Ação estratégica faz curso de Estatística receber conceito máximo do Inep

Elaborado em 2015, o "Plano de Metas para Melhoria da Qualidade do Curso de Estatística" trouxe mudanças significativas que levaram o curso a conquistar o mais alto conceito (cinco) na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O instituto é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e conduz todo o sistema de avaliação de cursos superiores brasileiros.

Entre os dias 6 e 8 de fevereiro, a comissão do Inep visitou as instalações do curso do Instituto de Ciências Exatas da Ufam (ICE) para realizar a avaliação para renovação do reconhecimento do curso, que até então possuía o conceito três. Foi nesse momento que os avaliadores puderam identificar os resultados do plano iniciado anos atrás.

O plano teve cinco grandes pilares que orientaram as ações a serem desenvolvidas: o pedagógico, metodológico, curricular, de extensão e profissional. “Em 15 de maio de 2015, o NDE [Núcleo Docente Estruturante] iniciou o grande salto de qualidade no curso, elaborando o ‘Plano de Metas para Melhoria da Qualidade do Curso de Estatística’. Do ponto de vista pedagógico, metodológico e curricular, reformulou-se o Projeto Pedagógico do Curso, flexibilizando a matriz curricular, criando-se disciplinas eletivas totalmente voltadas para a atividade profissional como Ciências dos Dados e Aprendizagem de Máquina”, lembra o coordenador do curso, professor Max Sousa de Lima.

A iniciativa contemplou também ações de apoio ao estudante por meio da criação do Programa de Tutoria de Graduação, do Laboratório de Ciências dos Dados e do fortalecimento da Semana de Estatística. Além disso, em 2018, foi criada a “Jstar”, empresa júnior do curso. “Mas, para que estas ações possam impulsionar o curso, é necessário termos alunos. Assim, o curso foi ao mercado de alunos e apresentou ações de extensão como os projetos: “Estatística no Cotidiano da Escola”; “Cassino da Estatística” e “Laboratório de Jogos Probabilísticos”, explicou o coordenador.

Melhorias resultam em maior engajamento dos estudantes.Melhorias resultam em maior engajamento dos estudantes.As estratégias deram certo e o curso em pouco tempo começou a sentir a diferença, sendo a principal delas a maior motivação dos estudantes para participar das atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula.  Formanda do curso, Vanessa Lima acompanhou de perto a revolução pela qual o curso de Estatística passou. Durante os quatro anos da graduação, ela participou de Pibic, estágio, tutoria, Semanas de Estatística e das atividades de extensão, o que foi fundamental para proporcionar a vivência nos diferentes campos de atuação do profissional e consolidar a formação. “Percebi as mudanças no curso, desde a matriz curricular até o maior engajamento dos alunos e dos professores”, diz. “Fez os alunos se interessarem mais. As atividades práticas fazem com que os alunos tenham mais vontade de aprender e assim a evasão diminua”, explica. “Fiquei muito feliz com o novo conceito. Acredito que os estudantes sairão profissionais mais qualificados e atualizados sobre as demandas do mercado”, comemora.

Ariane Hayana ingressou no curso em 2018. Na segunda graduação, a estudante destaca o alto comprometimento dos profissionais do curso como diferencial para a rápida ascensão do curso. “Você vê o esforço de todos, da coordenação, dos professores, de todos. Os professores são muito atenciosos. Eles ajudam muito. Não foi à toa que conquistamos esse reconhecimento”, declarou. “A gente recebe esse resultado com um sentimento de orgulho de fazer parte dessa história. É muito gratificante. Para a nossa formação, é muito importante essa avaliação. Eu peguei a nova grade, atualizada de acordo com a realidade do mercado. Existem poucos cursos de Estatística no país, são poucos os profissionais, e com esse conceito nós nos destacamos ainda mais. Somos privilegiados”, completou.

 

 

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