o reconhecimento, preservação e valorização das criações do Movimento Moderno na arquitetura, no urbanismo e em manifestações afins

Da esq. para dir. Vasilka Espinosa, professor Marcos Cereto e Luiza SantosO Curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufam irá apresentar em Recife, Pernambuco, no dia 20 de abril, um artigo sobre duas casas projetadas pelo arquiteto Severiano Mário Porto, para a sua família, em Manaus. O artigo está na programação do 11 º Seminário DOCOMOMO Brasil, evento que reúne a cada dois anos, desde 1995, pesquisadores, profissionais e estudiosos envolvidos com o reconhecimento, preservação e valorização das criações do Movimento Moderno na arquitetura, no urbanismo e em manifestações afins. Na edição de 2016 serão debatidas as múltiplas dimensões dos movimentos artísticos, estéticos e culturais que contribuíram no processo de modernização do Brasil e da sua sociedade. 

O artigo `Recife, 1762 e 1435: considerações sobre a permanência e o transitório nas duas casas de Severiano Porto´  é um recorte do projeto de pesquisa “Severiano Porto e a arquitetura moderna na Amazônia” do professor Marcos Paulo Cereto, e foi produzido pelos alunas voluntárias do projeto, Luiza Santos e  Vasilka Espinosa, ambas do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Tecnologia.

A publicação faz uma análise de duas casas projetadas por Severiano Porto em 1967 e 1971, já demolidas, que representaram um importante capítulo na história da modernização da arquitetura na Amazônia. As casas estavam localizadas na rua Recife, números 1762 e 1435. A primeira apresentava características de moradia transitória, e a segunda, de permanência.

Como parte da análise, as alunas realizaram o redesenho e a modelagem tridimensional das casas, que permitiram a preservação digital das obras. Segundo Luiza e Vasilka, a escolha das casas foi relacionada ao pouco conhecimento que se tem delas, e também por não existirem mais, dificultando, assim, o conhecimento. “Nosso objetivo é de valorização das obras arquitetônicas de Severiano, pelo fato de serem excepcionais e conseguirem amalgamar a cultura local, as técnicas rudimentares e por levar em conta o clima ao projetá-las”.

Casa Cafundó na Rua Recife, 1762

Levantamento do material

Para se chegar ao redesenho e modelagem tridimensional das casas, as estudantes buscaram fotos raras dos imóveis na internet. Algumas eram de baixa qualidade, o que impediu as discentes de alcançar uma escala mais real ao redesenhá-las. Outra fonte foi através do acesso que o professor Marcos Cereto, orientador das alunas, tinha ao acervo pessoal de Severiano, localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj). Com isso as estudantes tiveram a oportunidade de conhecer fotos dos projetos das casas, com informações mais precisas quanto às medidas.

Primeiro artigo

A produção do artigo `Recife, 1762 e 1435: considerações sobre a permanência e o transitório nas duas casas de Severiano Porto´ foi o primeiro produzido pelas estudantes Luiza e Vasilka, sob a orientação do professor Marcos Paulo Cereto.

O trabalho das estudantes foi apresentado no I Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia realizado em fevereiro na Ufam. A aprovação e apresentação do artigo no 11º Seminário DOCOMOMO Brasil em Recife, Pernambuco, é a oportunidade dos autores de darem mais visibilidade ao artigo, ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufam e ao legado de Severiano Mario Porto na Amazônia.

Casa na Rua Recife, 1435

“Essa publicação e participação do seminário possui grande peso em nossa vida acadêmica, permitindo, futuramente, maiores possibilidades para ingressar em algum possível mestrado. O outro objetivo é levar o conhecimento sobre Severiano Mario Porto  e suas obras para toda a comunidade científica.

Quanto ao nosso curso, esse tipo de produção científica é muito importante para sua autoafirmação. Por ser um curso novo, poucas chances têm sido oferecidas para os alunos adentrarem em projetos de pesquisa como o nosso.  E através da divulgação do nosso trabalho acredito que o interesse dos alunos possa crescer e levar a possíveis novas pesquisas”, afirmam Luiza e Vasilka.

O artigo está disponível neste endereço eletrônico e será apresentado no dia 20 de abril, na Sessão Moradas. Antes desse artigo, um outro será apresentado no dia 18 pelo professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufam, Roger Pomponet da Fonseca, com o tema Affonso Eduardo Reidy e a relação com o engenheiro Emílio Henrique Baumgart: o caso do Albergue da Boa vontade, 1931. O artigo faz parte da Sessão Discurso e Técnicas Construtivas.