Palestra discute Análise Computacional de Comportamento em pessoas com doenças degenerativas na Faculdade de Tecnologia

A tecnologia encontra seu fundamento na possibilidade de transformação que envolve suas ferramentas e seus sistemas. Para apresentar a aplicação da Análise Computacional do Comportamento (CBA) na realidade social, o pesquisador Thomaz Ploetz, da Universidade de New Castle (Reino Unido), usou exemplos que investiga acerca das doenças Autismo, Síndrome de Parkinson e Demência. O evento, que faz parte de um Ciclo de Palestras, ocorreu no dia 1º de setembro, na Faculdade de Tecnologia (FT).

Com a proposta de apresentar uma visão geral sobre a CBA (em inglês, Computacional Behavior Analysis), o professor apresentou uma avaliação objetiva para a assistência eficiente em três casos de doenças em que os acometidos têm comportamento alterado. Nesses casos, foram criadas ferramentas para que diferentes reações fossem avaliadas pelos pesquisadores em situações criadas pelo grupo de pesquisa coordenado por Ploetz. Segundo ele, há as etapas de captura dos sinais de comportamento, medição de variáveis ​​comportamentais e compreensão deles por meio de avaliações automáticas.

Ao explorar o trabalho inclusivo realizado pelo grupo de pesquisa da Universidade de New Castle, o objetivo foi evidenciar os avanços técnicos que facilitam a utilização da CBA em ambientes reais. De acordo com o professor, CBA é uma disciplina usada para desenvolver ferramentas computacionais para a análise comportamental de fenótipos. Em outros termos, situações reais são criadas e controladas através de variáveis para três doenças (Autismo, Síndrome de Parkinson e Demência), procedimento que ajuda na compreensão do reflexo comportamental dessas enfermidades.

Como funciona?

No caso do Autismo, o palestrante revelou: “É uma doença acompanhada por problemas como agressividade com outras pessoas, comportamento destrutivo e autolesão. Isso gera danos físicos, destruição da função social, aumento do nível de estresse do cuidador e prognóstico negativo de longo prazo”. Com esse prognóstico, o professor Ploetz enfatiza que os programas de tratamento dependem de avaliações objetivas. “São apresentadas ferramentas a serem usadas na desafiadora avaliação experimental”, disse. Para garantir a realização de pesquisas nos contextos reais, são usados ambientes que simulam a realidade, nos quais é apresentada uma variedade de comportamentos.

Ao explicar como o CBA é usado na avaliação do comportamento de pacientes com Doença de Parkinson (PD), o pesquisador apresentou, inicialmente, as alterações que a doença provoca no controle motor dos acometidos. “Lentidão anormal ou movimentos realizados de forma involuntária são as principais alterações nesses pacientes. Os doentes usaram sensores portáteis para acompanhar esses casos”, disse. O pesquisador destacou que a investigação foi realizada com 34 pacientes e dividida em duas partes: uma no laboratório com avaliação de hora em hora pelo médico; a outra parte envolvendo sintomas cotidianos.

No caso de pacientes com demência, o CBA avaliou essas pessoas em situações comparativas de seu dia a dia, como uma paciente em tarefas da cozinha. O ambiente foi criado para que ela executasse atividades simples e as etapas cumpridas para alcançar o resultado. “Foram avaliadas a observação do ambiente, a relação da paciente com o contexto e as decisões dela sobre como agir”, esclareceu o professor. Tudo isso só foi possível com auxílio de ferramentas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa coordenador por Ploetz.

Dr. Thomas Ploetz

É PhD em Ciência da Computação pela Bielefeld University na Alemanha. Seu trabalho é voltado para o reconhecimento de padrões estatísticos e aprendizagem de máquina. Atualmente é Professor Adjunto na School of Computing Science na New Castle University, em Newcastle-upon-Tyne, Reino Unido, em que conduz atividades de pesquisa em Reconhecimento de Atividades e Aprendizagem de Máquina junto ao grupo de Interação Digital do Laboratório de Cultura.

Ele trabalhou ainda como pesquisador no Georgia Institute of Technology em Atlanta, Estados Unidos e como pós-doutorando em New Castle e TU Dortmund Universities (Dortmund, Alemanha).

Autonomia Universitária em segundo ato nesta segunda-feira, 1º de setembro

Debater sobre a Universidade, considerando os princípios e as diretrizes da autonomia Universitária,  os limites e os desafios para sua viabilização é o objetivo do Seminário sobre Autonomia Universitária que acontece nesta segunda-feira, 1º de setembro, no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Desde o inicio do ano, encontros desse porte foram marcados com intensas discussões que ao final do mês de setembro será apresentado ao Conselho Universitário (Consuni), uma agenda de reinvindicações.

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PPGCEM está com inscrições abertas

A coordenação do Programa de Pós-Graduação e Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), está com inscrições abertas para candidatos com curso de graduação de duração plena, devidamente reconhecido pelo MEC.
 
Período de inscrição: 01/09/2014 à 19/09/2014
Local: Secretaria do PPGCEM (Bloco de pós-graduação/ FT 1º andar)
Telefone: (92) 3305-4533
E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 
Calendário

 

DATA

ATIVIDADES

1°/09/2014 a 17/09/2014

Divulgação do Edital/Período de Inscrições

19/09/2014

Homologação das Inscrições

22 e 23/09/2014

Prazo Recursal

24/09/2014

Prova de Conhecimento

26/09/2014

Divulgação do Resultado Preliminar da Prova de Conhecimento

29 e 30/09/2014

Prazo Recursal

01/10/2014

Divulgação do Resultado Final da Prova de Conhecimento

02 a 03/10/2014

Entrega do Requerimento de Títulos

08/10/2014

Resultado Preliminar da Prova de Títulos

09 e 10/10/2014

Prazo Recursal

13/10/2014

Resultado Final da Prova de Títulos e do Processo Seletivo

15 a 17/10/2014

Período de Matrícula

20/10/2014

Previsão de Início das Aulas

 

 

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