A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGesp), por meio da Coordenação de Treinamento e Desenvolvimento (CTD) do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), solicita que os servidores inscritos na segunda turma do curso de Noções Básicas de Gestão de Documentos enviem à ProGesp, através do agente de capacitação de sua Unidade, o formulário de inscrição.

O agente de capacitação deve encaminhar os documentos para a Coordenação de Treinamento e Desenvolvimento o mais rápido possível.

O Curso será realizado de 16 a 23 de novembro, de 13h as 17h, na Sala de Treinamento da ProGesp, Centro Administrativo, setor norte do Campus. 

Marcelo Gordo falou do impacto das rodovias sobre os primatasCom o título “O impacto da malha rodoviária brasileira sobre os primatas”, o workshop proferido pelo professor Dr. Marcelo Gordo, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas (ICB/UFAM), discutiu sobre os impactos de atropelamentos na fauna brasileira, focando nos primatas de diferentes regiões do Brasil.

O evento integra a programação do XVI Congresso Brasileiro de Primatologia (CBPr), cujo tema é “Conservação e Desenvolvimento: Desafios e Oportunidades para a Primatologia”. O workshop ocorreu nesta quarta-feira (11), no auditório Rio Solimões do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), Setor Norte do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho, em Manaus.

O professor Marcelo trouxe experiências sobre o desenvolvimento de pesquisa sobre impactos de espécies no contexto da Amazônia Central, dando especial atenção ao Projeto Sauim-de-Coleira, em que disponibiliza o maior número de informações. Segundo ele, essas informações são resultados apresentados em gráficos sobre os atropelamentos e os impactos sofridos pelas espécies. “Um grande número de ocorrências foram registradas no campus da UFAM”, afirmou. 

De acordo com o professor, algumas ações foram tomadas e estão dando certo. Essas serão a base para o ponto de partida de composição das medidas mitigadoras que possibilitem minimizar os atropelamentos, completa o professor. “Como nós temos registros de muitos anos de animais atropelados, boa parte deles precisa o local de atropelamento. Na medida em que há um atropelamento, tentamos nos informar quanto ao local exato. Com isso é possível montar um gráfico de maior ocorrência”, disse.

Segundo ele, a construção de mais passarelas nas áreas urbanas tem demandado um custo altíssimo na área do campus universitário. Entretanto, é uma ação que resolve eventualmente a passagem do sauim-de-coleira e outros animais nesta área. “Outra possibilidade de contenção seria a colocação de redutores de velocidade e, além disso, a colocação de placas e panfletagem de conscientização junto à comunidade acadêmica”, ressaltou o especialista.

O mediador do workshop, o analista ambiental Hélio Seco, analisa que no contexto nacional existem diversos registros de espécies atropeladas em diferentes biomas brasileiros, uma vez que isso não é avaliado tanto por parte da pesquisa quanto nas por empresas relacionadas a esse meio como concessionárias de rodovias e de consultoria ambiental.

Seco considera que o tema ainda está engatinhando no Brasil. Apesar disso, ele ressalta algumas espécies que estão ameaçadas de extinção, sabe-se que o impacto é um dos mais relevantes sobre a preservação. O analista ambiental cita o Projeto Sauim-de-coleira desenvolvido pelo professor Marcelo Gordo, que tem feito levantamento e estudos sobre a espécie. “O projeto do professor Marcelo está servindo de modelo de estudo e parâmetro para que se possa testar em outras espécies no Brasil”, comenta.

Estudo de primatas pela SBPr

Primatólogos de diversas partes do Brasil prestigiaram o workshopDe acordo com a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr), o Brasil é o País com o maior número de primatas do planeta, com aproximadamente 150 espécies. Desse total, mais de 70% vivem nas florestas da Amazônia brasileira. A notícia ruim é que, hoje, aproximadamente 35% dos primatas da região estão ameaçados. A SBPr alerta que o indicador tende a aumentar devido aos impactos causados pela urbanização e grandes empreendimentos, como hidrelétricas, linhas de transmissão e estradas.

O objetivo do Congresso Brasileiro de Primatologia em 2015 é discutir alternativas que aliem conservação e desenvolvimento sem ameaçar um número maior de primatas, fomentando a pesquisa na área. Durante os cinco dias de evento, comunidade científica, tomadores de decisão e representantes de instituições governamentais e privadas irão propor reflexões e mostrar oportunidades de estudo acerca do tema. O intuito é estimular a produção de documentos norteadores de decisões a serem utilizados em todo o Brasil.

Confira outras informações em http://congresso2015.sbprimatologia.org.br/