Reitora e presidente do Tribunal de Justiça visitam instalações da nova sede do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos
O programa institucionalizado da UFAM que realiza atendimentos à comunidade amazonense no âmbito da conciliação e mediação de conflitos na área do Direito das Famílias agora está instalado na Rua José Paranaguá, 200, Centro
A reitora da Universidade Federal do Amazonas, professora Márcia Perales, visitou na manhã desta sexta-feira, 27, as novas instalações do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos, um programa de Extensão da UFAM que é fruto de uma parceria entre a Universidade e o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.
Ela estava acompanhada do vice-reitor da Universidade, professor Hedinaldo Narciso Lima. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Flávio Pascarelli, também participou da visita às novas instalações do Centro.
A visita foi guiada pelo juiz Gildo Alves de Carvalho Filho, supervisor do local, e pela professora Lidiany de Lima Cavalcante, coordenadora geral.
Aprendizado além da dimensão técnica
Para a professora Márcia Perales, a parceria com o Tribunal só fortalece a Universidade. “Quando dois gigantes, como a UFAM e o Tribunal de Justiça, se juntam, a comunidade ganha, pois o aprendizado vai além da dimensão técnica, abrangendo também a dimensão cidadã, política. Nossos programas de Extensão, como o Proamde ou a Casa da Física, demonstram isso e o trabalho permanente da UFAM é este: ajudar na formação não só técnica, mas com compromisso social, que é a marca da instituição de ensino superior público federal e que precisa sempre mostrar serviço diferenciado”, afirmou a reitora.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Flávio Pascarelli, elogiou as novas instalações. “Entendemos que foi uma transferência oportuna porque é um local privilegiado para o que o Centro propõe, que é a solução de conflitos satisfazendo todas as partes envolvidas, evitando a judicialização que, geralmente, costuma ser muito desgastante”, considerou o magistrado.
Benefícios para os usuários
Novas instalações estão no prédio do antigo Arquivo Central da UniversidadeA transferência ocorreu na última segunda-feira, 23. Anteriormente, o prédio abrigava o Arquivo Central da Universidade. Segundo a coordenadora geral, professora Lidiany de Lima Cavalcante, a transferência do Centro de Solução Consensual de Conflitos da Avenida Pedro Teixeira, na Chapada, para o Centro da cidade beneficiou os usuários dos serviços do CentroJudiciário de Solução Consensual de Conflitos.
“Com a nova sede do Polo, resolvemos um problema histórico, pois estávamos em um prédio locado que atendia nossas expectativas, mas nada melhor do que estarmos em casa. Agora estamos muito perto de um grande corredor de ônibus, que torna muito mais fácil o acesso da população amazonense. Ou seja, temos uma estrutura muito boa e poderemos ampliar nossas atividades. Temos um andar pronto com seis salas de audiência, duas salas de atendimento psicossocial e em breve, o andar superior abrigará as salas para atendimento especializado”, ressaltou a professora.
Para o supervisor do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos, juiz Gildo de Carvalho Filho, a parceria com a UFAM promove cidadania plena. “Nessa parceria com a UFAM, nós, do Tribunal de Justiça, temos a oportunidade de entender como é a construção do conhecimento por parte da Universidade e compreendemos que podemos caminhar juntos para dar uma resposta concreta aos usuários dos nossos serviços, promovendo cidadania plena”.
Excelência no Atendimento
Coordenadora geral do Centro de Solução Consensual de Conflitos, professora Lidiany de Lima CavalcanteIgor Trindade é um dos estudantes de Direito que faz atendimentos no Centro e considera que o novo local esteja mais adequado para os atendimentos. “Aqui está bem mais amplo, vamos poder atender mais pessoas e na Atermação, que é o nosso pré-atendimento, temos um ambiente mais privativo para que os cidadãos fiquem mais à vontade, pois trabalhamos com famílias, então, sempre tem algum conflito ou algo mais íntimo para ser falado e aqui a infraestrutura está mais adequada para isso”.
