Ufam apresenta proposta de campus trinacional em parceria com UEA e universidades do Peru e da Colômbia

Projeto será apresentado durante o Encontro Interinstitucional de Pesquisa, Ensino e Extensão das Universidades nas Amazônias.

Pró-reitor de Extensão, professor João Ricardo Bessa Freire, apresentará o projeto inédito durante evento com universidades da tríplice fronteiraPró-reitor de Extensão, professor João Ricardo Bessa Freire, apresentará o projeto inédito durante evento com universidades da tríplice fronteiraNesta segunda-feira, 25, o Instituto de Natureza e Cultura da Ufam (INC), em Benjamin Constant, sedia o Encontro Interinstitucional de Pesquisa, Ensino e Extensão das Universidades nas Amazônias. Durante o evento, será apresentada a proposta do projeto, liderado pela Ufam, para a criação de um campus trinacional reunindo a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Instituto Mariscal Ramon Castilla, do Peru, e a Universidad Nacional de Colombia (Unal).

“Trata-se de um fato inédito”, afirma o pró-reitor de Extensão da Ufam, professor João Ricardo Bessa Freire, ao explicar que a proposta inicial é criar um programa de pós-graduação internacional e interinstitucional das quatro universidades. “A ideia é montarmos um mestrado e doutorado forte, reunindo os melhores doutores das quatro instituições de ensino para compor o quadro docente e submetermos o projeto a Capes”, declarou o professor.

“Fizemos um levantamento e as universidades juntas reúnem cerca de 63 doutores na região”, informa Bessa Freire. Na tríplice fronteira, a Ufam possui o campus de Benjamin Constant, enquanto a UEA está presente com o Centro de Estudos Superiores de Tabatinga.

Segundo o pró-reitor, além de consolidar o projeto do campus trinacional, o Encontro servirá para fortalecer parcerias e firmar convênios e acordos de cooperação técnica com as demais instituições de ensino. “Queremos efetivar um processo de mobilidade de estudantes dessas universidades”, acrescenta o docente.

Além do pró-reitor de Extensão, o diretor do Departamento de Articulação e Planejamento de Extensão (Darpex), TAE José Edilton Calado, e o assessor adjunto da Assessoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (Arii), Pedro Veloso, participarão do evento, que segue até a quarta-feira, dia 27.

III Enproll inicia discutindo o ensino de Gramática

Prof. Sírio Possenti proferiu a conferência de abertura do eventoProf. Sírio Possenti proferiu a conferência de abertura do eventoAbordando a importância das novas tecnologias no processo educacional, teve início na manhã desta segunda-feira, 25, o III Encontro Amazonense de Professores de Línguas e Literaturas (Enproll). O ensino da gramática foi tema da conferência de abertura, ministrada pelo professor da Unicamp, Sírio Possenti.

Até quinta-feira, estudantes e profissionais de educação participam do evento organizado em parceria com a Associação de Professores de Espanhol do Amazonas (APE-AM), com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com as Secretarias Estadual e Municipais de Educação de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Itacoatiara, Manaus e Tabatinga, e com os Consulados Gerais em Manaus da Colômbia e do Japão. De acordo com o coordenador do evento e diretor da Faculdade de Letras (Flet), professor Wagner Teixeira, o Enproll propicia formação continuada para professores da educação básica e, ao mesmo tempo, encontros e diálogos para os professores em formação, acadêmicos dos cursos de Letras da UFAM. “As secretarias foram sensíveis à necessidade de capacitação dos profissionais e o diferencial deste ano é o apoio de outras Secretarias de Educação de municípios como Itacoatiara, Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga”, informou.

Conferência de Abertura

O professor da Unicamp, Sírio Possenti, discutiu a metodologia de ensino de gramática nas escolas brasileiras. Para o professor, a forma como se apresenta o conteúdo gramatical está defasada. Segundo ele, o professor pode abordar o assunto a partir do contexto das falas ditas populares e daquelas padrões. “Eu defendo que essa é a forma produtiva de ensinar”, declarou Possenti.

O pesquisador discorreu ainda sobre a importância de os estudantes aprenderem a analisarem o uso da língua, sendo outra forma de ensinar a gramática. “É possível introduzir o aluno no domínio do campo científico por meio da análise da língua, fazendo a analise de determinados tipos de materiais que poderiam ser selecionados com uma finalidade especifica para fazer com que o aluno aprenda a observar esse objeto que é a língua”, explicou.

Mesa de abertura

Prof. Sérgio Freire, representou o reitor, e deu início ao III EnprollProf. Sérgio Freire, representou o reitor, e deu início ao III Enproll

Representantes governamentais e de entidades ligadas ao ensino de Letras no Amazonas participaram da mesa de abertura da 3ª edição do Enproll. “A Secretaria não poupou esforços para que o evento ocorresse”, disse o professor Carlos Antônio Magalhães Guedelha, representando o atual Secretário de Estado de Educação, Arone Bentes, sobre a liberação dada aos docentes da SEDUC para prestigiarem o Enproll. “O professor precisa estar atualizado às novas formas de dizer e fazer”, expôs Guedelha sobre a relevância da temática para o público docente.

O diretor da Editora da UFAM (Edua), professor Sérgio Freire, representou o reitor Sylvio Puga, na ocasião. Para ele, o Enproll é fundamental por proporcionar a reflexão da prática docente. “Todas as questões que vão ser trazidas aqui têm a ver com o nosso dia a dia, com a nossa prática profissional. Que este evento nos ajude a sermos professores melhores”, disse. 

