Richard Rasmussen em Palestra Selvagem apresenta turismo sustentável na Ufam

Por Sebastião de Oliveira 
Equipe Ascom  

A Palestra Selvagem cujo tema “Conservação e turismo sustentável” contou com a participação do apresentador do National Geografhic e Animal Planet, Richard Rasmussen, aconteceu na noite da última sexta-feira, 8, no auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES/Ufam), localizado no Setor Norte do Campus Universitário.

A Palestra Selvagem, do Projeto Neptur, foi promovida por alunos dos cursos de Administração e Relações Públicas da Ufam, o qual faz parte da startup do mesmo nome e que teve classificação na segunda etapa da competição internacional Hult Prize. Nela, a Ufam está entre as seis universidades brasileiras selecionadas para participar do maior prêmio de empreendedorismo estudantil do mundo, organizado em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU). A startup Neptur é composta pelo diretor de projetos, Matheus Pantoja, pela diretora-executiva, Mariel Justa e da diretora de Relações Públicas, Maria Clara Chíxaro.

Valorização da Amazônia

Na ocasião, Richard Rasmussen iniciou seu discurso demonstrando respeito e simpatia aos componentes da mesaApresentador do National Geografhic e Animal Planet, Richard RasmussenApresentador do National Geografhic e Animal Planet, Richard Rasmussen de abertura por desenvolverem projetos ambientais, que acredita ser de importância social. Ele relatou que sendo estrangeiro à Amazônia, existe uma relação de proximidade com os animais silvestres, fica fácil fotografá-los e interagir com eles. O aventureiro fez um alerta quanto ao esquecimento dos nativos, de valorização da Amazônia como potencial ao turismo nacional e internacional. Ele consegue enxergar as belezas naturais da Amazônia e pontuou o interesse das pessoas de outros países em querer conhecer a floresta que os encanta.  

Richard Rasmussen disse que já nasceu biólogo, mas percebeu que amava se comunicar em frente às câmaras de televisão e, com o tempo, entendeu a responsabilidade do trabalho. “Nós sabemos tudo sobre o nosso habitat e tantas outras coisas que precisamos saber. Agora, nós precisamos conservar esse habitat. Esse é o grande desafio”, disse o apresentador.

Segundo ele, no contexto atual, em que a conservação e preservação ambiental tomam um patamar de discussão mais sério, o pesquisador pode fazer a interlocução entre Academia e Sociedade, em defesa do meio ambiente. De acordo com ele, o pesquisador começou a sair de seu mundo encastelado, da redoma acadêmica para divulgar o conhecimento, pois justifica que seu objeto de estudo está desaparecendo. É o caso do boto e da tartaruga que estão ameaçados de extinção. 

“Nós só iremos começar a desenvolver uma receita de valorização quando tivermos consciência do potencial que temos. Esse é o momento de escolher as oportunidades para as coisas que já estão montadas”, ressaltou o palestrante.

Manaus é a porta da Amazônia

Quanto à valorização, Richard Rasmussen descorreu sobre um catálogo contendo fotografias de Manaus, se disse decepcionado por não conseguir enxergar imagens de natureza da cidade. “É preciso que estejamos engajados e acreditar no potencial existente na cidade. Manaus é a porta da Amazônia”, comentou, citando o Rio Negro como exemplo de grande oportunidade para exploração turística. Para tanto, o apresentador destacou a educação como processo de conscientização.

“Acredito tanto no turismo aqui que é uma questão de trazer minha versão do que é Manaus”, finaliza Rasmussen.

Conservação e preservação são essenciais à Amazônia

Durante o evento, dentre os palestrantes de notoriedade, pelo trabalho que há anos vem desenvolvendo em defesa dos primatas daDiretor do Projeto Sauim de Coleira, professor do ICB, Marcelo GordoDiretor do Projeto Sauim de Coleira, professor do ICB, Marcelo Gordo Amazônia, está o diretor do Projeto Sauim de Coleira, professor Marcelo Gordo, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/Ufam). Em seu discurso, o docente apresentou o projeto desde sua concepção, das dificuldades de controle da espécie no Campus Universitário e fora dele, no entorno de Manaus, assim como perspectivas futuras.

Para ele, a simpatia pelo projeto Neptur vem do encontro de ideias de conservação e preservação que, no seu entendimento, são essenciais para Amazônia. Posteriormente, discutiu o quanto essa ação de preservação do sauim de coleira pode amoldar-se ao projeto Neptur que defendem temas voltados ao turismo sustentável, ao meio ambiente e a pesquisa. “Nós temos que constituir a ciência e o turismo, fazendo com que isso possa se reverter em benefícios tanto econômico quanto aos aspectos sociais que envolvem comunidades ribeirinhas, estudantes e a população de modo geral que deverá estar envolvida nesse processo”, disse Marcelo Gordo.

“Eu acredito que, como um todo, o turismo explorando o meio ambiente na Amazônia é rústico demais, primitivo. Quando nós formos comparar aos países da África que exploram de forma criativa, o aspecto é outro. Mas, na Amazônia, nós temos um potencial muito grande que é mal explorado com pouca diversificação quanto à parte ambiental que não tem vínculo direto com linhas do conhecimento. A Biologia e a Engenharia Florestal deveriam estar diretamente ligadas ao turismo, desde a parte acadêmica até seus agentes,” completa o docente.

O professor justificou que o turismo da região não está qualificado para explorar todos os recursos disponíveis na natureza para se possa mostrar o que tem de atrativo. “Aqui nós temos um preparo precário para atender certas demandas, como exemplo, à conciliação da pesquisa acadêmica junto ao turismo científico, envolvendo a Ufam, UEA, Inpa e outras instituições de ensino e pesquisa para receber o turista que quer conhecer a Amazônia. Então, é um filão especial”, disse Marcelo Gordo.  

StartupNeptur empregará 10 mil alunos

Diretor de projetos da Startup Neptur, Matheus Pantoja Diretor de projetos da Startup Neptur, Matheus Pantoja Para o diretor de projetos da startup Neptur, Matheus Pantoja, o objetivo da palestra visou à difusão científica a partir da conservação e turismo sustentável, o qual é defendido pela startup que objetiva  fomentar o empreendedorismo sustentável através do turismo.  Ele enfatizou a participação na competição Hult Prize, que, dentre as metas, estabeleu o emprego de 10 mil alunos que receberão orientação de cunho científico de professores doutores da Ufam para o desenvolvimento do turismo sustentável.  

Criada recentemente, no final de 2018, a Neptur surgiu a partir da necessidade que envolve questões ambientais. “Nós estamos na Amazônia, a Ufam é a segunda maior reserva florestal em área urbana de Manaus, depois da Reserva Florestal Ducke”, comenta Pantoja após brainstorming de criação.       

Além da presença do apresentador Richard Rasmussen e do diretor do Projeto Sauim de Coleira, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/Ufam), Marcelo Gordo, estiveram presentes, dando apoio à causa da startup, a coordenadora do Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (CEQUA/Inpa), Maria Augusta, o apresentador do programa Manaus Selvagem/Amazon Sat, Rodrigo Hidalgo e o diretor da Associação Amigos do Peixe-boi (AMPA), Ricardo Laerte Romero.  

     

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