Cunhantã Digital define ações para atrair meninas para os cursos de tecnologia

O Censo 2014 da Educação Superior publicado pelo Inep apontou que do total de matrículas realizadas nos cursos de exatas, somente 30% são de mulheres. Para mudar isso e atrair mais meninas para a área, surgiu o movimento Meninas Digitais. Decisões que aumentem a participação de mulheres na área forma discutidas no I Fórum Cunhantã Digital, que fez parte da Escola Avançada de Sistemas Computacionais e Robóticos (EARTH) do Instituto de Computação da UFAM (Icomp). O evento terminou nesta sexta-feira (29), após uma semana de atividades educacionais e de pesquisa na área de desenvolvimento científico e tecnológico.

“Os homens precisam aceitar que as mulheres são importante em todos os espaços. Pesquisas mostram que equipes mistas trabalham melhor. E isso é uma discussão de todos os gêneros”, disse o professor da UFMT, Cristiano Maciel, coordenador geral do movimento pela Sociedade Brasileira de Computação. Ele esteve hoje pela manhã no I Fórum Cunhantã Digital, movimento local coordenado por um grupo de professoras do Instituto de Computação da UFAM, que tem o objetivo de expandir seu alcance não só em Manaus, mas também no interior do estado e até para outros estados da região norte.

“A princípio, percebemos o apelo que o movimento tem e fomos em busca de apoio. Hoje contamos com grupos na UEA, Fucapi, Fundação Nokia e Seduc. A Suframa também se mostrou interessada em nos ajudar”, disse a professora Tanara Lauschner.

A superintendente da Suframa, Rebecca Garcia esteve no evento e afirmou que a Suframa pode se tornar parceira do movimento com o objetivo de atrair mão-de-obra qualificada para as empresas do Polo Industrial de Manaus. “As mulheres têm uma dedicação diferenciada. Queremos mais mulheres na indústria. Vai ajudar na competitividade, já que as equipes mistas têm melhores resultados”, disse Rebecca.

O Fórum definiu uma série de ações de curto, médio e longo prazo para o movimento. Professores de ensino médio e superior participaram do evento e sugeriram uma série de ideias, entre elas palestras para serem transmitidas para todos os municípios sobre o assunto por meio do Centro de Mídias da Seduc, visitas à escolas para realização de oficinas temáticas, inserção de um programa de gênero nas atividades das escolas que já trabalham com tecnologia e até uma corrida Cunhantã Digital.

Além disso, outras ações devem ser implementadas. Entre elas: Lançamento do site/blog, desenvolvimento e lançamento de cartilha a ser divulgada para os estudantes de ensino médio e fundamental, desenvolvimento colaborativo de material didático/divulgação, palestras de Profissionais nas escolas e instituições parceiras, encontros com Mulheres na Indústria e visitas a Fábricas, encontros com Mulheres em Empresas de Desenvolvimento de Software e Visitas a Empresas , blitz nas escolas para apresentar a área de Exatas e para falar de carreiras, participação na Feira Norte de Estudantes, estímulo à participação de meninas na Olímpíada Brasileira de Informática, Maratona de Programação, Olímpiadas de Matemática, Olímpiadas de Física, Olímpiadas de Química e outras competições e a realização do II Workshop Cunhantã Digital  (novembro 2016).

O coordenador da Trilha de Educação, Leandro Galvão, avaliou o resultado do evento como positivo. Segundo ele, a presença dos alunos nos minicursos foi satisfatória e abriu as perspectivas para as aplicações propostas nas aulas. “Estamos incentivando os professores a utilizar a aplicação da plataforma Arduino nas disciplinas para ajudar os alunos a entenderem melhor o que é dado na teoria”, explicou. Segundo Leandro, cerca de 80 pessoas participaram dos minicursos.

Visita a Mamirauá
Nos dias 30 e 31 uma equipe composta de pesquisadores e convidados fará uma visita à reserva do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) em Tefé. O objetivo da atividade é conhecer os projetos em andamento do IDSM e discutir parcerias futuras. As atividades incluirão duas seções de reuniões, visita a uma base científica no meio da floresta e visita à uma comunidade, com o intuito de conhecer as necessidades das populações rurais e ribeirinhas.

Colaborou Mariane Cruz e Emerson Olliver

Biblioteca da Faculdade de Ciências da Saúde disponibiliza novo espaço de estudo

A Biblioteca da Faculdade de Ciências da Saúde, preocupada em oferecer melhor comodidade a seus usuários, comunica que está disponibilizando um novo espaço localizado no térreo da biblioteca para realização de estudos individuais e em grupo. O horário de funcionamento é de 8h às 20h.


 


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