A Universidade Federal do Amazonas informa, com pesar, o falecimento do professor Pedro Ivo Sabá Guimarães, do curso de Geologia do Instituto de Ciências Exatas. O corpo está sendo velado na Loja Macônica - Templo da Fraternidade Universal, localizado na Rua B, n° 05, Parque Shangrilá I, bairro Parque 10. O cortejo sairá às 14h para o sepultamento previsto para às 15h desta sexta-feira (11/10), no cemitério Parque Tarumã.

Rogelio Casado fala aos alunos antes da exibição de seu filmeO Projeto Cine Museu Amazônico da Ufam exibiu nesta quarta-feira, no auditório do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), para um público de mais de cem alunos, o filme “Balbina no país da impunidade”, do médico Rogelio Casado.  O filme retrata as consequências, na natureza e na vida de ribeirinhos, da construção da hidrelétrica de Balbina na Amazônia. O projeto, que tem programação até o dia 4 de dezembro, realiza a exibição de filmes com temas amazônicos com o objetivo de despertar o interesse dos mais jovens pela realidade local.

Coordenador do Projeto James Araújo

O coordenador do Projeto, James Araújo, deu boas-vindas aos presentes e fez a apresentação dos convidados para o público presente, com destaque para o autor do filme. A programação contou, inicialmente, com a apresentação do compositor Mauri MRQ, que cantou três músicas com temas regionais e, em seguida, ocorreu à leitura da peça do escritor Custódio Rodrigues (lida pelo escritor e pelo coordenador James Araújo). Um vídeo, de apresentações anteriores do projeto, também foi exibido.

O produtor do filme, Rogelio Casado, em sua fala aos mais de cem alunos que estavam presentes no auditório do IEA, fez uma explanação histórica da cidade de Manaus. Um relato de sua vivência na cidade, destacando detalhes e características urbanas que já foram perdidas. Criticou a perda da qualidade de vida na cidade, no passado a cidade era bem melhor para se viver, decorrente da ação de políticas equivocadas nas últimas décadas.

Esse projeto é um estímulo extraordinário para a cidadania. Esse é o papel da escola. Vivi uma época de manifestações dos estudantes. Entrei na Faculdade de Medicina em 1972 e formei em 1977, no período mais duro da ditadura militar. A minha geração, por sua vez, foi exigida eticamente a responder ao governo militar. No final dos anos 1970, o país todo passou a se redemocratizar e, hoje, estou envolvido na luta por uma sociedade sem os manicómios que é fruto desses movimentos pela redemocratização do país. Quando participo de uma discussão como essas, há muitas críticas em relação à juventude atual, no ambiente escolar, fico feliz com o projeto, pois, esse espaço é por excelência o espaço para ampliar as fronteiras do conhecimento. Acho que a Ufam, o Museu Amazônica, o James Araújo estão de parabéns. Extraordinário. O meu vídeo tinha um circuito muito pequeno de pessoas para assisti-lo. Com essa exibição se amplia o público. As forças políticas que dão sustentação ao governo Lula e Dilma sustentam a construção das hidrelétricas. Mas, vejo isso com simpatia. A nova geração já tomando conhecimento dos problemas da sua época, disse Rogelio Casado.

Acreditamos que a Ufam faz um trabalho de extrema importância para a formação dos alunos. O projeto não traz somente a exibição de filmes. Trazemos outras linguagens como a música, a dança, teatro, ligada a temática do meio ambiente. O grande trunfo desse Projeto é fazer com que os jovens façam uma reflexão sobre sua identidade cultural, afirmou o coordenador James Araújo.  

O compositor Mauri MRQ, que pela primeira vez se apresentou no Projeto, disse que o Projeto é muito importante para formação dos alunos. É na juventude que você forma o seu caráter. Então, um projeto como este tem uma fundamental importância na formação do olhar voltado para a realidade local. Os filmes mostram o que não é comumente visto na mídia nacional.

A estudante Nicole Maria Fernandes

A estudante Nicole Maria Fernandes de Souza, do 2º ano do ensino médio do IEA, afirmou que o Projeto acrescenta conhecimento aos alunos. A exibição de filmes sobre esse tema enriquece culturalmente os alunos. Não tinha conhecimento de nenhum desses temas, principalmente esse de hoje que foi Balbina. Esse projeto é muito bom. Espero que levem para as outras escolas. Outros alunos precisam ter essa oportunidade de conhecer a nossa realidade. Gostei de assistir o filme que mostrou a situação do rio, depois da construção da hidrelétrica. Como uma construção conseguiu devastar um rio e destruir vidas, disse a estudante.