Autonomia Universitária em segundo ato nesta segunda-feira, 1º de setembro

Debater sobre a Universidade, considerando os princípios e as diretrizes da autonomia Universitária,  os limites e os desafios para sua viabilização é o objetivo do Seminário sobre Autonomia Universitária que acontece nesta segunda-feira, 1º de setembro, no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Desde o inicio do ano, encontros desse porte foram marcados com intensas discussões que ao final do mês de setembro será apresentado ao Conselho Universitário (Consuni), uma agenda de reinvindicações.
 
Este Seminário é a continuidade do último ocorrido no dia 27 de agosto, na Faculdade de Estudos Sociais (FES). Segundo a coordenadora pela Autonomia Universitária, professora do Departamento de Serviço Social, Cristiane Bonfim Fernandes, pensar em autonomia universitária é pensar na própria Universidade. Seguindo essa lógica, ela questiona: O que é Autonomia Universitária, quais são as compreensões que se têm sobreAutonomia Universitária, Por que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior ( Andifes) apresenta essa proposta, uma vez que, já tinha sido rejeitada no passado?
De acordo ela, Para responder esses questionamentos se faz necessário conhecer o pensar da comunidade universitária, aprofundando as discussões sob o ponto de vista didático-cientifico, administrativo e financeiro e orçamentário. Ela exemplifica fatos ocorridos em encontros na Faculdade de Odontologia e de Farmácia que a priori, as discussões devem direcionar às  próprias concepções de Universidade. 
Ela considera uma essas discussões está no âmbito da politica e não de concepções técnicas. Não é pensar apenas em conceito, mas sim no entendimento e nos limites vivenciados em relação à autonomia na Universidade. O grande ganho nos debates, é no sentido de ampliar a discussão para que hajam mais pessoas envolvidas e sensibilizadas no pensar Universidade, destaca a professora.  
Para a coordenadora, existem alguns pontos de congruências nas discussões, dentre eles estão: soberania e a construção de um modelo de Universidade. Não existe ainda uma opinião formada quanto a isso. Mas, destaca-se a questão da peculiaridade universitária amazônica em relação a outras regiões do país.           
A Comissão pela Autonomia Universitária visa conscientizar e mobilizar a comunidade acadêmica para a discussão e compreensão do assunto. Composta por dez membros (dois representantes do Consuni, dois representantes docentes, dois representantes discentes, dois representantes técnico-administrativos e dois representantes da gestão superior) possui uma a agenda de trabalho aprovada pelo Conselho que mobiliza a Universidade em todos seus segmentos  para que um número expressivo de pessoas se intere do assunto.
“Todos defendem a autonomia universitária, mas o que acontece é que a maneira de operacionalizar e o entendimento do que seja autonomia tem uma variação. A autonomia universitária já está prevista no artigo 206 da Constituição que diz que as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, mas não é algo autoaplicável, daí a importância de fortalecermos e consolidarmos o debate para fazer com que as pessoas se sensibilizem, se mobilizem para isso. A própria história da universidade caminha junto com a autonomia”, destaca a presidente da Comissão, professora Cristiane Fernandez.
 
 
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