Inicia Seminário alusivo à comemoração dos dez anos do PPGEOG
O doutor em Geografia Humana e professor sênior da Universidade de São Paulo, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, foi o palestrante da abertura do evento.
Componentes da mesa de abertura do Seminário de comemoração dos 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Geografia
A solenidade de abertura do Seminário alusivo à comemoração de dez anos do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas (PPGEOG/UFAM) teve início na noite desta quinta-feira, 24, no Auditório Rio Solimões do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Letras da Ufam.
Representando o reitor da Ufam na solenidade, a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação, professora Selma Baçal, destacou o caráter estratégico do PPPGEOG para a região amazônica. "É uma honra comemorar com vocês esses dez anos. O Programa de Pós-Graduação em Geografia é estratégico para o Amazonas e para a Região Norte por desenvolver projetos e pesquisas científicas na e sobre a Amazônia, que é bastante desconhecida em suas singularidades, além de ser, no estado do Amazonas, o único Programa de Pós-Graduação nessa área de conhecimento. Queremos que muitos mais 10 anos se sucedam num crescimento permanente do PPGEOG", ressaltou a gestora.
PPGEOG fortalecido
A coordenadora em exercício do Programa de Pós-graduação em Geografia, professora Jesuete Pacheco, elencou as principais contribuições do PPGEOG na última década. "Nesses dez anos temos muitas conquistas para comemorar. Foram mais de 100 pesquisas concluídas voltadas para a Amazônia nas linhas de pesquisa "Espaço e Território da Amazônia" e "Domínios da Natureza na Amazônia"; foram concedidos mais de 100 títulos de mestrado, o que resultou no ingresso de mais doutores no Departamento de Geografia da Ufam, bem como orientadores e geógrafos mais qualificados para o país; aumentamos o número de vagas para o curso; alcançamos o Conceito 4 junto à Capes, que é o conceito de maior referência atribuído para o nível de Mestrado Acadêmico e agora vislumbramos que o nosso projeto para oferecer o Doutorado em Geografia seja aceito pela Capes, ou seja, só crescemos e nos fortalecemos", declarou a coordenadora em exercício.
Egresso do PPGEOG, André Zumak, participa do Seminário com a exposição fotográfica "Rios da Amazônia Brasileira - cotidianos, paisagens e canoas"
A chefe do Departamento de Geografia da Ufam, professora Mírcia Ribeiro Fortes, destacou a contribuição do PPGEOG para o desenvolvimento do Amazonas. “Para chegarmos a esse momento de comemoração, percorremos um longo caminho. Estamos muito satisfeitos com as 122 pesquisas e orientações realizadas no PPGEOG, as quais contribuem decisivamente para o desenvolvimento do Amazonas. Toda essa luta nos conduziu a formularmos essa proposta de criação do doutorado, outro grande desafio para o qual estamos preparados”, afirmou a professora.
Um dos egressos do Programa de pós-graduação em Geografia é o geógrafo André Zumac, que participa do Seminário com a exposição "Rios da Amazônia Brasileira - cotidianos, paisagens e canoas". A exposição mostra a enorme diversidade cultural existente nos diferentes rios da Amazônia. "A maioria das fotografias eu tirei durante o mestrado, que representou um grande avanço na minha vida profissional e contribui para o aperfeiçoamento da minha carreira como geógrafo. Hoje em dia eu trabalho na área de pesquisa e o título de mestre, assim como o conhecimento adquirido, foram essenciais para valorizarem minha mão-de-obra. Meu retorno à Ufam é uma satisfação muito grande, devido ao reencontro com professores e a equipe toda por detrás da pós-graduação, em especial, a Dona Graça, secretária da pós, pois ela sempre me incentivou e foi ela também que me convidou para realizar a exposição", afirmou o egresso.
