A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) recebeu representantes do movimento indígena na 1º Marcha pela Educação Escolar Indígena na manhã da última quinta-feira (18). A mobilização foi organizada pelo Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas, que está buscando melhoria para o setor no Estado.

O encontro reuniu indígenas dos povos Sateremaué, Kanamari, Munduruku, Tikuna e Cocamas, de diversos municípios do Amazonas e teve como objetivo visitar a Instituição e discutir tópicos relevantes para a população do Amazonas, como saúde e educação. O grupo foi recebido pelo Pró-Reitor de Extensão, Frederico Arruda. De acordo com ele, o grupo de 720 indígenas possui demandas urgentes. “Eles estão lutando para um acesso mais fácil e ampliado aos Cursos de Formação Continuada para Professores”, explica.

Outra questão abordada foi a formação dada nos cursos no exterior, que são realizados através do Programa de Licenciatura Indígena (PROLIND). Eles solicitam uma atenção especial para a formação de profissionais de saúde indígena, que estejam familiarizados com a problemática. “Espera-se que não seja como a formação do profissional voltado para a população não indígena”, explica Arruda.

Segundo a professora Judiné Pontigué, que leciona em escolas convencionais em São Gabriel da Cachoeira, esse encontro é importante e significativo, pois conseguiram entrar em contato com alguém que represente na Ufam “O professor Arruda deu-nos palavras de esperança e estamos saindo acreditando que tudo vai avançar”, comemorou a participante da marcha. 

O curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizou, nesta quinta-feira, 18, no auditório Rio Javari, na Faculdade de Tecnologia (FT), a cerimônia de abertura do I Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia.

Com o objetivo de discutir a preservação do patrimônio arquitetônico moderno na Amazônia Brasileira, como também reunir pesquisadores, estudantes e professores, o seminário ocorre nesta quinta-feira (18) e na sexta-feira (19). A mesa de abertura contou com a presença do vice-reitor da Ufam, Hedinaldo Narciso Lima; da diretora da Faculdade de Tecnologia, Patrícia dos Anjos Braga Sá; do Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Claudemir Andrade; do coordenador geral do I Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia (SAMA) , professor Marcos Paulo Cereto; do superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-AM), Almir Oliveira e o Presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano, Roberto Moita.

Durante o seu pronunciamento, o vice-reitor destacou o esforço para a criação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufam e a importância do evento para a formação dos estudantes do curso. “Recordo-me da época da expansão de cursos na universidade. Discutimos a criação de novos cursos na FT e uma das demandas era a Arquitetura. Tínhamos certeza do desafio na época, de 5 cursos passariam para 10, em um  período curto de tempo. O desafio ainda não está concluído, mas tenho certeza que foi uma escolha correta. Hoje atendemos inúmeros estudantes que buscavam esta formação. O Seminário é um evento importante porque acrescenta informação ao graduando”, destacou.

O coordenador geral do Seminário, Marcos Paulo Cereto, deu as boas-vindas aos presentes e destacou a presença de vários pesquisadores no evento. “Temos a satisfação de receber a todos. Quero destacar a presença de vários pesquisadores em nosso evento. Desejo boas-vindas a todos e esperamos estarmos contribuindo na formação de nossos estudantes”.

Estudante de Arquitetura Cleidiane Furtado

A chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Elizângela Francisca Sena de Araujo Silva, destacou que o evento é importante, não só por ser o primeiro, mas porque vai resultar em uma série de outros eventos que vão discutir a Arquitetura Moderna na Amazônia Brasileira. “É importante porque o evento vai discutir a Arquitetura Moderna regional. O Seminário vai influenciar outros eventos que irão discutir o tema. Isso vai resultar em novas pesquisas e por um processo de reflexão sobre a Arquitetura local. A partir de hoje abre-se um processo de discussão de nossa regionalidade. O Seminário abre um espaço de reflexão sobre nossa cultura. A Arquitetura é incipiente na produção de pesquisas em nossa região. O I SAMA marca o início de novos eventos que vão resultar em pesquisas acadêmicas” afirmou a professora Elizângela Silva.

A estudante do curso de Arquitetura da Ufam, Cleidiane Furtado, afirmou que a realização do evento é relevante porque nunca tiveram um evento sobre a Arquitetura Moderna no curso. “A Arquitetura Moderna é significativa em nossa região. Nunca tivemos um evento com este tema no curso. É importante para nossa formação termos diversos pesquisadores do tema em evento”, ressaltou a estudante.

A conferência de abertura foi proferida pelo professor Hugo Segawa, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). O conferencista fez um relato histórico sobre a Arquitetura Moderna expressa em prédios construídos em cidades amazônicas. Versou sobre os traços das construções e suas diversas influências. Comparou formatos, linhas e materiais utilizados e mostrou imagens de prédios no passado e no presente. Demonstrou o projeto arquitetônico de uma cidade na Serra do Navio no Amapá, entre outros.