Jocinete Farias dos Santos é vigilante e veio desfazer um acordo de guarda compartilhada com o ex-marido. "Sempre sou bem atendida e através daqui consigo resolver assuntos tão complexos para mim. Ainda bem que a população pode contar com esse serviço. Sempre indico para meus amigos em dificuldades", comenta a assistida.
Os telefones do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos permanecem os mesmos: 3305-4578/ 99315-5042/ 98245-7390.
IV Semana Jurídica "Ministro Xavier de Albuquerque" aborda temas atuais de direito até esta sexta, 27
Na área jurídica, assuntos como a vigência do Novo Código de Processo Civil - que fará um ano no dia 17 de março - as implicações do Direito Tributário para pessoas e empresas e o jogo processual por trás da Operação Lava Jato são de interesse de alunos e profissionais do direito, e também da população de modo geral. Para debater questões como essas, a Semana Jurídica “Ministro Xavier de Albuquerque” segue até esta sexta-feira, 27, no auditório Belarmino Lins da Assembleia Legislativa do Amazonas, a partir das 18h30.
A Semana é uma promoção do Centro Acadêmico de Direito (CAD) que ocorre há quatro anos. O nome é em homenagem ao único amazonense, egresso da Universidade Federal do Amazonas ainda na década de 1940, que chegou à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta Corte do Judiciário brasileiro.
Na avaliação do primeiro secretário do CAD, Eric Carro, discente do 4º período do curso, os temas foram escolhidos por dois motivos. O primeiro deles é a alta demanda a respeito de certos temas, a exemplo do Novo CPC e do processo penal, enquanto a segunda é a pouca profundidade com que outros assuntos são abordados na academia, como o direito tributário.
“O processo civil é a principal ferramenta do advogado”, disparou o discente. “Ele pode até não saber com clareza sobre o direito material, que são as regras impostas aos cidadãos, mas é primordial que ele saiba como promover o acesso ao poder judiciário”, completou Eric Carro. “O primeiro palestrante é um dos participantes da Comissão que aprovou, no Congresso Nacional, o projeto do Código do Processo Civil vigente desde 2016, Cássio Scarpinella Bueno. É um doutrinador de referência”, comemorou.
Tutela provisória
O primeiro dia foi dedicado à matéria de processo civil, com a palestra “Tutela provisória – acertos e desacertos”, ministrada pelo advogado e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP), professor Cássio Scarpinella. “O mais importante do processo é a tutela jurisdicional, não é o recurso ou a sentença. Antes, algumas faculdades que dedicavam tempo menor na grade para essa disciplina de processo civil só se limitavam a lecionar o processo de conhecimento”, iniciou ele.
“Ação nada tem a ver com direito material. Ação é o agir, pedir a tutela, agir, romper a inércia da jurisdição. A tutela é o que você quer – desfazimento do contrato, não ser protestado, que o filho fique com você no Carnaval. Envolve técnicas que o juiz vai usar. O direito não é algo natural, ele é criado em casas legislativas”, disparou o doutrinador.
Para ele, o CPC trouxe algumas falsas novidades: “O código está passando a limpo a forma de entender as coisas, mas não significa que elas já não existissem antes, ou pelo menos uma parte delas”, disse. A tutela provisória, que é quando o juiz concede um pedido feito pelo autor da ação antes do fim do processo, gera um título executivo. Por sua vez, o título executivo judicial é a certeza de que aquela decisão irá se cumprir na realidade, fora do processo – é a certeza de que haverá o acesso ao direito pleiteado.
“Por exemplo, se alguém pede para ter acesso a um medicamento com urgência, demandando contra o Estado; caso o juiz defira, o autor pode ir até o Estado e cobrar que o Administrador Público dê a ele o remédio. Em outras palavras, o autor já pode executar, sendo dispensada a necessidade de conclusão do processo e publicação da sentença para que ele tenha acesso ao medicamento”, explicou. Nesse caso, é possível dizer que esse direito concedido provisoriamente tem uma instabilidade maior.