Geografia Humana
Palestrante Ariovaldo Umbelino classificou como barbárie a violência que ocorre nas relações de produção no campo
O palestrante da abertura do evento, o professor sênior da Universidade de São Paulo Ariovaldo Umbelino de Oliveira, apresentou proposições sobre a estrutura fundiária no Brasil e as relações de trabalho no campo. Ele classificou como barbárie a violência que ocorre nas relações de produção no campo. "O conflito no campo se dá na forma de luta por terra; de trabalho escravo; de luta pela água, entre outras formas. Os números de 2016 demonstram que os conflitos ficaram mais fortes no campo brasileiro. Registra-se que mais de uma pessoa é assassinada por semana no campo e isso em todas as regiões do Brasil. O assassinato é a prova de que estamos em uma situação de barbárie em nosso país", afirmou. Ele elencou também a ordem do direito sobre a terra no Brasil. "Está tudo ao contrário hoje no Brasil, mas a ordem correta é a seguinte: povos indígenas; povos afrodescendentes quilombolas; camponeses sem terras e minifundiários; preservação ambiental e, por último, os demais brasileiros. Hoje vemos que os demais brasileiros é que são a prioridade no que se relaciona ao direito sobre a terra e isso é extremamente preocupante. Isso significa cada vez mais conflitos", concluiu o pesquisador.
Programação
Nesta sexta-feira, 25, o seminário continua com a apresentação oral de trabalhos; com mesas-redondas; lançamento de livros e sessão de homenagens a todos que tiveram contribuição decisiva para a consolidação do Programa de Pós-Graduação em Geografia.
PPGEOG completa 10 anos e promove seminário para comemorar as contribuições do programa para a Ciência Geográfica brasileira
Professor e alunos de Administração do ICSEZ publicam em revistas internacionais
Dois periódicos vinculados à Universidade de Málaga, na Espanha, publicaram artigos do professor Francisco Alcicley Andrade em coautoria com os discentes Elder Campos da Silva e Rodrigo Batista de Oliveira, ambos do curso de Administração do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), Parintins.
Produção Científica
O primeiro deles é intitulado ‘Empresas Sustentáveis: a utilização da Gestão Ambiental na confecção dos artesanatos pelas empresas vinculadas à Incubadora AmIC’. O objeto do trabalho foi identificar como ocorre o processo de gestão ambiental praticado por artesãos criativos do município de Parintins/AM a partir dos relatos de experiência. Esse artigo foi publicado na revista ‘Observatório de La Economia Latinoamericana’.
Já o periódico ‘Contribuciones a las Ciencias Sociales’ publicou outro texto acadêmico também relacionado à assessoria prestada pela incubadora: ‘Empreendedorismo e Cultura: um estudo acerca da prática da cultura empreendedora com artesãos assessorados pela Incubadora Amazonas Indígena Criativa – AmIC’. A proposta foi a de identificar como se propaga a prática da cultura empreendedora no município de Parintins, também com base nos relatos de experiência dos sujeitos.
Os temas relacionam-se à área de formação do professor Francisco Andrade, mestre em Mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia na Universidade Federal do Amazonas (PPGCASA/Ufam). O docente também é especialista em Turismo e Desenvolvimento Local pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e possui MBA em Gestão em Logística e Operações Globais pela Estácio de Sá.
Os dois coautores atuam como voluntários na Incubadora Amazonas Indígena Criativa. Elder da Silva e Rodrigo de Oliveira, mesmo cursando a graduação no ICSEZ, já são pós-graduandos em Gestão Empresarial.
Reitor recebe membros da Receita Federal
Encontro aconteceu na sede da Reitoria da Universidade
Na manhã desta quarta-feira, 23, o reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Sylvio Puga, recebeu a visita de representantes da Alfândega da Receita Federal do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. O inspetor chefe da Alfândega, Eduardo Badaró Fernandes, e o inspetor chefe adjunto, Marcelo Tavares, deram as boas vindas ao novo reitor e reafirmaram a parceria de longa data entre os dois órgãos.
“Sabemos que quando temos parcerias institucionais com órgãos como a Ufam, nos tornamos mais fortes. A Receita, quando pode, realiza doações para a Universidade. Em contrapartida, a Ufam é uma parceira importante por ser uma estrutura com profissionais com grande volume de conhecimento”, afirmou o inspetor chefe, Eduardo Fernandes.