Neainc/Ufam realiza apresentação do Projeto Afrocientista para a comunidade acadêmica

 
Por Sebastião Oliveira
Equipe Ascom

O Núcleo de Estudos Afro Indígena da Universidade Federal do Amazonas (Neainc/Ufam) realizou na última quarta-feira, 13, no auditório Rio Solimões do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), Setor Norte, a apresentação do ‘Projeto Afrocientista: Experiências Educativas de Igualdade Étnico-Racial’, que contempla alunos do ensino médio da capital e interior do estado do Amazonas.        

Na composição da mesa de abertura, estiveram presentes, representando o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, o professor Almir Menezes, o diretor do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), professor Raimundo Nonato Silva, a coordenadora do Neainc, professora Renilda Costa, o representante da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), professor Nilton Teixeira, a gerente de Atendimento Educacional Específico e da Diversidade, professora Andrea Bandeira, representando a diretora do Departamento de Ações Afirmativas da Proext, Cláudia Guerra, a professora Lúcia Lira, dentre outros representantes de entidades  convidados.

O objetivo principal do Projeto Afrocientista é oportunizar aos estudantes negros do Ensino Médio do Amazonas experiências educativas que possibilitem a superação de exclusão e desigualdades sociais. O evento é fruto da parceria entre Núcleo de Estudo Afro Indígena da Ufam (NEAINC), Departamento de Ações Afirmativas (DPA/Ufam) e Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc/AM).  

No início de seu pronunciamento, o professor Almir Menezes mencionou os princípios de dignidade da pessoa humana e de Igualdade e Equidade contidos no artigo 5ª da Constituição Brasileira, que referencia para nortear as ações sociais que constituem os trabalhos desenvolvidos na Ufam.

“Nós precisamos ampliar e perceber que as nossas instituições devem trabalhar rumo a um processo de democratização diária. Precisamos arregaçar as mangas e trabalhar muito em projetos como esse”, disse o professor.

Ele comenta que o Projeto Afrocientista destaca-se para além da oportunidade, a equidade que possibilita aos jovens bolsistas a conscientização, oportunizando a vocação de cientista e do conhecimento para potencializar esse país naquilo que é chamado de dignidade.

O diretor do IFCHS, professor Raimundo Nonato Silva, parabenizou as parcerias pela importância na consolidação do trabalho, e mostrou que todos os envolvidos estão focados no único objetivo. Dentre os parceiros, Raimundo Nonato destacou a Seduc, que desenvolve há mais de cinco anos questões relacionadas à exclusão e desigualdades sociais, em que agrega outras parcerias, abrindo campo de possibilidades para a reflexão.

“Quando promovemos esse tipo de evento, estamos dizendo ao Estado, ao governo que estamos firmes nas nossas fronteiras e objetivos. Antes, nós estávamos no campo de luta. Agora, nós estamos no campo de alerta e de luta constante”, disse o diretor do IFCHS.

Ao todo, 11 alunos do ensino médio são contemplados com bolsa de R$ 150 por mês e uma ajuda de custo de R$ 80 promovidos pelo Unibanco. O Projeto Afrocientista tem a propositura e coordenação da professora Renilda. Para ela, as ações serão baseadas nas experiências sociais e educativas de igualdade étnico-racial dos jovens negros e negras do Ensino Médio do Amazonas, que também terão o intuito de despertar no jovem aluno, a vocação cientifica, incentivando talentos mediante a participação em atividades de pesquisa e tecnologia desenvolvidas e incentivar talentos pelos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) e entidades correlatas.

Os onze alunos são oriundos das Escolas Estaduais Farias de Brito e Professor Ronaldo Marques. A primeira sedia em Manaus, a segunda,  localizada na Comunidade Quilombola Sagrado Coração de Jesus do Largo do Serpa, município de Itacoatiara, distante a 270 quilômetros de Manaus. De acordo com a coordenadora, a proposta pedagógica se sustenta em três pilares: iniciação às práticas da ciência; instrumentalização sobre o fazer ciências e, por último, formação para a cidadania e mobilização social.

“Ser um jovem negro é estar numa forte resistência. Na medida que, esse jovem sai para os espaços sociais, é preciso ter uma estima consolidada para enfrentar o racismo”, finaliza a professora Renilda Cosa. 

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