Tributário e Processo Penal
O segundo dia de evento, nesta quinta (26) tem enfoque na área tributária, tendo como palestrantes convidados o professor Ananias Ribeiro, docente da Ufam, e o advogado Victor Bastos, com formação e experiência na área de tributos. O tema diz respeito não apenas aos profissionais e estudantes do Direito, mas também de Administração, Economia e, especialmente, Contabilidade.
“É um tema não muito explorado na área acadêmica, apesar de nos acompanhar desde a data do nascimento até a morte”, afirmou o primeiro secretário do CAD. “É uma área de enfoque que chega a ser específica: quem atua com Empresarial, Consumidor, por exemplo, precisa de conhecimentos sobre tributação, inclusive para auxiliar o cliente no planejamento tributário e evitar transtornos em ações judiciais”, completou Eric Carro. Avaliou, por fim, que esse assunto chega a ser polêmico por envolver interesses entre o fisco e o contribuinte, a questão da reforma tributária e a guerra fiscal, em que há muitos interesses em jogo.
E falando em jogo... O terceiro dia é dedicado à Teoria dos Jogos do Processo Penal, desenvolvida pelo juiz de direito e professor, Alexandre Morais da Rosa. O enfoque é a aplicação dessa teoria, na qual cada parte processual, seja o autor da ação ou o acusado ou réu, tem formas de agir que vão, ao longo do processo, constituindo como se dará seu desfecho. “Se você se restringir ao método tradicional, não será possível compreender o que acontece hoje na Operação Lava Jato”, alertou o discente de direito da Ufam ao convidar os interessados a participarem do último dia, 27 de janeiro. A expectativa é de que 200 pessoas participem em cada noite.
Professores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) participam de Colóquio em Portugal
A edição de 2017 traz como tema "A escola: dinâmicas e atores"A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) será representada por integrantes do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) no Colóquio Afirse 2017, evento que acontece em Lisboa de 02 a 04 de fevereiro.
Representam a UFAM no evento a professora doutora Irlane Maia; a mestre Aldalúcia Gomes; a discente Natana Castro e a professora colaboradora Leila Ghedin, do Instituto Federal de Roraima. Os docentes e discentes apresentarão os seguintes trabalhos:
Programa Ciência no Cotidiano: Interação, Família, Escola com a Universidade – de autoria da professora Irlane Maia
A história da Educação no campo na perspectiva do assentamento em Roraima – Ernan Ghedin, Leila Ghedin e Aldalúcia Gomes;
O percurso formativo de professores na perspectiva das ciências cognitivas – Aldalúcia Gomes, Evandro Ghedin e Leila Ghedin;
A importância da alfabetização científica na formação de professores - Aldalúcia Gomes, Eduarda Cristina Santos, Miceia Rodrigues, Lucinete Gadelha
Diálogo de saberes: uma proposta para o Ensino de Biologia e Química – Irlane Maia e Rebeca Brandão;
Professora Irlane Maia apresentará trabalho sobre o diálogo de saberes da comunidade com os saberes acadêmicos
Educação Sexual: uma abordagem sobre o vírus da imunodeficiência humana – HIV, no âmbito escolar – Janderson Barroso, Aldalúcia Gomes e Mauro Humberto Pereira.
Trabalhos ressaltam a formação cidadã
A professora doutora Irlane Maia, autora do trabalho Programa Ciência no Cotidiano: Interação, Família, Escola com a Universidade e orientadora do trabalho de Especialização intitulado Diálogo de saberes uma proposta para o ensino de Biologia e Química, destaca a importância da participação da UFAM no evento. “As perspectivas apontadas nos trabalhos que serão apresentados no Colóquio envolvem o diálogo de saberes da comunidade com os saberes acadêmicos, buscando transformá-los em saberes escolares e, dessa forma, referenciando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Destacamos que as propostas legitimam as atividades docentes e discentes da Universidade, bem como as parcerias e colaborações que visam à qualidade na formação cidadã, sempre estabelecendo o compromisso social da UFAM” afirma a docente.
A equipe segue para Lisboa no próximo sábado, dia 28 de janeiro.
O Colóquio ocorrerá nas instalações do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Para saber mais sobre o evento, acesse XXIV COLÓQUIO 2017.