VII SEMCINAT e 29ª SEMBIO iniciam atividades na Universidade Federal do Amazonas

Semanas acadêmicas prestam homenagem aos 50 anos do curso de Ciências Naturais na UFAM

Mesa de abertura das Semanas Acadêmicas do ICBMesa de abertura das Semanas Acadêmicas do ICBNa tarde desta segunda-feira (21), foram abertas as Semanas Acadêmicas do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), que reúnem os cursos de Ciências Biológicas e Ciências Naturais da UFAM – a 29ª SEMBIO e a VII SEMCINAT, respectivamente. Os eventos fazem parte da celebração do Jubileu de Ouro de Ciências Naturais na Universidade.

A solenidade começou com uma apresentação do grupo de Canto Lírico da UFAM, comandado pelo professor João Gustavo Kienen. Em seguida, compuseram a mesa de abertura: o Pró-Reitor de Extensão (Proext), professor Luiz Frederico Mendes dos Reis Arruda; a diretora do ICB, professora Sônia Maria da Silva Carvalho; a professora Maria das Neves Silva Viana, coordenadora da SEMBIO; o professor Marcelo Menin, vice-coordenador da SEMBIO; a professora Ana Claudia Maquiné Dutra, coordenadora da SEMCINAT e do ENECINA; o discente Yago Vinícius dos Santos, presidente do Centro Acadêmico de Biologia (CABio); e o discente Manuel Santiago de Souza Neto, presidente do Centro Acadêmico de Ciências Naturais (Cacien).

Representando a administração superior da Universidade, o pró-reitor Frederico Arruda expressou a satisfação de ver eventos como a Semana Acadêmica serem realizados na instituição e elogiou a organização dos estudantes. “O esforço dos alunos para que este evento aconteça é memorável. Grande parte do que a Universidade tem a oferecer é construído pelos acadêmicos. Eles têm iniciativa e conseguem se organizar de forma impressionante. Tenho certeza que o evento trará grandes resultados”, afirmou.

Grupo de Canto Lírico da UFAM, comandado pelo professor João Gustavo Kienen, abriu o eventoGrupo de Canto Lírico da UFAM, comandado pelo professor João Gustavo Kienen, abriu o evento

A diretora do ICB, professora Sônia Carvalho, destacou a decisão de juntarem as Semanas de dois cursos distintos para uma troca de conhecimentos mais enriquecedora. “As Semanas são um espaço de difusão de conhecimento e agregá-las só melhora esse intercâmbio. O ICB é um instituto que trabalha com a vida, em suas diversas formas, e nada mais justo e apropriado que juntar esses saberes”, disse a diretora.

A coordenadora da VII SEMCINAT, professora Ana Dutra, ressaltou a celebração ao aniversário do curso de Ciências Naturais na instituição. “São 50 anos de uma linda trajetória de formação de professores para a Educação Básica no estado do Amazonas. Que a Semana possa ser um espaço interdisciplinar para o desenvolvimento das atividades ligadas à docência e para as Ciências no geral”, declarou. A professora também lembrou a importância do III Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Naturais/da Natureza (ENECINA), realizado junto ao SEMCINAT. “Vamos dar continuidades às discussões dos problemas oriundos da formação inicial e construção da identidade docente”.

Em sua fala, a coordenadora da SEMBIO, professora Maria das Neves Silva Viana, destacou a relevância das Semanas Acadêmicas para a comunidade universitária. “É importante não só para os alunos, mas para a toda a Universidade. Momentos como esse garantem uma integração maior entre estudantes, professores e administradores. Todos se envolvem no evento que tem o cunho cientifico como norte, promovendo uma integração cultural”, observou.

Para o discente Manuel Santiago, presidente do Cacien, o envolvimento dos alunos demonstra o desejo de se tornarem profissionais que façam a diferença na sociedade. “Todos aqui entendem a importância do nosso curso e entendem a importância do educador. Não queremos apenas ir para as escolas e passar conteúdo sem levar em conta a formação social do aluno. Queremos transformar a educação básica, e para isso, precisamos discutir o perfil do profissional que queremos ser” disse o aluno.

O presidente do CABio, Yago Vinícius dos Santos, corroborou a fala do colega: “Nosso intuito é que a Semana seja um ambiente frutífero de intercâmbio de conhecimento e para que o biólogo entenda seu papel na sociedade. Mais do que pesquisador ou professor, mas também como agente de transformação social”, finalizou.  