Programação

Além das conferências, o III Enproll terá a realização de minicursos e de mesas-redondas em sua programação, encerrando na quinta-feira, 28, com passeio até pelo Encontro das Águas.

 

Especialização em Educação, Pobreza e Desigualdade Social certifica 239 discentes

Lançamento de obras também marcou o encerramento do curso.

No último sábado, 23, foi realizado o encerramento do Curso de Especialização e do Programa Educação, Pobreza e Desigualdade Social desenvolvido na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), na modalidade à distância. O momento foi marcado pela entrega do certificado de conclusão do curso e pelo lançamento dos trabalhos em livros.  

Em seu pronunciamento, o reitor, professor Sylvio Puga, destacou a responsabilidade que os novos especialistas passam a ter e anunciou que a Especialização em Educação, Pobrezae Desigualdade Socialdeverá ser oferecida em mais municípios em 2018. “Sempre ministrei aula no interior. Tudo o que aprendo eu coloco à disposição dos que mais precisam. Sabe-se que a Ufam já se interiorizou bastante, mas precisamos fazer mais e temos trabalhado nesse sentido junto ao Ministério da Educação. Vocês já pararam para refletir que agora estão diplomados, pós-graduados? Isso significa que aumenta a responsabilidade de cada um dos senhores, que são uma parcela muito pequena da população e enquanto formuladores de políticas públicas, profissionais, professores, vocês devem atuar de forma crítica no combate à pobreza e à desigualdade. Eu tenho certeza de que, a partir de agora, com  239 novos especialistas, a Educação no Amazonas não será mais a mesma, pois contaremos com multiplicadores de conhecimento. Também quero colocar a nossa universidade à disposição para oferecer a Especialização em 2018 e não somente nos 17 municípios onde foi oferecida, mas que seja mais abrangente”, ressaltou o reitor.

Jaira Carla de Souza Dario é de Maraã e fez o curso por meio da internet. Para receber o certificado, viajou  ao longo de 5 dias, de barco.Jaira Carla de Souza Dario é de Maraã e fez o curso por meio da internet. Para receber o certificado, viajou ao longo de 5 dias, de barco.A diretora da Faculdade de Educação (Faced), professora Francisca Maria Coelho Cavalcanti afirmou que o conhecimento é fundamental para o combate da pobreza.   “Esta semana foi publicada uma pesquisa do Banco Mundial a qual aponta que, se não houver mais investimento no Bolsa-Família, serão mais 3,8 milhões de brasileiros a cruzar a linha da pobreza e isso é muito preocupante.  Vocês adquiriram  muito conhecimento durante a especialização, portanto, não sejam indiferentes a tantas injustiças sociais. Esse conhecimento é fundamental para que vocês exerçam a cidadania com atitudes diferenciadas. Parabéns a todos!”, discursou a diretora.

A coordenadora geral de acompanhamento da inclusão escolar, Simone Medeiros,afirmou que a Ufam é a primeira Universidade, das 15 que participaram do projeto, que entrega os certificados aos seus cursistas, em uma solenidade de grande destaque.“Fico feliz pelo destaque que a Ufam dá a este momento contando, inclusive, com o lançamento de uma coletânea, com seus artigos publicados. Reconheço aqui e eu estava pensando nisso ao entregarmos os certificados, que cada um de vocês têm uma história de batalha.Soube de um aluna que enfrentou 5 dias de barco para estar aqui. Então, parabenizo a todos vocês, que se empenharam, que se sacrificaram para cumprir essa jornada em prol do conhecimento sobre esse assunto que tanto precisa de atenção da sociedade e ser visto com mais compromisso e amor. Digo isso, para explicar que a pobreza não é culpa de quem está nessa situação, ela é produzida, é resultado de produção social, histórica e cultural, portanto, a pobreza precisa ser tratada pela saúde, pela assistência social e pela educação”, declarou a coordenadora. 

Lançamento de coletânea

Depois da entrega dos certificados houve o lançamento de uma coletânea, composta por seis livros, que foi disponibilizada a todos os participantes. A coletânea reúne trabalhos de cinco grupos que desenvolveram projetos de pesquisa junto às linhas 1 e 3 do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE, da Faculdade de Educação, com estudos e reflexões sobre as vivências, os temas estudados e discutidos durante o curso. “Assim como a especialização, a coletânea tem a finalidade de apresentar à sociedade questões de fundamental importância para a educação que foram esquecidas ou camufladas no processo de ensino/aprendizagem das escolas”, declarou a professora Rosa Brito, coordenadora do Programa na Ufam.

O ProgramaEducação, Pobrezae Desigualdade Socialesteve ancorado no Centro de Formação Continuada, Desenvolvimento de Tecnologia e Prestação de Serviços para a Rede Pública de Ensino (Cefort) e envolveu ensino, pesquisa e extensão, contando com o apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC). O Programa contou com a contribuição de 57 professores, sendo 38 da UFAM e 19 da rede pública de ensino (SEDUC e SEMED).No total, a Especialização envolveu 400 professores da rede pública de ensino de 17 municípios do Amazonas e teve financiamento do Ministério da Educação, através do FNDE.

O evento ocorreu no auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES), Setor Norte do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho.

 

  

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