Palestra "Crescimento populacional de animais" encerra atividades do Eixo "Animais no Campus" nesta quinta-feira (3)


Ufam, Eu Cuido!: palestra discute a preservação dos animais silvestres no Campus
Professor Marcelo Gordo palestrou sobre os animais silvestres do Campus e preservaçãoCom o objetivo de apresentar à comunidade acadêmica a diversidade faunística presente no campus universitário e os modos de preservá-la, foi realizada na manhã desta quinta-feira (3) uma palestra sobre Animais Silvestres com o professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Marcelo Gordo. O encontro aconteceu na Sala Copaíba do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), como parte da programação do eixo Animais no Campus da campanha institucional Ufam, Eu Cuido!.
Por meio da exibição de fotos das várias espécies que vivem no fragmento natural do Campus, o professor Marcelo Gordo apresentou os animais silvestres, seus hábitos e os maiores problemas para a preservação desta fauna. “Precisamos conhecer a alta diversidade nativa que temos para entender suas fragilidades e, consequentemente, saber o que fazer para preservar e diminuir o impacto que nossas ações têm sobre essas espécies”, afirmou o docente.
Desmatamento, atropelamentos e a presença de animais domésticos (cães e gatos), que atacam os silvestres, foram apontadas como as principais ameaças para as espécies nativas, que incluem tamanduás, sauins e preguiças, por exemplo. O docente também frisou que, caso um animal silvestre machucado seja encontrado, deve-se procurar a Divisão de Segurança da UFAM; o Laboratório de Zoologia do ICB; ou ainda o Projeto Sauim-de-Coleira, onde há pessoal habilitado para oferecer assistência.
Para a estudante do 2º período de Serviço Social, Suzane Mesquita, a temática dos animais silvestres é uma novidade. “Antes de participar da palestra, eu não sabia nada sobre a variedade animal que existe aqui. É bom ver o cuidado de quem trabalha na preservação da fauna do Campus, e saber o que nós, alunos, podemos fazer para ajudar nesse trabalho”, declarou a aluna.
“Estamos inseridos dentro de um ambiente de floresta, originalmente. Eu diria que isso é uma identidade da nossa Universidade, um diferencial. Este é um aspecto único que deve ser valorizado por nós, porque também faz parte do nosso patrimônio enquanto instituição”, ressaltou o professor Marcelo Gordo. “A UFAM não é apenas a estrutura física e o conhecimento, ela também incorpora a parte ambiental. Então, os animais vêm junto. É necessário conhecer o que temos nesse fragmento natural. Temos que pensar em que tipo de convivência nós queremos ter com a natureza aqui dentro”, finalizou.
Contatos
Divisão de Segurança: 99152-6980 / 99132-8271 / 3305-4210
ICB: 3305-4231 / 98429-5666
Unificação da grafia Yẽgatu é definida durante Seminário em São Gabriel da Cachoeira
A edição do acordo ortográfico será publicada brevemente pela FOIRN em parceria com a LICEN/ICHL/UFAM
A criação da Comissão da Língua Yẽgatu para ações de valorização e fortalecimento da língua foi um dos resultados do Seminário
De 25 a 27 de outubro de 2016, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro/FOIRN, em parceria com o Curso de Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável/ICHL/UFAM, realizaram o Seminário sobre a grafia e valorização do Yẽgatu "Muatirisa Yẽgatu Resewa" na comunidade de Cucui, na região do alto rio Negro, São Gabriel da Cachoeira/AM.
O seminário contou com aproximadamente 100 pessoas entre professores, lideranças, estudantes, gestores de escolas e representantes das associações indígenas que abrangem as coordenadorias CAIARNX, CAIBRN e parte da CABC da FOIRN envolvendo os falantes da língua Yẽgatu, na sua maioria povo Baré, e Werekena e Baniwa do baixo Içana, com apoio dos professores linguistas Ana Paula Seiffert e Mateus Coimbra de Oliveira da LICEN/ICHL/UFAM.
Seminário fortalece Yẽgatu
Segundo a coordenadora do curso de Licenciatura Indígena, professora Ivani Faria, o seminário partiu de uma demanda dos povos falantes de Yẽgatu para a FOIRN. “Esse encontro foi necessário em virtude do mito de que não se poderia publicar materiais impressos ou mesmo aprender Yẽgatu na escola porque não havia um acordo das grafias usadas na região no caso da Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável e do padre Afonso Casanovas. Isso acabou por dificultar a produção de materiais para as escolas, bem como estava levando o enfraquecimento dessa língua pelo não uso nas escolas tanto de forma oral quanto escrita”.
Temáticas abordadas
Inclusão das letras F, J, L, V, Z no alfabeto Yẽgatu estão entre as recomendações da Carta elaborada durante o SeminárioAs discussões do Seminário abordaram questões acerca das grafias existentes; do uso da grafia da língua Yẽgatu desde a existência de sua escrita até os dias atuais; do que se deve levar em consideração para a unificação da grafia e acerca da importância da língua para a identidade indígena.
Carta
Como resultado do seminário, os participantes elaboraram uma carta com diversas recomendações, entre elas a de que as instituições públicas implementem a lei de cooficialização das três línguas indígenas aprovada no ano de 2002 e regulamentada em 2006 no município de São Gabriel da Cachoeira e que seja adotado amplamente o acordo ortográfico discutido e aprovado pelos falantes da língua Yẽgatu durante o Seminário, tendo como base a grafia encontrada no livro Yũpinimasa Rupiaita Yẽga Yẽgatu Kuiriwara, publicado no ano de 2013. Leia a carta na íntegra, em anexo.
A edição do acordo ortográfico será publicada brevemente pela FOIRN em parceria com a LICEN/ICHL/UFAM. Como apoio à divulgação e fortalecimento da língua, os estudantes bolsistas do Programa PIBID/DIVERSIDADE do curso da Licenciatura Indígena da turma Yẽgatu farão oficinas sobre o acordo ortográfico em suas escolas/comunidades.