HUGV promove Semana de Segurança do Paciente até esta sexta (14)

O Hospital Universitário Getulio Vargas realiza, até o dia 14 de novembro, a Semana de Segurança do Paciente do HUGV, com o objetivo de sensibilizar os profissionais de saúde para as ações que estão sendo implantadas no Hospital. O termo Segurança do Paciente designa um conjunto de estratégias voltadas à redução de riscos desnecessários dos usuários de serviços médicos e hospitalares, originários por erros potencialmente evitáveis.

O sucesso da abertura foi garantido por uma apresentação na qual, com bom humor e criatividade, foram reproduzidas peças de curta duração retratando situações rotineiras num hospital. A proposta foi mostrar os possíveis problemas que podem acontecer e quais são os procedimentos simples para preveni-los.

Desde o lançamento do Programa de Segurança do Paciente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009, todos os países signatários, dentre eles o Brasil, se comprometeram a propor metas de melhoria. Isso levou o Ministério da Saúde a lançar, em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente, por meio da Portaria Nº 529/2013. O Programa estabelece estratégias para proteção dos pacientes embasadas em pesquisas de natureza observacional e experimental, as quais comprovam sua efetividade na prevenção de eventos adversos graves e mortalidade intra-hospitalar, reduzindo significativamente tais riscos.

 

Temática

O evento, coordenado pelo Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente (SVSSP) do HUGV, tem diversas ações, tais como apresentações teatrais, palestras, sessões de cinema e distribuição de material informativo relacionado às atividades de segurança das seis metas implantadas no Hospital: protocolos de identificação do paciente; prevenção de úlcera por pressão; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura; higienização das mãos e prevenção de quedas.

A responsável pelo SVSSP, farmacêutica Taís Galvão, lembra que este evento foi planejado para, da forma mais lúdica possível, despertar o interesse no assunto. “Inicialmente pensamos em um evento formal, com palestras e cursos em um auditório, mas vimos que não era este o momento. Percebemos que este seria o momento de disseminar, sensibilizar as pessoas e descentralizar a informação. Por isso estamos realizando a abertura do evento aqui no corredor do hospital, e depois vamos levá-lo a todos os setores do hospital, para que os servidores saibam o que já se está fazendo na segurança do paciente, e possam colaborar com sugestões e experiências”, concluiu Taís.

Protec divulga o resultado final do PAITI para a Área Biológica

A Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica (Protec) publica o Resultado Final do Edital do Programa de Apoio à Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Amazonas PAITI/AM//2014 da Área Biológica. Para essa área, foram aprovados 15 projetos.

Na planilha anexa, é possível conferir nome do projeto, nome do orientador e do bolsista, município/Unidade Acadêmica e nota.

A Pró-Reitoria informa que o resultado para as demais áreas (Humana e Exata) serão publicadas em seqüência.

 

Professora Doutora Maria do Perpetuo Socorro Rodrigues Chaves.

 

Laboratório de Eletroquímica e energia da UFAM realiza pesquisas em bioeletrônica

Grupo e-Bio faz testes em grafenoGrupo e-Bio faz testes em grafeno

No futuro, o nariz e a língua eletrônicos serão os instrumentos através dos quais será possível conhecer os mais variados cheiros e gostos; e a energia extraída de substratos regionais será capaz de substituir as fontes poluentes e caras que alimentam hoje nossos rádios e lâmpadas. Para contribuir com esses objetivos ousados, existem pesquisas em andamento no Laboratório de Eletroquímica e Energia do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE).

Desde 2013 na UFAM, o professor Walter Ricardo Brito é líder do Grupo em Bioeletrônica, Dispositivos Fotovoltáicos e Química de Materiais e desenvolve experimentos em três linhas de pesquisa no referido Laboratório: desenvolvimento de células solares a partir de pigmentos vegetais extraídos na Amazônica; processo de transferência de grafeno para matrizes poliméricas; e criação de sensores bioeletrônicos para reconhecimento e teste em diversos extratos vegetais.

À primeira vista pode soar estranho, mas essas experiências pioneiras são responsáveis por projetar o grupo de pesquisadores em empreendimentos de ponta, como é o caso do Barco Híbrido, um projeto a ser fomentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no setor Aquaviário. “Nesse projeto, iremos desenvolver um barco que irá funcionar a partir de energia solar e célula combustível”, explica o professor Walter Brito.Líder explica linhas de pesquisaLíder explica linhas de pesquisa

 

Pioneirismo

A ideia da primeira pesquisa é desenvolver células solares a partir de extratos vegetais da Amazônia, com base nos estudos com células modificadas de Graetzel. Os fotosensibilizadores (de serem excitados pela luz) naturais provêm de extratos e pigmentos de plantas da Amazônica, que são estudados pela equipe em projetos relacionados ao desenvolvimento de dispositivos fotovoltaicos para gerar energia. Na prática, o grupo pretende produzir células solares em kits de baixo custo e boa eficiência. “Elas podem substituir energia elétrica para fazer funcionar rádios ou lâmpadas”, diz o professor, ao lembrar que as células de silício produzidas hoje em larga escala são caras e poluentes.

Para fabricar as células solares, hoje é utilizado um material chamado ITO, que é importado de Taiwan. No entanto, esse material não é flexível e tem custo elevado. Ao buscar a solução para o problema, um projeto para transferência de grafeno (material formado por única camada de átomos de carbono, enquanto o grafite é formado por várias camadas que deslizam enquanto ‘gastamos’ a ponta), que é mais barato e flexível.

O professor diz que o processo de transferência do grafeno para matrizes poliméricas (outro material) está sendo realizado no laboratório da UFAM por bolsistas de Iniciação Científica e de mestrado, numa “atuação inédita”. O projeto tem colaboração da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), onde o grafeno é gerado através do método Chemical Vapor Deposition (CVD). Com o resultado da transferência de grafeno, os pesquisadores da UFAM poderão investir a tecnologia nos projetos de células solares flexíveis, mas também no desenvolvimento de supercapacitores (armazenam energia) e células combustíveis.Foto 03: Grafeno sobre  matriz flexívelFoto 03: Grafeno sobre matriz flexível

 

Sensores bioeletrônicos

Outro projeto em andamento no Laboratório de Eletroquímica e Energia é sobre a síntese e a caracterização de materiais orgânicos para sensores bioeletrônicos. Mas para que servem os tais sensores? “Produzidos a partir de substratos orgânicos, eles são capazes de medir, por exemplo, o poder antioxidante de produtos como a cafeína”, diz o pesquisador. Sobre esse tema dos antioxidantes, sabe-se que substratos com essa propriedade combatem os radicais livres e podem inclusive prevenir a ocorrência de câncer. Num dos experimentos, a equipe testou a cafeína num processo de fotodegradação de DNA por incidência de raios ultravioleta. A cafeína é eficaz ao inibir tal processo, um dos fatores para ocorrência do câncer de pele.

O professor cita ainda a pesquisa que está em desenvolvimento em parceria com o Instituto SENAI de Inovação e a empresa regional Pronatus, em que foram produzidos sensores capazes de identificar a qualidade (o nível de pureza) do óleo de copaíba. Ao prosseguir com os estudos, é possível produzir sensores específicos para diversos tipos de moléculas. “E por que não pensar num futuro com o nariz e a língua eletrônica”, finaliza o professor Walter Brito.

 

 

Fonte da foto 03: http://www.nature.com/nnano/journal/v5/n8/covers/index.html

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