A VII SEMCINAT e a 29ª SEMBIO seguem até sexta-feira. A programação completa pode ser acessada nos endereços:

SEMCINAT / ENECINAenecina2016.webnode.com

SEMBIOcosembio.wixsite.com

Projeto VIP da Ufam recebe alunos do Curso Técnico em Informática do IFAM

Com o objetivo de estimular o interesse dos alunos para a escolha de uma boa formação acadêmica envolvendo um contexto da Tecnologia da Informação e do mercado de trabalho, o Curso Técnico em Informática do IFAM de Tabatingaprogramou uma visita à Ufam, que ocorrerá no dia 24, pela manhã e tarde, em que os visitantes conhecerão os setores Sul e Norte da Universidade.

A visita servirá de estimulante para que os alunos se dediquem aos estudos visando conseguir uma vaga na universidade por meio dos processos seletivos ENEM e PSC, dando continuidade a sua formação técnica.

No projeto enviado à coordenação do VIP estava posto que com essa visita acredita-se que “os alunos (do IFAM) possam vivenciar os processos da Tecnologia da Informação desta conceituada organização”.

Os alunos irão visitar áreas de Ictologia, Pescado, Plantas Medicinais e o projeto Sauim de Coleira pela manhã. Haverá um intervalo para o almoço e os alunos irão ao Restaurante Universitário (RU). Na segunda parte da visita os estudantes conhecerão a área da Computação, Engenharia Civil e Engenharia Química.

A finalidade do VIP é a de possibilitar aos visitantes um olhar diferenciado sob a relevância da Instituição no contexto amazônico, bem como destacar a importância de se ingressar em curso de nível superior, em especial em uma universidade pública federal.

O VIP já recebeu diversificados grupos de visitantes, como comunidades indígenas, estudantes da Ufam, docentes e discentes da rede pública e privada de ensino, de universidades estrangeiras, intercambistas, dentre outros visitantes.

Sobre o VIP

Desde 2008, o Programa possibilita aos públicos interno e externo da Universidade um conhecimento maior sobre o funcionamento da instituição, apresentando ações e atividades desenvolvidas pelos seus diversos setores. Além disso, o visitante pode observar toda a dinâmica da instituição, por meio de visitas aos laboratórios, bibliotecas, cursos e também aos projetos de pesquisa e extensão. O VIP é coordenado pela professora Célia Carvalho, do departamento de Comunicação Social.

As visitas podem ser agendadas via e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo telefone: (92) 8415-2419.

 

I Amostra Cultural de Estudantes Indígenas do INC valoriza cultura tradicional da região

O Instituto tem 300 alunos de sete etnias que recebem bolsa permanência para indígenas

Reitora reafirmou o compromisso da Universidade com as questões indígenasReitora reafirmou o compromisso da Universidade com as questões indígenasCom o objetivo de divulgar representatividade da cultura indígena no Instituto de Natureza e Cultura de Benjamin Constant, com alunos de etnias oriundas do Alto Solimões e do Vale do Javari, a primeira edição da Amostra Cultural é uma das principais atividades alusivas aos dez anos de implantação da Unidade Acadêmica. O evento ocorreu na última sexta-feira (18).

Sessões de pintura corporal com elementos gráficos indígenas, acompanhadas da explicação simbólica do significado e narração de histórias indígenas foram destaque na programação, além de feira de artesanato das mulheres artesãs da etnia Tikuna, dança tradicional dos índios Kokama, Kambeba e Witoto e apresentação musical do indígena Genaro de Umariaçu.

Na abertura, a reitora, professora Márcia Perales ressaltou que oportunidades como essa são a reafirmação de direitos, de compromissos e perspectivas para a comunidade e para os povos indígenas. “Queremos que essas expectativas se renovem, porque nos comprometemos com a causa indígena, uma prioridade. A ação dos grupos amplia a riqueza e a diversidade e fortalece o processo democrático numa instituição que é, por excelência, democrática”, enfatizou.

“Esta é a função da Universidade, sobretudo no aqui Alto Solimões”, completou o vice-reitor, professor Hedinaldo Lima. “O próprio nome do Instituto já delimita essa preocupação com a questão cultural na região. Então, precisamos promover, apoiar e sustentar essa diversidade cultural como uma oportunidade institucional”, ponderou o docente.

