NEAI debate arqueologia amazônica e a construção da história indígena
O palestrante, arqueólogo do MUSA, Filippo StampanoniNa última sexta-feira (30), o Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI), do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da UFAM, promoveu a palestra “A arqueologia amazônica e a construção de uma história indígena de longa duração”. Ministrado pelo arqueólogo do Museu da Amazônia (MUSA), Filippo Stampanoni Bassi, o evento faz parte da programação dos Seminários de Pesquisa do NEAI.
A palestra foi dividida em dois momentos: uma retrospectiva dos primeiros estudos arqueológicos na Amazônia, com pesquisadores como Betty Meggers, Clifford Evans e Peter Hilbert; e a apresentação do estudo de caso do contexto doméstico pré-colonial na região da Amazônia Central. Fillipo Stampanoni explanou a respeito da escavação na região do baixo rio Urubu (AM), que resultou na tese “A maloca Saracá: uma fronteira cultural no médio Amazonas pré-colonial, vista da perspectiva de uma casa”.
A partir da apresentação, foram propostas considerações sobre processos sociais indígenas da época, como a casa sendo usada como espaço político, e o “reaproveitamento” do passado dos povos indígenas por eles mesmos, com a reinterpretação da arte rupestre na cerâmica.
Segundo Filippo Stampanoni, “o seminário foi pensado a partir da necessidade da Arqueologia em se reaproximar da História, no esforço para a criação de uma história indígena de longa duração”. Ainda para o pesquisador, é necessário que um diálogo seja estabelecido entre as áreas de estudo, e o discurso seja ampliado para além dos arqueólogos, envolvendo, também, antropólogos e, sobretudo, os povos indígenas.Seminário debateu caminhos para a construção de uma história indígena de longa duração
Sobre os Seminários de Pesquisa
Os Seminários de Pesquisa promovidos pelo NEAI objetivam o aprofundamento e debate em torno de pesquisas avançadas em etnologia ameríndia. Cada seminário conta com um especialista convidado que expõe os resultados de seus estudos ou pesquisas sobre um determinado tema no campo da Etnologia indígena, seguido de um tempo para o debate com o público (especializado ou não). Os seminários acontecem na sede do NEAI, sem um calendário fixo.
ProGesp terá expediente interno na quarta-feira (5)
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGesp) informa à comunidade acadêmica que na quarta-feira (5) atenderá ao público externo no horário de 08h às 11h. Após esse horário o expediente será interno para atividades administrativas, até às 17h. No dia 6 a Pró-Reitoria volta a funcionar normalmente. Telefone: (92) 3305-1479.
Projeto Criando Arte vai às praças de Manaus
Com a iniciativa, cerca de 25 artesãos têm a oportunidade de vender o que produzem, sobrevivendo da própria arte.
Feira de Artesanato da UFAM na Praça Adrianópolis
Vinculado ao Centro de Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas (CCA), o Projeto de Extensão Criando Arte - Feira de artesanato da UFAM ocorre uma semana por mês no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade e agora se expande para as praças da cidade de Manaus.
A primeira praça a receber o projeto no sábado,1, foi a de Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. Coordenado pela historiadora e mestranda no Centro de Ciências do Ambiente da UFAM, Selma Furtado, o projeto oportuniza a cerca de 25 artesãos de Manaus e Iranduba venderem variedades de artesanatos como chaveiros, bolsas, trilhos de mesa e potes decorados. “O nosso projeto tem o apoio da UFAM, através da Pró-Reitoria de Extensão, que aprovou o Criando com arte que está uma semana por mês na entrada do ICHL, mas também contamos com o apoio da Prefeitura de Manaus, através da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (SEMPAB), da Escola Superior de Administração da Prefeitura e da Secretaria de Limpeza Pública para trazer o projeto às praças de Manaus. Escolhemos começar por essa praça de Adrianópolis por nunca haver programação aqui, mas já fomos convidados para levar nosso projeto para a Praça do Parque Dez também. Esperamos que a iniciativa seja bem-recebida pelo público e que
Rita Rodrigues é uma das expositoras da feira de artesanato da UFAMpossamos expandir nosso projeto”, declarou Selma Furtado.
Artesanato sustentável
Artesã há mais de vinte anos, dona Rita Rodrigues é uma das expositoras da feira. Ela aposta no artesanato sustentável. “Amo o que faço e aproveito para trabalhar com materiais recicláveis e, dessa forma, contribuir com o meio ambiente”.
A feira de artesanato estará na Praça de Adrianópolis no dia 5 de novembro e no dia 3 de dezembro, das 17 às 21h.