“Amigo do CIGS”: professor da Ufam recebe homenagem por projeto sobre abelhas da Amazônia

Professor Aidar leciona na FCAProfessor Aidar leciona na FCAProjeto destaca a importância dos insetos da espécie Apidae (sem ferrão) para a preservação dos ecossistemas regionais e como alternativa de eco-negócio para o mercado local

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom Ufam

Docente na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) desde 2002, Davi Salim Aidar leciona no Departamento de Produção Animal e Vegetal da Faculdade de Ciências (FCA). Além de sua atuação no curso de Zootecnia, ele também desenvolve uma atividade de extensão junto ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Seu trabalho como extensionista na área da Apicultura (criação de abelhas) rendeu uma homenagem da instituição militar na última sexta-feira, 1º, quando o professor foi agraciado com certificado e medalha.

O agora “Amigo do CIGS” teve a sua trajetória pessoal e institucional reconhecidas no texto do certificado, documento que menciona “os serviços prestados à entidade vinculada ao Exército Brasileiro e a efetiva participação nas atividades de ensino e o inestimável apoio à área da educação”. A medalha, por sua vez, leva a inscrição com nome do Centro e o daquele que foi o seu primeiro patrono, Coronel Jorge Teixeira de Oliveira.

“Temos um trabalho de extensão no CIGS sobre educação ambiental, por meio do qual nós prestamos informações ao público sobre a importância das abelhas nativas e a respeito da polinização para a conservação da floresta e para o aumento da produção de frutos na produção agrícola“, sintetiza o professor Davi Aidar, ao mencionar o projeto de extensão “SOS Abelhas da Amazônia”, coordenado por ele e pelo professor Fábio Jacobs Dias.

A ação é institucionalizada pela Pró-Reitoria de Extensão (Proext), sendo direcionada à inclusão produtiva, ao desenvolvimento regional e ao uso de tecnologia social. O projeto é realizado na Fazenda Experimental da Ufam, localizada no Km 922 da BR 174.

Abelhas da Amazônia

Conforme a proposta submetida à Proext, “as safras de alimentos e as plantas dependem da polinização feita por abelhas. A transferência do pólen entre as partes masculina e feminina das plantas necessitam de polinização para fertilizar e reproduzir”. Ainda de acordo com o texto, existe um grande número de espécies de abelhas sociais sem ferrão (Apidae) na Amazônia, mais de 400 espécies nativas das Américas e gêneros em toda região tropical.

“Esses insetos são responsáveis pelo sucesso reprodutivo de até 90 % das arvores nativas de fecundação cruzada e dos pomares. A criação das espécies – com ênfase em multiplicação de colônias – potencializa a produção de frutos nos pomares já existentes nas comunidades, que podem ser manejadas de modo racional para viabilizar a produção de mel, pólen, própolis, cera e polinização”, destaca o texto.

Assim, a preservação das abelhas da Amazônia também pode ser vista como uma alternativa de preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, além de ser uma proposta rentável para as comunidades rurais da região, já que a atividade agrega o trabalho familiar. As vantagens não param por aí. Também há benefícios para o meio ambiente, incentivo ao pequeno agricultor e aos iniciantes – que pretendem desenvolver a Apicultura e a Meliponicultura no ramo do eco-negócio, atendendo a necessidade de consumo no mercado local, com retorno financeiro em curto prazo e mão-de-obra desenvolvida pela própria família.

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