Representatividade

Ao todo, fazem graduação no Instituto alunos indígenas de sete diferentes etnias da região: Tikuna, KokamaAcadêmicos do INC mostraram dança típica dos povos daquela regiãoAcadêmicos do INC mostraram dança típica dos povos daquela região, Kambeba, Kaixano, Witoto, provenientes do Alto Solimões; e Maiuruna e Maarubo, oriundos do Vale do Javari. 300 deles são beneficiados por uma modalidade de bolsa específica para esse público, uma forma de incentivar a formação superior entre os jovens das comunidades indígenas residentes nas áreas alcançadas pela Universidade através do INC.

“Agora, a Ufam não é só das cidades mais próximas, mas é do Alto Solimões. Sem todas essas etnias, nem o INC seria possível nesses dez anos. Sem a população, os estudantes que aqui estão, não poderíamos fazer história. Vamos trazer trabalhos produzidos por indígenas, porque isso aqui é apenas o começo e os indígenas também são capazes de fazer ciência”, afirmou Josiane Guilherme, uma das organizadoras da Amostra.

Ela é finalista do curso de Antropologia e já tem três artigos publicados, sendo dois no Brasil e um internacional. O tema do trabalho dela é o estudo da cultura Tikuna quanto às relações homoafetivas femininas. “Se temos direitos, também temos deveres e obrigações de dar resultados para a Universidade. Estou feliz pela colaboração de todos”, agradeceu a jovem.

 

Papel institucional

Evento teve a participação de alunos do INC representantes de sete etnias  do Alto Solimões e do Vale do JavariEvento teve a participação de alunos do INC representantes de sete etnias do Alto Solimões e do Vale do JavariO diretor do INC, professor Ricardo Morais, recorda: “A Ufam foi pioneira ao tratar a questão indígena a partir da constituição de um curso de Antropologia com dez doutores, que também a criação de um curso de pós-graduação com Mestrado e Doutorado nessa área. Eu questiono, por que foi criado o curso? Muitos antropólogos trabalham com etnias, e a população do Alto Solimões tem esse objeto por excelência. Por isso, eleger o INC para ofertar o curso foi uma política acertada, tendo em vista que a preocupação já existia desde os anos 1980”, explicou.

Já o coordenador acadêmico, professor Max Pinheiro, destacou a mobilização estudantil como fator essencial de eventos como a Amostra. “Devemos valorizar a participação dos estudantes nos espaços da Universidade, porque nada é mais democrático que ela. Esta é a primeira Feria Cultural Indígena, e queremos que se repita sempre. A cada momento, a gente precisa ir mais longe para construir a cara do INC e de uma Universidade sempre aberta ao diálogo”, afirmou.

 

Valorização

Professor Genário Araújo fez apresentação artística e falou sobre a importância da formação superiorProfessor Genário Araújo fez apresentação artística e falou sobre a importância da formação superiorProfessor de Biologia de carreira das Secretarias Municipal e Estadual de Educação, Genário Araújo tem 12 anos de sala de aula. “No meu trabalho com os alunos do Ensino Médio, levo os elementos da cultura indígena para ensinar os conceitos e as práticas de Biologia e Química.  Isso ajuda os jovens a valorizarem a nossa cultura. Quando entram na Universidade, têm uma formação que possibilita, no futuro, trabalhar em prol da própria comunidade”, avaliou.

“É bonito nos reunirmos sem problemas para falar sobre o nosso povo indígena, que algumas vezes passam desapercebidos. No meu tempo, eu tinha que remar para estudar, mas agora os nossos jovens têm mais oportunidades e estão sabendo valorizar isso”, concluiu o professor.

Hoje servidora de carreira e representante institucional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Benjamin Constant, Mislene Martins é egressa do curso de Antropologia do Instituto. “Sou da primeira turma, formada em 2010, e já fiz mestrado em Antropologia. Tenho orgulho da minha origem indígena, pretendo viver nesta região a vida inteira e deixar um legado para o povo Tikuna. Nós estamos construindo essa história juntos, com os índios formados na Ufam, mas é preciso manter vivo o diálogo entre a Universidade e os povos indígenas”, sustentou Mislene, ao compartilhar a vivência acadêmica que possibilitou o trabalho pelo seu povo.

“Reafirmação de direitos, de compromissos e de novas perspectivas para a população, para a comunidade e para os povos indígenas: queremos que essas esperanças e essas expectativas se renovem”, afirmou a reitora, professora Márcia Perales, endossando os discursos proferidos na mesa de abertura da Amostra Cultural Indígena. “O nosso compromisso se renova sempre e a causa indígena é uma prioridade”, concluiu.

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